ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO JI-PARANÁ LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE MÉDICI-RO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Físico-Química

Autores

Ribeiro, L. (IFRO) ; Sérpa Hermano de Souza, A. (IFRO) ; Costa Ferreira Vanuchi, V. (IFRO) ; de Aquino Souza, F. (IFRO) ; Antonio Avelar Baptista, J. (IFRO) ; Ulises de Oliveira Meneguetti, D. (UFAC) ; André Zan, R. (IFRO)

Resumo

O Rio Ji-Paraná atravessa e abastece alguns municípios perímetros urbanos e rurais e entre esses municípios, há em alguns pontos indústrias, onde as mesmas despejam resíduos provenientes de suas atividades. Neste trabalho, coletaram-se amostras próximas de um laticínio e de um curtume, na cidade de Presidente Médici, tendo como objetivo levar ao IFRO – campus Ji-Paraná para que fosse realizada a análise físico-química das amostras coletadas para a verificação da qualidade da água, visto que estes resíduos são despejados em seu leito. As análises realizadas foram de pH, dureza, coliformes totais e coliformes fecais (termotolerantes).

Palavras chaves

Físico-Química; Laticínio; Curtume

Introdução

A água é a mais comum e importante substância da superfície da Terra (KRAMER, 1983; PEGORIN, 2001), sendo indispensável à vida. Porém sofre desequilíbrios na sua qualidade causados pela poluição gerando várias consequências (BRANCO,1983). Principalmente não atendendo a qualidade para consumo humano. Tendo como causa dessa poluição o crescimento urbano e industrial, fato este que contribui para as alterações dos parâmetros físico-químicos do rio que abastece a população. O Rio Ji-Paraná, conhecido popularmente por Rio Machado atravessa o estado no sentido sudeste-norte, suas nascentes estão localizadas na Chapada dos Parecis, onde nascem os Rios Pimenta Bueno e Barão de Melgaço, que se juntam à altura da cidade de Pimenta Bueno, formando o maior rio rondoniense em extensão, tendo aproximadamente 800 km de extensão e, o rio desemboca no Rio Madeira, próximo a Vila de Calama. O Rio Ji-Paraná atravessa alguns municípios e o mesmo abastece perímetros urbanos e rurais e, junto com esses municípios, há em alguns pontos, indústrias, onde as mesmas despejam resíduos provenientes de suas atividades. Sendo assim, Braga et al. (2003) explicita que é fundamental que os recursos hídricos apresentem condições físico-químicas adequadas para a utilização dos seres vivos, devendo conter substâncias essenciais à vida e estar isentos de outras substâncias que possam produzir efeitos prejudiciais. No presente trabalho é apresentado as análises dos parâmetros físico- químicos de amostras de água do Rio Ji-Paraná do município de Presidente Médici, com o objetivo de avaliar a qualidade físico-química e observar o estado qualitativo da água que recebe despejos de materiais industriais de um laticínio de um curtume no seu leito.

Material e métodos

A coleta realizou-se na extensão do rio Ji-Paraná pela cidade de Presidente Médici, estado de Rondônia, onde se coletou oito amostras de águas. Um dos pontos de coleta se localizava próximo a um Laticínio, onde se coletou na proximidade quatro amostras: 100 metros e 300 metros antes do laticínio no sentido à cidade de Presidente Médici e 100 m e 300 m depois do laticínio no sentido à cidade de Ji-Paraná. O outro ponto de coleta se localizava próximo ao um Curtume, onde se coletaram na proximidade outras quatro amostras: 100 metros e 300 metros antes do Curtume e 100 m e 300 m depois do Curtume no sentido à cidade de Ji-Paraná. As amostras foram coletadas em frascos plásticos com capacidade para 500 mL devidamente esterilizados e identificados. Durante o recolhimento das amostras, todas foram armazenadas em uma caixa térmica com gelo para transporte até o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ji-Paraná. Após este processo, realizaram-se os testes de pH, dureza e análise microbiológica.

Resultado e discussão

Na análise da tabela 01, a determinação da dureza da água é proporcional à presença de sais de cálcio e magnésio e, de acordo com as normas do CONAMA, a água entre a proporção de 0 – 15 ppm Ca++ , Mg ++ é considerada muito macia, estando neste parâmetro apenas as amostras de 300 metros antes e 300 metros depois. A água que está entre 15 – 50 ppm Ca++ , Mg ++ é considerada macia, estando apenas neste parâmetro apenas as amostras de 100 metros antes e 100 metros depois. Na análise de pH, a única amostra que se encontra fora das normas é a de 300 metros antes, considerando-se então no meio ácido. Na análise microbiológica de coliformes totais, todos os resultados foram acima de 3000 UFC/100 mL estando acima das normas da Resolução CONAMA nº 274. Na análise da tabela 02 sobre a dureza, concluiu-se que as amostras 100 metros antes e 100 metros depois são consideradas muito macias e, as amostras de 300 metros antes e 300 metros depois macias, apresentando maior quantidade de ppm em Ca++ e Mg ++ . Na análise de pH, todas as amostras se encontraram dentro da norma, concluindo- então, estarem em meio básico. Na análise microbiológica, a amostra de 100 metros antes apresentou apenas coliformes fecais, estando acima das normas da Resolução CONAMA nº 274. Nas outras amostras, os índices variaram entre 1300 e 3000 UFC/100 mL.







Conclusões

Pode-se concluir que nas análises de pH a maioria das amostras estavam dentro do padrão, sabendo–se que a dureza esta relacionada com o pH, visto que as amostras de 100 metros antes e 100 metros depois se encontravam no estado muito macias, enquanto as de 300 metros antes e 300 metros depois se encontravam no estado macias, apresentando maior índice de Ca++ e Mg ++. Na análise microbiológica constatou-se maior presença de coliformes totais que esta associada à decomposição de matéria orgânica em geral.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji- Paraná, RO.

Referências

BRAGA, B.et al. Introdução à engenharia ambiental. 2 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. 305p.

BRANCO, S.M. Poluição: a morte de nossos rios.São Paulo: ASCETESB, 1983.

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução nº 357, de 17 de Março de 2005.
KRAMER, P.J.Water relations of plants.Academic Press Inc., San Diego, 1983.

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