DETERMINAÇÃO DO INDICE DE ACIDEZ DE ÓLEOS DE SOJA COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Química Analítica

Autores

Silva, J.G.L.L. (UEMA) ; Nascimento, S.B.S. (UEMA) ; Vale, R.C. (UEMA) ; Corrêa, M.J.C. (UEMA) ; Coimbra, V.C.S. (UEMA) ; Silva, I.P. ()

Resumo

Os óleos vegetais representam uma grande fonte de energia para o corpo humano e entre estes óleos, o de soja tem destaque pelo seu poder vitamínico e antioxidante. Um de seus componentes é o acido oleico que quando quantificado, permite identificar sua acidez. Este trabalho analisa três amostras de óleos de soja comercializados na cidade de São Luís-MA, com o intuito de identificar seus índices de acidez e comparar com o valor estipulado pela ANVISA, e assim verificar seu grau de deterioração. Os resultados obtidos foram todos superiores ao estabelecido pela legislação, mostrando, assim que os óleos analisados não estão aptos para o consumo humano.

Palavras chaves

Acidez; Análise; Óleo Vegetal

Introdução

Os óleos vegetais comestíveis fazem parte da dieta da maioria dos povos, apresentando funções importantes no metabolismo humano. Eles representam fonte de energia para o corpo humano, além de conterem ácidos graxos essenciais, vitaminas e antioxidantes lipossolúveis, tais como os tocotrienóis e os tocoferóis (PEIXOTO, RODRIGUES e MEIRELLES, 1988). A soja, ou Glycinemax, pertence à família das leguminosas e é originária da Ásia Oriental. Têm-se registros do seu uso como alimento desde a época da construção das Pirâmides do Egito (MORSE, 1950 e MACHADO, 1999). Na atualidade, a soja domina o mercado mundial tanto de proteína vegetal como de óleo comestível. O óleo de soja surgiu como um subproduto do processamento do farelo de soja, e tornou-se um dos líderes mundiais no mercado de óleos (MORETTO & FETT, 1998). Um aspecto importante, quando se fala em óleos vegetais é a qualidade atribuída a eles. Uma boa matéria-prima e um processamento adequado leva a produção de óleo de soja de boa qualidade. Para o controle da qualidade do óleo de soja são realizadas algumas análises físico-químicas, tais como: determinação do Índice de Acidez, do Índice de Peróxido, de Fósforo, de Umidade, do Índice de Saponificação, entre outros. Com base nessas informações, este trabalho tem como objetivo, determinar o Índice de Acidez dos óleos de soja de três marcas distintas, comercializadas na cidade de São Luís, Maranhão.

Material e métodos

As amostras de óleo de soja escolhidas para analises, foram adquiridas em supermercados da cidade de São Luís-MA, conservadas a temperatura ambiente e levadas para o laboratório de Química e Biologia da UEMA, onde foram analisadas de acordo com a metodologia estabelecida pelo instituto Adolf Lutz. Pesou-se inicialmente 2 g de cada amostra em uma balança analítica (0, 0001), que foram diluídas em 25 ml de solução álcool-etílica na proporção de 1:2 v/v e tituladas com uma solução de hidróxido de sódio 0,1 N, usando-se como indicador, solução de fenolftaleína a 1%. Todas às analises foram feitas em triplicatas. Os resultados obtidos foram expressos em teor de acido oleico por 100 g de amostra, e comparados com o estabelecido pela ANVISA (1999).

Resultado e discussão

Disponibilizou-se na tabela 1, o percentual de acido oleico por 100 g de amostra, encontrados nas analises, assim como o percentual de acidez permitido pela ANVISA. Conforme resultados tabelados, verifica-se que os óleos analisados apresentam Índice de Acidez superior ao permitido pela Legislação Brasileira de Alimentos.

Tabela 1: Teor de acidez expresso em acido oleico encontrado em amostr



Conclusões

Conforme os resultados obtidos e, de acordo com a literatura vigente, conclui-se que um percentual de índice de acidez, maior que o permitido pela legislação, indica deterioração do óleo analisado e, que o mesmo encontra-se sem condições para o consumo humano. Assim sendo, é necessário que se faça um controle de qualidade mais rígido dos óleos comercializados na cidade de São Luís do Maranhão.

Agradecimentos

Referências

PEIXOTO, E.C.D.; RODRIGUES, C.E.C. e MEIRELLES, A.J.A. Estudo do Equilíbrio Líquido-Líquido do Sistema Óleo de Soja Refinado/Ácido Linoléico Comercial/ Etanol Hidratado, a 25°C. VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica. 1988. Campinas, SP.
MORSE, W.J. History of soybeans production. In: MARKLEY, K.S. (Ed) Soybeans and woybean products. v. 1, cap. 1. New York: Interscience, 1950-1951.
MACHADO, Rogério Pereira. Produção de Etanol a partir de Melaço de Soja. Porto Alegre: UFRGS, 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química), Departamento de Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999.
MORETTO, E.; FETT, R. Tecnologia de óleos e gorduras vegetais na indústria de alimentos. São Paulo: Varela, 1998.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 482, de 23 de setembro de 1999. Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de óleos de gorduras vegetais.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ, Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz,.v.1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos – ÒLEOS e GORDURA
S, 5 ed. São Paulo. IMESP, 2004.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 482, de 23 de setembro de 1999. Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de óleos de gorduras vegetais.

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