Aulas experimentais contextualizando o ensino de química

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Brito, J.I. (IFPI) ; Sá, L.C. (IFPI) ; Brito, I.A. (IFPI) ; Farias, M.J. (IFPI) ; Santos, R.I. (IFPI) ; Sousa, J.A. (IFPI) ; Santos, W.B. (IFPI)

Resumo

O presente trabalho trata de uma pesquisa realizada na cidade de Picos PI, com o objetivo de verificar a eficácia da experimentação contextualizando o ensino de química, quanto ao processo ensino aprendizagem. A partir da observação de aulas com uso de metodologias alternativas para o ensino, ficou claro que a inserção de experimentos apresenta-se como uma ferramenta metodológica para facilita-lo, possibilitando a melhor concepção do conhecimento de forma a permitir uma aprendizagem ativa e significativa, através da construção e reconstrução de ideias, havendo assim, maximização da aprendizagem.

Palavras chaves

Ensino de Química; Atividades Experimentais; Prática Docente

Introdução

A mais de um século, as atividades experimentais foram implantadas nas escolas, onde ganhou um papel fundamental no estudo de química. Com isso, surgiram vários estudos e pesquisas que comprovam a importância da experimentação nos conteúdos científicos. No que se refere ao potencial das atividades experimentais vários autores como Giordan (1999), Lima et al. (2007), Hodson (1988), entre outros, afirmam, que a experimentação quando bem elaborada, traz diversos benefícios e acrescenta na formação dos conhecimentos, onde aumenta a capacidade de aprendizado dos alunos. Segundo Giordan (1999) é consenso que a experimentação química desperta interesse entre os alunos, independentemente do nível de escolarização. Para ele a experimentação tem caráter motivador, vinculado aos sentidos. Já para os professores a experimentação aumenta a capacidade de aprendizado uma vez que envolve os alunos nos temas trabalhados. O emprego de atividades experimentais, não devem servir apenas como confirmação de teoria, mas sim como instrumento de formação do conhecimento, despertando nos discentes questionamentos, para que com isso, os mesmos consigam compreender o que está sendo realizado. Contudo, a experimentação pode e deve ser incluída no contexto escolar visando diversos objetivos, tal como demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio teórico, testar hipóteses, desenvolver habilidades de observação ou medidas, entre outros (BRASIL, 2000). Deste modo, propomos um meio alternativo para melhor compreensão e aceitação dos alunos pela ciência, “a experimentação”, que além de ser praticada, deve ser construída e discutida prazerosamente e nunca imposta por alguns, devendo ser discutido o que foi feito, construindo assim um pensamento sólido, o que facilita a aceitação

Material e métodos

O presente trabalho foi desenvolvido a partir da observação de aulas práticas, realizadas para contextualizar o ensino de química. Os experimentos apresentados pelo ministrante foi silhueta da gota, tensão superficial e aquarela mágica, que aborda o tema Ligações moleculares, onde, primeiramente houve uma aula teórica do conteúdo a ser abordado e em seguida realizou-se os experimentos, sendo discutidos e dialogados com a relação entre aluno/aluno e aluno/professor. Este trabalho acadêmico utilizou-se como procedimento metodológico o estudo de caso. A pesquisa foi realizada na Instituição de Ensino Fundamental e Médio Desembargador Vidal de Freitas, na turma do 1º ano, no turno da manhã. Os materiais utilizados em todos os experimentos foram: Placas de Petre; Béquer; prato; água; acetona; gasolina; alfinete; detergente; leite e anilina líquida de três cores diferentes. Após a realização dos experimentos sugeriu que os alunos descrevessem as práticas, indicando cada componente utilizado, e a definição das diferentes ligações (pontes de Hidrogênio, dipolo-dipolo e dipolo induzido) buscando abordar o conteúdo ministrado na aula com materiais utilizados no dia a dia havendo a problematização da aprendizagem significativa no ensino de química.

Resultado e discussão

Carrascosa e cols. (2006). Afirmam que “a atividade experimental constitui um dos aspectos chave do processo de ensino aprendizagem de ciências”. Pois estimulam e incentivam os discentes a conciliar o experimento com fatos ocorrentes no dia a dia, podendo com isso aumentar o estimulo de questionamentos e investigação. Na análise e observação, ficou claro que alguns alunos apresentaram pouco conhecimento do assunto. Durante a realização das atividades em sala de aula envolvendo a Química e o cotidiano do aluno observou-se que o interesse, a curiosidade, a ansiedade e a participação dos alunos aumentou significativamente. Poucos alunos tinham o conceito de Ligações moleculares (A diferença existente entre pontes de hidrogênio dipolo-dipolo e dipolo induzido), que foi construído a partir da realização dos experimentos “silhueta da gota, tensão superficial e aquarela mágica” Observou-se, também, que após as propostas e discussões das hipóteses, os alunos foram além da descrição da atividade, onde tentaram entender os fenômenos observados. Nas atividades não foram apresentados roteiros para a sua realização. O orientador propôs os métodos e os equipamentos que foram utilizados. O material e os procedimentos foram propostos e escritos, posteriormente, pelos alunos. As atividades ocorreram de forma investigativa e lúdica. A participação foi livre, sendo formados pequenos grupos, o que favoreceu a interação dos alunos nos resultados obtidos.

Conclusões

A partir da análise realizada com o levantamento bibliográfico e a observação da contextualização inserindo experimentos no ensino de química, fica bastante claro que aulas práticas, se apresentam como ferramenta eficaz no ensino e aprendizagem e que deve ser um instrumento a ser incluído na sala de aula a fim de permitir a aprendizagem dos conteúdos de forma mais dinâmica e eficaz, possibilitando a melhor concepção do conhecimento de forma a permitir uma aprendizagem ativa e significativa, através da construção e reconstrução de ideias, havendo assim, maximização da aprendizagem.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, ao IFPI, aos meus colaboradores e ao meu orientador Mario Marques de Sousa.

Referências

BRASIL. Secretaria da Educação Média e Tecnológica – Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, v. 3, 2000.

GIORDAN, M.; O papel da experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, n.10, 1999.

HODSON, D. Experiments in Science and Science Teaching. Educational Phi- losophy and Theory. 20 (2), p. 53-66, 1988

LIMA, J.F.L.; PINA, M.S.L.; BARBOSA, R.M.N. e JÓFILI, Z.M.S. A contextualização no ensino de cinética química. Química Nova na Escola, n. 11, p. 26-29, 2000.

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