ANÁLISE PRELIMINAR DA CINÉTICA DE BIOSSORÇÃO DA BIOMASSA FUNGICA ORELHA DE PAU [i]Pycnoporus sanguineus[/i] EM RELAÇÃO AO ÍON Cd (II)

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ambiental

Autores

Nascimento, J.M. ((CESI-UEMA)) ; Santos, E. ((CESI-UEMA)) ; Santos, J.S. ((CESI-UEMA)) ; Cardins, W. ((CESI-UEMA)) ; Chaves, M. ((CESI-UEMA)) ; Nascimento, R. ((CESI-UEMA)) ; Silva, B.S. ((CESI-UEMA)) ; Oliveira, J.D. ((CESI/UEMA))

Resumo

Ao longo da história nenhum ser vivo produziu tantos resíduos do que o ser humano, Consequentemente a geração dos resíduos superou a capacidade de ciclagem do solo e da água, acarretando com isso a contaminação do solo, rios e riachos onde esses resíduos são descartados sem nenhum tratamento. A biossorção surge como um método eficaz e de baixo custo na remoção de metais potencialmente tóxicos em soluções aquosas. Este trabalho tem como objetivo avaliar a cinética de biossorção do íon Cd (II) em relação a biomassa do fungo orelha de pau Pycnoporus sanguineus.

Palavras chaves

biossorção; orelha de pau; cádmio

Introdução

A crescente contaminação mundial de ecossistemas aquáticos naturais por compostos químicos industriais é o um dos principais problemas enfrentados nos últimos 50 anos pela humanidade. O crescente consumo, produção e exploração de matérias primas, como fósseis e minerais associados ao crescimento da população nas últimas décadas têm causado uma série de graves problemas ambientais em função da geração de resíduos contendo metais potencialmente tóxicos (MOREIRA et al., 2009; CAMPOS BUENO e CARVALHO, 2007). Quando lançados em sistemas aquáticos, sem nenhum tratamento adequado essas espécies podem contaminar o solo, subsolo, e os lençóis freáticos. A biossorção por fungos é uma opção para o tratamento de efluentes carregados com íons metálicos potencialmente tóxicos. Este trabalho tem como objetivo avaliar a cinética de biossorção do íon Cd (II) em relação a biomassa do fungo orelha de pau Pycnoporus sanguineus.

Material e métodos

Uma porção da amostra após preparação foi ativada com solução ácida (HCl 0,1 mol L-1) e a outra porção em solução básica (NaOH 0,1 mol L-1) por 24 horas à temperatura ambiente. Posteriormente foram lavadas com água destilada, solução tampão (pH 5,0) e colocadas para secar a temperatura ambiente. Em seguida, as frações foram deixadas no dessecador a vácuo até a realização dos experimentos de adsorção (SOUSA et al., 2007). O estudo de cinética foi conduzido em sistema de batelada. Uma série de frascos (erlenmeyer de 250 mL) contendo 0,5 g do adsorvente tratado (NaOH e HCl) e in natura foi colocado em contato com 10 mL de solução iônica de íon Cd (II) com concentração de 25 mg L-1, em pH 5,0, sob agitação de 20 rpm. Em intervalos pré-determinados entre 10 e 120 min. Após o período de agitação, cada mistura foi filtrada com auxílio de uma bomba de vácuo em filtro de membrana 0,45 µm.

Resultado e discussão

O estudo de cinética demonstrou que a espécie metálica em estudo possui capacidade de biossorção semelhante entre si evidenciando que o tempo de contato do metal interferiu na capacidade de biossorção das biomassas in natura e modificadas com NaOH e HCl do íon Cd (II) sendo encontrado em valores abaixo de 0,25 mg kg-1 de metal biossorvido por biomassa. Em relação ao estudo de eficiência de biossorção observa-se que a remoção mais efetiva encontra-se na biomassa tratada com NaOH.

Figura 1. Capacidade de biossorção do íon Cd (II).



Figura 2. Eficiência de biossorção do íon Cd (II)..



Conclusões

O estudo de cinética de biossorção demonstrou que a biomassa do fungo orelha de pau in natura e modificada com (NaOH e HCl) demonstrou possuir boa eficiência de biossorção em relação ao íon Cd (II). Os resultados demonstraram que a melhor capacidade e eficiência de biossorção foram encontradas na biomassa ativada com NaOH.

Agradecimentos

A UEMA e a FAPEMA

Referências

CAMPOS BUENO, C. I; CARVALHO, W. A. Remoção de chumbo (II) em sistemas descontínuos por carvões ativados com ácido fosfórico e com vapor. Química Nova, v.30, n. 8, 2007.

MOREIRA, S. A. et al. Remoção em soluções aquosas usando bagaço de caju. Química Nova, v. 32, n. 7, p. 1717-1722, 2009.

SOUSA, F. W. et al. Uso da casca de coco verde como adsorbente na remoção de metais potencialmente tóxicos. Química Nova, v. 30, n. 5, p. 1153-1157, 2007.





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