ANÁLISE QUANTITATIVA DE CLORETO EM ÁGUA MINERAL E SORO FISIOLÓGICO UTILIZANDO O MÉTODO DE MORH.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Química Analítica

Autores

Feitosa, F.A.L. (CESC/UEMA) ; Alencar, A.C.S. (CESC/UEMA) ; Santos, M.F. (CESC/UEMA) ; Castilho, Q.G.S. (CESC/UEMA) ; Lima, T.A.F. (CESC/UEMA)

Resumo

A metodologia utilizada para análise de cloreto em água foi o método volumétrico de Mohr com detecção visual do ponto de equivalência, também conhecido como método argentométrico, para determinação de cloretos e brometos. Apesar de ser uma metodologia clássica, os métodos volumétricos de análise têm uma boa aplicabilidade, além de ser de baixo custo, rápido e de fácil manuseio. Diante disso,tornou-se de interesse dos alunos de graduação aplicar um método clássico de análise para determinação quantitativa de cloreto em água mineral e soro fisiológico. A proposta principal deste trabalho é despertar o interesse dos alunos da disciplina Química Analítica Quantitativa para a iniciação científica.

Palavras chaves

Cloreto; Análise; Argentométrico

Introdução

A água é necessidade primordial para a vida, recurso natural indispensável ao ser humano e aos demais seres vivos, além de ser suporte essencial aos ecossistemas. Utilizada para o consumo humano e para as atividades sócio econômicas, é retirada de rios, lagos, represas e aquíferos, tendo influência direta sobre a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento das populações (SOUZA, 2000 apud SCURACCHIO, 2010). Para garantia da população, a água é tratada nas estações de tratamento de água, através de processos diversos, entre eles decantação e cloração. Por esses motivos é pertinente propor metodologias para determinação e quantificação de cloreto em água. Os soros fisiológicos são soluções de cloreto de sódio 0,9%, normalmente usadas para infusão intravenosa, sendo utilizada no tratamento ou profilaxia da deficiência dos íons sódio e/ou cloreto, na reposição do fluído em desidratação ou diluente para administração de medicamentos. (AMARAL, 2008 apud RATTI et al). Os cloretos são os ânions mais abundantes do líquido extracelular. Juntamente com o sódio, os cloretos desempenham importante papel na manutenção da distribuição de água no organismo, da pressão osmótica do p lasma e na neutralidade elétrica. (MOTTA, 2011). Neste trabalho, analisou-se o cloreto em água mineral e soros fisiológicos, através do método Argentométrico (Método de Mohr) que se baseia na titulação de uma solução de sal de um halogênio (por exemplo NaCl) com uma solução de AgNO3 em presença de K2CrO4, como indicador (Aleséev, 1981). No ponto final, o íon prata combina se com o cromato formando um segundo precipitado, o cromato de prata, que é vermelho tijolo.

Material e métodos

Para o preparo da solução titulante de nitrato de prata (Sigma Aldrish), pesou- se 4,24g em balança analítica (Eletronic balance FAZ104N, ±0,001g) e transferiu- se para um balão volumétrico de 250 mL, completando-se o volume até o menisco. A solução utilizada como indicador foi a de Cromato de Potássio 5%, onde foi preparada pesando-se 5 g em balança analítica e transferida para um frasco âmbar de 10 mL. O sistema volumétrico que foi montado para análise em soro fisiológico disponibilizou-se de um suporte universal com duas garras, uma bureta de 50 ml e um erlenmeyer de 250 mL contendo a amostra e 3 gotas do indicador. Para análise em água mineral utilizou-se uma micropipeta de 1uL, onde as alíquotas foram administradas em 50 umL em um erlenmeyer de 250 mL contendo a amostra e 3 gotas do indicador, colocou-se uma folha de papel branco em baixo do erlenmeyer para uma melhor visualização do ponto de viragem com coloração vermelho tijolo. As titulações foram realizadas gota a gota, sob agitação constante. Após o ponto de viragem anotou-se o volume gasto do titulante para os devidos cálculos de cloreto nas amostras. As amostras de água mineral e soro fisiológico em três marcas diferentes foram adquiridos em comercio local. As medidas foram realizadas em triplicata. Para o tratamento estatístico do trabalho, calculou-se o erro relativo e desvio padrão entre as medidas realizadas em triplicata. O erro relativo foi obtido comparando com os valores expostos no rótulo do produto.

Resultado e discussão

O método proposto neste trabalho foi aplicado na determinação de cloreto em soro fisiológico e água mineral, e os resultados foram comparados com os valores existentes nos rótulos dos produtos. Nas tabelas 1 e 2 estão descritos os valores em termos de concentração indicada no rótulo, os obtidos pelo método utilizado, o desvio padrão e o erro relativo calculado. De acordo com os resultados expostos na tabela 1 e 2 verificou-se que os valores encontrados pelo método mostrou-se preciso, significando uma concordância entre os valores medidos. No que diz respeito à exatidão, os erros relativos encontrados, foram mais altos dos que comumente são aceitáveis por métodos analíticos de análise, indicando que o método utilizado é susceptível a erros, mais até que metodologias instrumentais bem estabelecidas.

Tabela 1

Valores rotulados e encontrados utilizando o método de Mohr na determinação de cloreto em soro fisiológico.

Tabela 2

Valores rotulados e encontrados utilizando o método de Mohr na determinação de cloreto em água mineral.

Conclusões

É importante ressaltar que o método escolhido para a realização deste trabalho não é o método que se utiliza em laboratórios de análises de água. E embora determinações de cloreto em água utilizando o método de Mohr seja uma metodologia bem conhecida no mundo científico, principalmente em salas de aula, este trabalho teve um importando papel para nós, alunos de graduação do Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão, criando expectativas e questionamentos em relação à pesquisa científica como um todo.

Agradecimentos

Agradecemos a Deus, a família, aos amigos, ao CESC-UEMA e a nossa prezada orientadora.

Referências

CRUZ, Juliana Nogueira da; CLAIN, Almir Faria. A Interferência do pH na Análise de Cloreto pelo Método de Mohr. 2010. Disponível em: <http://www.uss.br/pages/revistas/revistateccen/V3N32010/pdf/003_ AInterferenciapHna.pdf>. Acesso em: 05 jul. 2014. DIAS, Lucas Pinheiro et al.CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE QUATRO MARCAS DE ÁGUA MINERAL COMERCIALIZADAS EM TERESINA-PI. Disponível em: <http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/651/390>. Acesso em: 08 jul. 2014. FARD, Evelise Maria Garcia Parham. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA MINERAL E DO PROCESSO DE ENVASE EM DUAS FONTES COMERCIAIS. 2007. Disponível em: <http://www.posalim.ufpr.br/Pesquisa/pdf/EVELISEGARCIA.pdf>. Acesso em: 06 jul. 2014.GRASS, Marco Tadeu. Águas do planeta terra. Disponível em: <http://www.ceset.unicamp.br/~mariaacm/ST114/aguas.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2014.SCURACCHIO, Paola Andressa. QUALIDADE DA ÁGUA UTILIZADA PARA CONSUMO EM ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS - SP. Disponível em: <http://www2.fcfar.unesp.br/Home/Posgraduacao/AlimentoseNutricao/PaolaAndressaScuracchioME.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2014. MOTTA, Valter T. Bioquímica Clínica para o laboratório – princípios e interpretações. 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora MedBook, 2009.

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