ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: INATIVAÇÃO FOTODINÂMICA DE MACRÓFAGOS UTILIZANDO FTALOCIANINA DE ALUMÍNIO E DIODOS EMISSORES DE LUZ (LED): INFLUÊNCIA DO TEMPO DE IRRADIAÇÃO.

AUTORES: GARCÊS, B. P. (UFU) ; RODRIGUES, M. A. (UFU) ; DE PAULA, L. F. (UFU) ; OLIVEIRA, C. A. (UFU)

RESUMO: De acordo com a OMS, Câncer é a doença que mais causa mortes no mundo. Os tratamentos convencionais são muito invasivos e pouco seletivos. Buscando um tratamento ao mesmo tempo eficiente, econômico e seletivo temos como alternativa, a Terapia Fotodinâmica. A TFD é uma técnica onde se utiliza um fotosensibilizador, o oxigênio e a luz para inativar células alvo. Neste trabalho utilizamos a ftalocianina de alumínio encapsulada em lipossomas e diodos emissores de luz para inativar macrófagos de camundongo. Foi avaliado o tempo de irradiação necessário para inativar uma quantidade significativa de células para otimizar o processo de fotossensibilização diminuindo assim o tempo de irradiação e consequentemente os custos com o processo. Foi obtido um tempo ideal de 21 minutos de irradiação.

PALAVRAS CHAVES: terapia fotodinâmica, diodos emissores de luz, câncer

INTRODUÇÃO: A terapia fotodinâmica (PDT) é uma alternativa para o tratamento de algumas neoplasias e processos infecciosos, bem como para a eliminação de alguns patógenos do sangue. O processo consiste na utilização de um fotosensibilizador, oxigênio molecular e luz em um comprimento de onda específico. A combinação destes 03 elementos leva a produção de espécies reativas do oxigênio, que promovem danos oxidativos em componentes celulares importantes, provocando a inviabilização celular. A busca pela sustentabilidade nos leva até a área da saúde para minimizar gastos no tratamento de doenças, para isso utilizamos como fonte luminosa na terapia fotodinâmica os LEDs, que são mais econômicos que lâmpadas halógenas. Os LEDs possuem muitas vantagens sobre as lâmpadas halógenas, a principal delas é a homogeneidade da irradiação luminosa, uma vez que o LED tem uma área menor, portanto o gradiente de iluminação é praticamente homogêneo em um sistema com matrizes de LEDs.

MATERIAL E MÉTODOS: A ftalocianina de alumínio foi utilizada sem purificação adicional. Uma solução estoque 1 mmol/L foi feita em dimetilformamida para cada uma das ftalocianinas e conservadas sob refrigeração até o momento de uso. Lipossomas unilamelares foram produzidos pelo método de injeção etanólica, como descrito por OLIVEIRA et al (2005). Os animais foram sacrificados pelo método de deslocamento cervical, posteriormente à morte e exposição do peritônio, abriu-se a pele do animal, inoculou-se 4mL de solução de Alsever`s e 1 mL de ar para facilitar a retirada da solução, realizando-se leve massagem manual no mesmo. As células foram colhidas do peritônio com a mesma seringa e dispensadas em tubo cônico estéril para utilização na PDI. Foi colocada sobre as lamínulas a solução de Alsever com os macrófagos para se aderirem durante 20 minutos. Os macrófagos ficaram por 20 minutos para aderirem às lamínulas e em seguida as lamínulas foram lavadas por imersão em salina para retirada de outros modelos celulares presentes no peritôneo. Foi colocado 20μL da solução do fotossensibilizador sobre cada lamínula para interagir com os macrófagos por 20 minutos. A irradiação luminosa foi feita em um sistema com 600 diodos emissores de luz (LED) de alto brilho que emitem luz em um comprimento de onda com pico específico em 650 nm por 15 minutos. Para quantificação da morte celular foi utilizado o teste de exclusão por azul de tripano, que age como um corante vital corando apenas as células mortas sendo eficiente na contagem das células quando o experimento é realizado em triplicata.
Controles foram realizados na ausência da luz e ausência da droga.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados variam de acordo com o gráfico abaixo:

Com esta metodologia podemos observar que após determinado tempo a mortalidade celular fotoinduzida é praticamente inalterada. Observamos também que a mortalidade celular depende da combinação entre a irradiação luminosa e a ftalocianina de alumínio uma vez que o fotossensibilizador na ausência da luz não inativou as células igualmente para a luz na ausência do fotossensibilizador.



CONCLUSÕES: Observamos que os LEDs são uma excelente forma luminosa para inativação fotodinâmica, uma vez que a mortalidade celular se aproximou dos 60%. Podemos observar também que a ftalocianina de alumínio encapsulada em lipossomas é eficiente como fotossensibilizador.
A mortalidade permanece praticamente inalterada após os 21 minutos de irradiação, acreditamos que seja devido a uma diminuição da produção de espécies reativas de oxigênio que inativam a célula.


AGRADECIMENTOS: Agradecemos ao IQUFU.
A FAPEMIG.
Ao CNPQ.
A todos que tornaram possível a realização deste trabalho.
A ABQ pela oportunidade de apre

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Oliveira, C. A. et al (2005) Chem. Phys. Lipids, 133, (1): 69-78.