ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Química Analítica
Autores
Santos, T. (UFPA) ; Melo, P. (UFPA) ; Pinheiro, M. (UFPA)
Resumo
O fruto caju é tipicamente brasileiro e muito pouco calórico, ele apresenta altas taxas de vitamina C, esse nutriente do suco participa da produção da carnitina, uma molécula que combate o acúmulo de gordura. A legislação brasileira na área de alimentos é regida pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Este trabalho se propõem á análise de acidez do suco de caju industrializado de três marcas diferentes, denominada de A que é utilizado no lanche de escola pública, em comparação com as marcas vendidas em supermercados locais, B e C. Os resultados obtidos foram expressos em g/100 mL.
Palavras chaves
Caju; Ministério da saúde; acidez
Introdução
O caju é considerado muitas vezes como o fruto do cajueiro, embora seja um pseudofruto. É constituído de duas partes: a castanha que é a fruta propriamente dita e o pedúnculo floral, pseudofruto confundido com o fruto. Seu cultivo é muito comum no nordeste brasileiro. Além de ser consumido natural, o caju pode ser utilizado na preparação de sucos, mel, doces, passas, sorvetes e licores. É rico em vitamina C e ferro, ajuda a proteger as células do sistema imunológico contra os danos dos radicais livres. Segundo a legislação brasileira de suco de frutas o Suco ou sumo é definido como: "a bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, destinada ao consumo, obtida da fruta sã e madura, ou parte do vegetal de origem, por processo tecnológico adequado, submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o consumo. Na mesma Seção I também estão incluídas as definições de suco desidratado, suco misto, suco reconstituído, a designação do termo integral e a denominação concentrado para o suco parcialmente desidratado. O Decreto nº 3.510, de 2000, acrescenta ao Art. 40 a definição de suco tropical. O teor de acidez foi determinável por meio de volumetria por neutralização de sucos de caju industrializados da região de Belém- PA.
Material e métodos
O suco de caju A foi adquirido em uma escola pública de Marituba-PA, o suco B e C foi adquirido em supermercados da cidade de Belém-PA , no mês de Abril de 2014 e transportado até o laboratório de Ensino da Universidade Federal do Pará – UFPA, onde foram realizadas as análises. Foram analisadas três marcas de suco de caju aqui denominadas de A, B e C . De cada marca, foi analisada uma amostra e cada amostra foi analisada em triplicata, perfazendo 3 análises por marca, totalizando 9 análises. Inicialmente, com o auxilio de pipeta volumétrica, tomou-se uma alíquota de 5 mL do suco de caju de cada marca, transferindo-se para um erlenmeyer de 125 mL, e diluiu-se em água destilada para 25 mL. Em seguida, adicionou-se duas gotas de solução de fenolftaleína a 1% (m/v), e titulou-se a amostra com uma solução devidamente padronizada de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L, sob agitação. Observou-se o ponto de neutralização que se deu com o aparecimento de uma coloração rósea persistente na solução. Os resultados obtidos foram expressos em gramas de ácido cítrico por 100/mL.
Resultado e discussão
A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos na análise de acidez dos sucos de caju
de marcas, denominadas neste trabalho, A, B e C , comercializadas no município de
Belém-PA. Verifica-se na tabela que as marcas B e C apresentaram índices de teor
de acidez, respectivamente, abaixo do valor mínimo de referência expresso de no
mínimo 0,30 g/100 mL, a marca A, já está dentro dos parâmetros de referência,
portanto de acordo com a legislação vigente estipulada pelo MAPA, o que indica que
as marcas B e C encontram-se fora do padrão aceitável pelo MAPA.
Tabela referente ao teor de acidez no suco de caju pelo método da volumetria por neutralização.
Conclusões
De acordo com as análises realizadas nos sucos de caju de marcas A, B e C, verificou- se que as marca A está dentro dos padrões para consumo, pois apresentou resultado concordante com os parâmetros estabelecidos pela legislação vigente, enquanto que as marcas B e C apresentaram irregularidades, pois se encontram fora do padrão estabelecido pelo MAPA, portanto não recomendáveis. No entanto, há necessidade de estudos mais aprofundados de outras características físicas e químicas das amostras analisadas. Este trabalho não apresenta caráter fiscalizatório.
Agradecimentos
Laboratório de Ensino da Universidade Federal do Pará.
Referências
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Informe Técnico - nº 33 de 25 de outubro de 2007. Hidróxido de Sódio (soda cáustica) – INS 524. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em 27 de Abril de 2014.
Avaliação físico-química de sucos de caju, Fabiano F. de LIMA; Geraildo A.S.SILVA; José N.V.DEODATO; Katianne C. de MEDEIROS; Alfredina dos S. ARAÚJO. Disponível em: www.gvaa.com.br. Acesso em 27 de Abril de 2014.
Avaliação crítica da legislação brasileira de sucos de fruta, com ênfase no suco de fruta pronto para beber, Alessandra Carvalho FerrareziI; Karina Olbrich dos SantosII; Magali MonteiroI, IIEmbrapa Caprinos. Sobral, CE, Brasil. Disponível em: www.scielo.br. Acesso em 27 de Abril de 2014. Cultivo do cajueiro, Afrânio Arley Teles Montenegro, Álfio Celestino Rivera Carbajal ,Antônio Lindemberg Martins Mesquita, Antônio Renes Lins de Aquino, Francisco das Chagas Oliveira Freire ,Francisco Nelsieudes Sombra Oliveira, Geraldo Correa de Araújo Filho, José de Souza Paz ,José Ismar Girão Parente ,José Luiz Mosca ,Levi de Moura Barro, Lindbergue Araujo Crisostomo ,Pedro Felizardo Adeoadato de Paula Pessoa ,Raimundo Nonato de Lima, Sidnéia Souza Silveira. Disponível em: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso em 27 de Abril de 2014.
Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (MAPA). Disponível em: www.agricultura.com.gov.br.
Acesso em 27 de Abril de 2014.
Patrocinadores
Apoio
Realização
