DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO EM SUPLEMENTOS ALIMENTARES COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE SÃO LUIS – MA.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Química Analítica

Autores

Santos, T.S.M. (UEMA) ; Santos, K.M.S. (UEMA) ; Hellmann, T. (UEMA) ; Carvalho, R.M. (UEMA) ; Santos, M.S. (UEMA) ; Ferreira, A.M.P. (UEMA) ; Vale, R.C. (UEMA) ; Nascimento, S.B.S. (UEMA) ; Menezes, L.C. (UEMA) ; Silva, I.P. (UEMA)

Resumo

O Ministério da Saúde recomenda a ingestão diária de 1000 mg de cálcio por dia para um adulto. Para quem faz exercícios físicos ou no calor intenso, essa quantidade pode ser ultrapassada. Este trabalho teve como objetivo, verificar a veracidade quantitativa de cálcio contida em suplementos alimentares de diferentes marcas comercializados na cidade de São Luis, denominados aqui de A, B, C e D. Utilizou-se a metodologia disponibilizada pelo Instituto Adolfo Lutz (Volumetria de Oxirredução). Os Resultados obtidos e expressos em miligramas foram comparados com os rotulados pelos fabricantes de cada marca. Verificou-se que os quantitativos de cálcio rotulados em todas as amostras, divergem dos encontrados na análise.

Palavras chaves

Alimento; Cálcio; Suplemento alimentar

Introdução

O papel do mineral cálcio na alimentação tem sido estabelecido em todas as etapas da vida exercendo funções fisiológicas, como componente do tecido ósseo, de cofator enzimático ou como mensageiro celular (WEAVER e HEANEY, 2003), além disso, esse mineral tem sido estudado como fator dietético que age na redução de risco de enfermidades degenerativas. Um adulto deve consumir 1000 mg de Cálcio por dia. Sua ausência é um dos grandes males atuais e prejudica diretamente a estrutura óssea do corpo (ANVISA). O ser humano atinge o pico de massa óssea por volta dos 25 anos de idade. A partir dessa idade, a velocidade de fixação do cálcio nos ossos diminui progressivamente. Uma das consequências do envelhecimento é a perda de massa óssea, que torna os ossos mais frágeis e a pessoa, às vezes, reduz de tamanho (MINISTERIO DA SAUDE, 2008). Sabendo dos benefícios que o mineral possui, varias pessoas vem consumindo suplementos alimentares sem orientação médica. “Então será que a quantidade de cálcio descrita nos rótulos de suplementos alimentares é verdadeira?”. Pensando nisso e no intuito de comprovar se as marcas cumprem o que está rotulado, este trabalho teve como objetivo determinar a quantidade de cálcio nos suplementos alimentares comercializadas na cidade de São Luís, Maranhão.

Material e métodos

O suplemento foi adquirido em farmácias da cidade de São Luís – MA, nos meses de maio e junho de 2014 e transportado até o laboratório de Macromoléculas e Produtos Naturais da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, onde foram realizadas as analises. Foram analisadas quatro marcas de suplementos alimentares aqui denominadas de A, B, C e D. De cada marca uma amostra foi analisada em duplicata, totalizando oito análises. Inicialmente pesou-se 5 g de cada amostra, transferiu-se para um béquer de 400 mL e adicionou-se 50 mL de água destilada, mais 1 mL de acido acético glacial. Colocou-se em uma manta até chegar á ebulição. Foi adicionado lentamente sub agitação continua, 25 mL de solução de oxalato de amônio a 5%. Deixou-se fica em repouso por 2 horas e filtrou-se. O precipitado é dissolvido em 20 mL de acido sulfúrico (1:4) adicionando-se 50 mL de água. Esse foi aquecido e titulado com uma solução devidamente padronizada de permanganato de potássio 0,02 M, até o aparecimento de uma coloração rósea persistente na solução. Os resultados foram expressos em mg/mL de cálcio.

Resultado e discussão

A Tabela x apresenta a massa dos suplementos alimentares em gramas e o valor rotulado de cálcio em miligramas. Os valores que estavam nos rótulos foram calculados para a proporção de 5 g da amostra, a fim de que esta quantidade teórica fosse comparada com o valor obtido neste trabalho. Verifica-se na tabela divergência, na quantidade de cálcio entre o rótulo e o encontrado pela analise em todas as amostras. Porém, a amostra que mais se aproximou da medida esperada, foi a C. Pois nesta, foi encontrado o valor de 2,323mg de cálcio tendo um desvio padrão de 0,027 chegando bem próximo do valor teórico. Enquanto que as marcas A, B e D não.

Tabela X

*Proporção feita para valor teórico a cada 5g da amostra analisada = valores que se desejava obter na prática.

Conclusões

As análises feitas nos suplementos alimentares de marcas A, B, C e D, apresentam quantidade de cálcio por mg inferior ao que continha em seus respectivos rótulos. Porém a marca C apresentou valor aproximado com o previsto. No entanto, é valido que à necessidade de um maior controle na qualidade dos suplementos alimentares comercializados na cidade de São Luis/MA.

Agradecimentos

Laboratório de Macromoléculas e Produtos Naturais da UEMA.

Referências

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Rotulagem Nutricional Obrigatória Manual de Orientação aos Consumidores Educação para o Consumo Saudável. Brasília: 2001. Disponível em: www.anivisa.gov.br. Acesso em 20 de julho de 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar para a população brasileira : promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde,Secretariade Atenção à Saúde, . – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.210 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos/coordenadores Odair Zenebon, NeusSadoccoPascuet e Paulo Tiglea – São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. P 727-728.
WEAVER, C. M. E HEANEY, R. P. Cálcio. In: Shis, M.; Olson, J. A. Shike, M.; Ross A. C (Eds) Tratado de Nutrição Moderna na saúde e na doença. São Paulo: Manole, 2003.

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