EDUCAÇÃO AMBIENTAL: RECICLAGEM DO ÓLEO VEGETAL RESIDUAL NA VILA SANTA TEREZINHA - IRITUIA/PA

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ambiental

Autores

Soares, M.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Carneiro, M.R.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Martins, S.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Ferreira, J.R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Rodrigues, E.S.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Reis, A.J.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Martins, S.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Mendes, T.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo informar a população em geral dos impactos ambientais causados pelo descarte incorreto do resíduo óleo de cozinha. Utilizando uma proposta de educação ambiental aplicando o método de coleta e reciclagem desse resíduo, tendo como público alvo a população em geral. Percebeu-se um grande interesse da população em relação ao trabalho proposto, o que apresenta-se como grande estímulo para trabalhos posteriores, pois a consciência ambiental precisa ser desenvolvida em cada indivíduo.

Palavras chaves

EDUCAÇÃO AMBIENTAL; RECICLAGEM; ÓLEO DE COZINHA

Introdução

O desenvolvimento sustentável é um tema muito discutido nas diversas áreas de estudo, mais que debater, é necessário praticas de sustentabilidade junto à comunidade que viabilize sua efetividade. No relatório da “Rio 92” está exposta uma das definições mais difundidas do conceito: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”. De acordo com o conceito e para a conscientização da população sobre os riscos decorrentes do descarte inadequado de resíduos, o presente trabalho propõe praticas de como fazer o descarte correto do óleo vegetal nos moldes da sustentabilidade. O descarte inadequado do óleo vegetal é um dos maiores causadores de impactos ambientais. Em grande parte dos municípios brasileiros o descarte é feito na rede de esgoto, onde esta está ligada a rede pluvial e córregos. Dessa forma, devido à imiscibilidade do óleo com a água e sua inferior densidade, dependendo da quantidade de resíduo despejado, há tendência a formação de películas oleosas na superfície, o que dificulta as trocas gasosas da atmosfera com a água diminuindo gradualmente a quantidade de oxigênio, reduz a quantidade de luz no ecossistema comprometendo a base da cadeia alimentar aquática (AQUINO et al 2012, pág. 2).

Material e métodos

A metodologia utilizada neste trabalho tratou de uma proposta de educação ambiental por meio da coleta e reciclagem do óleo vegetal residual, tendo como publico alvo a população em geral. E se desenvolveu através de palestras e oficina de produção de sabão a partir do óleo vegetal residual, realizado na Vila Santa Terezinha Irituia – PA e no laboratório de Química e Biologia da UEPA – Campus XI, no período de 14 a 29 de abril de 2014. E, este foi desenvolvido em etapas: 1ª ETAPA: Nesta fase foi ministrada uma palestra sobre educação ambiental com ênfase na coleta e reciclagem do óleo vegetal. Dando enfoque a educação ambiental e a conscientização da sociedade como um todo, quanto a importância da preservação do meio ambiente. E, como forma de viabilizar efetividade da preservação ambiental, foi dado o alerta da urgência em fazer o descarte correto do óleo vegetal residual, tendo em vista os diversos prejuízos que este causa ao meio ambiente ao ser descartado de modo inadequado. 2ª ETAPA: Neste passo foi desenvolvida uma oficina de como produzir sabão a partir de óleo vegetal usado, efetivando a pratica da responsabilidade social na preservação ambiental e como forma de geração de renda.

Resultado e discussão

A palestra foi iniciada com uma pergunta: em sua residência onde é descartado o resíduo - óleo vegetal usado no preparo de alimentos? 100% das pessoas presentes responderam que tal descarte era feito na pia ou junto com os resíduos sólidos e, declararam não ter conhecimento dos sérios danos causados ao meio ambiente quando descartado de formar incorreta. No final da palestra percebeu-se que as informações foram satisfatórias, havia entusiasmo em fazer o descarte adequado, e foi lançado convite a coletar o óleo de própria residência para fazer a oficina de produção de sabão. A mesma foi realizada no dia 25 de abril, com cerca de vinte participantes, sendo contabilizado um litro do resíduo óleo de cozinha, coletado pelos mesmos para realização da atividade. É importante considerar, a real necessidade e urgência em informar a sociedade dos diversos malefícios oriundos do descarte inadequado do resíduo óleo de cozinha. Assim como, o trabalho de conscientização para a prática do desenvolvimento sustentável.

Conclusões

É importante ressaltar que os aspectos sociais também devem ser verificados, tendo em vista a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social no processo de coleta do óleo. O primeiro passo é a realização de um cadastro dos catadores de materiais recicláveis na vila Santa Terezinha Irituia – PA e dos empreendedores que reciclam ou reaproveitam esse resíduo, para viabilizar a criação de um banco de dados e mapeamento, que será de importante utilidade na fase de proposições. O estudo de viabilidade e sustentabilidade econômica torna-se imprescindível para a concretização do Plano.

Agradecimentos

Agradecemos ao professor Msc. Anderson Lima pelo apoio e orientação prestados para a elaboração deste trabalho.

Referências

Castellanelli, A.C. Estudo da viabilidade de produção do biodiesel, obtido através do óleo de fritura usado na cidade de Santa Maria RS. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), 2008.

AQUINO, B. G.; Souza, S. D.; Ferreira, S. J. Produção do sabão a partir do óleo de cozinha: atividade desenvolvida no dia nacional da responsabilidade social. Disponível em < http://midia.unit.br/enfope/2013/GT8/PRODUCAO_SABAO_PARTIR_OLEO_COZINHA.pdf> acesso em 04 de abril de 2014.

Constituição Federal 1988. CONSTITUIÇÃO FEDERAL CAPITULO I DO MEIO AMBIENTE art. 225. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Pag. 292

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