ÁCIDOS NO COTIDIANO: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO CURSO DE DESIGN DE INTERIORES DE UMA ESCOLA TECNOLÓGICA DE BELÉM.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Albuquerque Dias da Costa, K. (SEDUC-PA/UFPA) ; Sidônio Farias, F. (SEDUC/PA) ; Lene Silva da Silva, J. (SEDUC/PA) ; da Conceição Oliveira, V. (SEDUC/PA) ; Araujo Gomes, E. (SEDUC/PA) ; Yuri Gomes, R. (SEDUC/PA) ; Benicio da Cruz Costa, J. (SEDUC-PA/UFPA) ; da Silva Mendes, C. (SEDUC-PA/UFPA) ; Pimenta dos Santos Filho, L. (UFPA) ; Helena Tavares Pinheiro, M. (UFPA)

Resumo

Objetivo deste estudo foi diagnosticar, por meio da aplicação de questionários, as concepções alternativas de estudantes do ensino médio sobre ácidos oriundas do senso comum. Os resultados mostraram que os discentes entrevistados apresentam um pensamento confuso sobre o conceito de “ácido”, uma vez que a maioria destes associou este termo a substâncias corrosivas, que podem causar dor ou queimaduras a pele humana. Todavia, quando questionados sobre o emprego destas substâncias no cotidiano, associaram sua presença aos alimentos e bebidas e a produtos de limpeza, itens de grande utilidade ao ser humano.

Palavras chaves

Ácido; percepção; design de interiores

Introdução

Identificar a presença do conhecimento químico na sociedade, bem como compreender a ciência e a tecnologia como parcela integrante da cultura humana são competências a serem desenvolvidas no ensino de química (BRASIL, 2000). Para tal finalidade, conhecer as concepções alternativas (senso comum) do alunado, ou seja, as interpretações culturalmente formadas a respeito de determinado assunto é um importante auxilio para o planejamento da prática docente (FIGUEIRA; ROCHA, 2011). O termo ácido é constantemente associado a diversos âmbitos e setores como: o doméstico, o industrial, agrícola e farmacêutico. Entretanto, por vezes, é disseminada uma visão distorcida destes conceitos quando comparadas com o que é cientificamente aceito (FIGUEIRA; ROCHA, 2011). Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo foi diagnosticar as concepções alternativas ao conhecimento científico de estudantes da educação profissional em design de interiores integrado ao ensino médio sobre o conceito de ácido.

Material e métodos

Foi aplicado um questionário a 19 alunos, sendo 9 mulheres e 10 homens, na faixa etária de 16 a 20 anos, de uma turma de 3ª fase curso técnico em design de interiores integrado ao ensino médio de uma Escola Tecnológica Estadual da cidade de Belém-PA. As questões propostas versavam sobre o que os discentes entendiam, de acordo com o senso comum,como ácido e aonde estas substâncias poderiam ser encontradas no cotidiano. Para a análise dos questionários aplicou-se a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2010) apud Fonseca e Loguercio (2013) e artifícios da estatística descritiva.

Resultado e discussão

Os alunos apresentaram associações distintas para o termo “ácido”(Figura 01). A maioria dos entrevistados (42%) conceituou este termo como substâncias corrosivas, que podem causar dor ou queimaduras quando colocadas em contato como tecido epitelial humano. Os demais definiram como: frutas cítricas (15%); produtos de limpeza (11%); substâncias efervescentes (12%), de pH elevado (4%), substâncias azedas (4%), fórmulas químicas que começam com a letra H (4%). Quando interpelados onde poderiam encontrar substâncias ácidas no cotidiano as respostas majoritárias (Figura 02) foram: frutas cítricas, sendo citado o limão, a laranja e a acerola (25%); nos produtos de limpeza (21%); e nos demais alimentos e bebidas (19%). As repostas minoritárias foram: corpo humano,sendo citados os ácidos estomacais e os fluidos corpóreos (9%); cosméticos e produtos de limpeza (7%); na chuva (7%); medicamentos (5%); armamentos bélicos e florestas (5%) e não souberam responder (2%) (Figura 02).

Figura 1. Conceito de ácidos na perspectiva discente



Figura 2. Emprego dos ácidos no cotidiano na perspectiva discente



Conclusões

Os resultados mostraram que os discentes entrevistados apresentam um pensamento confuso sobre o conceito de “ácido”, uma vez que a maioria destes associou este termo a substâncias corrosivas, que podem causar dor ou queimaduras a pele humana. Todavia, quando questionados sobre o emprego destas substâncias no cotidiano, associaram sua presença aos alimentos e bebidas e a produtos de limpeza, itens de grande utilidade ao ser humano.

Agradecimentos

Aos alunos e a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará.

Referências

FONSECA, C.V; LOGUERCIO, R. Q. Conexões entre química e nutrição no ensino médio: reflexões pelo enfoque das representações sociais dos estudantes. Química Nova na Escola. v.35, n.1, p. 132-140, maio 2013.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2000.

FIGUEIRA, A. C. M.; ROCHA, J. B. T. Investigando as concepções de estudantes do ensino fundamental ao superior sobre ácidos e bases. Revista Ciências & Ideias, v. 3, n.1, p.1-21, set. 2010/abr. 2011.

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