Inovando o Ensino de Química na escola Estadual Oswaldo Cruz no Município de Humaitá - AM

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Humbelino de Melo, P.R. (UFAM) ; Magalhães Conrado, J.A. (UFAM) ; Meotti, E.E. (UFAM) ; de Souza, A.L. (UFAM) ; do Nascimento Pereira, B. (UFAM) ; Ribeiro Maciel, S. (UFAM) ; Gomes de Paiva, J. (IFAM) ; Carvalho, A.B. (UFAM) ; Roberto Araujo, M.C. (UFAM)

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo inovar o ensino de Química na escola Estadual Oswaldo Cruz, através da utilização de jogos didáticos como estratégia didática pedagógica. As atividades foram desenvolvidas com alunos do 1º e 3º ano do Ensino Médio, os conteúdos abordados foram: Funções Orgânicas, Inorgânicas, e os Elementos da Tabela Periódica. A primeira proposta foi à confecção de jogos com adaptações aos conteúdos de interesse, estes tiveram a nomeação de Quínuca, Uno Químico e o Bingo Químico. Os resultados apontaram uma metodologia inovadora para aquisição dos conteúdos abordados na disciplina de Química.

Palavras chaves

Ensino de Química; Inovação; Jogos Didáticos

Introdução

Levando em consideração a falta de motivação de alguns alunos e a importância da Química em nossa vida, faz-se necessário que os docentes estabeleçam uma proposta de ensino que favoreçam e despertem interesse dos discentes. Uma estratégia que está cada vez mais presente é a utilização de jogos didáticos adaptados aos conteúdos estudados. Segundo Cunha(2012), utilizar jogos em sala de aula, possuem diversas vantagens, que ultrapassam a assimilação dos conceitos, fórmulas e regras essenciais usadas na química, possibilitando o esquecimento do ato tradicional de memorização e proporcionando aos estudantes familiarização da linguagem química. Nessa perspectiva, Campos et al.(2002), caracteriza os jogos como uma importante e viável alternativa de aprendizagem significativa, pois, ao fazer a utilização dessa ferramenta os alunos adquirem interesse, desenvolve níveis diferentes de experiência pessoal e social, ajudando também, a construir suas novas descobertas. Assim sendo eles devem ser inseridos como impulsores nos trabalhos escolares. Os jogos são indicados como um tipo de recurso didático educativo que podem ser utilizados em momentos distintos, como na apresentação de um conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao conteúdo, como revisão ou síntese de conceitos importantes e avaliação de conteúdos já desenvolvidos (CUNHA;2004). De acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais, os objetivos do Ensino médio é envolver um conhecimento de forma combinada, desenvolvida de conhecimentos práticos, contextualizados, que respondam as necessidades da vida contemporânea, e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos. O presente projeto abordou diretamente o uso do conhecimento contextualizado, através da modificação dos jogos existentes para jogos de ensino de Química.

Material e métodos

Os jogos didáticos foram desenvolvidos na Escola Estadual Oswaldo Cruz, no município de Humaitá-Amazonas, teve como público alvo 150 discentes matriculados no 1º e 3º ano do ensino médio. Primeiramente, foi realizado um estudo bibliográfico sobre os temas escolhidos para serem trabalhados. Em seguida, prepararam-se aulas sobre os Temas de Química para serem ministrados para os discentes da escola. Para construção da Quínuca ou Sinuca Química, utilizou-se madeira, tinta, tela, massa para biscuit . A mesa de sinuca e os tacos foram utilizados madeiras e tintas e, as bolas de bilhar foram confeccionadas com massa de biscuit e gesso, logo depois se identificou as fórmulas químicas dos ácidos, bases, óxidos e sais correspondentes para cada cor das bolas de bilhar. O segundo jogo foi o Bingo Químico dos elementos químicos da tabela periódica, as cartelas foram confeccionadas no programa BingoMania e impressas em folhas A4. O último jogo foi o Uno Químico, na qual cada cartela representará as estruturas das Funções orgânicas mais estudadas no ensino médio, como: alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, ciclanos, aromáticos, álcool, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, aminas, amidas, nitrilas, isonitrilas e nitrocompostos; os materiais utilizados para confecção desse jogo foi folhas de papel vergel e tintas para impressão das cartas. Após a montagem do material estabeleceram-se as regras que foram seguidas durante as etapas de cada jogo confeccionado. Os jogos foram ministrados no pátio da escola. Inicialmente organizou-se os alunos em grupos para que todos participassem. Encerradas as atividades lúdicas, aplicou-se um questionário com os alunos, com o intuito de avaliar se os jogos didáticos auxiliaram na complementação dos conteúdos de Química.

Resultado e discussão

É notável o desinteresse que os alunos apresentam com a disciplina de química, pode ser considerado um dos fatores para tal ocorrência a metodologia adotada, muitos professores apresentam características tecnicistas muito presentes na década sessenta e setenta essas posturas implicam na negativação do desenvolvimento do ensino aprendizagem de química (ARROIO et al. 2006). Diante da atividade proposta e vivenciada na escola com os alunos, pode-se comprovar a importância da utilização de métodos como o uso de jogos didáticos que facilitaram o processo de ensino e aprendizado Segundo Rocha et al.(2011) os jogos constituem uma ferramenta importante na motivação quanto no aprendizado de conceitos, o papel fundamental dos jogos está no de despertar o interesse do aluno acerca dos conteúdos trabalhados. Pensando nesse aspecto, que se trabalhou com os alunos três jogos didáticos considerados atrativos entre os adolescentes. Primeiramente trabalhou-se com as turmas de 1º ano, com o jogo denominado Quínuca e Bingo Químico, no decorrer de cada um desses jogos, os alunos demostraram-se satisfeitos com a alternativa apresentada. Com as turmas de 3º ano utilizou-se o Uno químico, o intuito foi despertar mais interesse por partes dos alunos, pois, o jogo tradicional de Uno ganhou um grande espaço na rotina de muitos adolescentes, o tema trabalhado nesse jogo foi funções orgânicas, o objetivo principal era o reconhecimento dos grupos funcionais e a nomenclatura de alguns compostos orgânicos. Observamos durante a realização dos jogos, e da aplicação questionários o envolvimento a motivação dos alunos em aprender, tudo isso proporcionou um ambiente positivo e eficaz na busca do ensino aprendizagem.

Conclusões

Através deste trabalho observou-se a importância da utilização de jogos didáticos como apoio aos conteúdos abordados na disciplina de Química. O desenvolvimento e aplicação desses jogos são estratégias metodológicas viáveis no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que muitos discentes não demostram interesse por algumas disciplinas, entre essas a Química. Nessa perspectiva, vale inovar o ensino de química, fazendo o uso de ferramentas didático pedagógicas simples, para que os alunos adquiram mais interesse pela disciplina, e consequentemente, uma maior compreensão dos assuntos estudados.

Agradecimentos

Universidade Federal do Amazonas; Escola Estadual Oswaldo Cruz.

Referências

1. ARROIO, A.; HONÓRIO, K. M.; WERBER, K. C.; MELLO, P. H.; GAMBARDELLA, M. T. P.; SILVA, A.B. F.; O show da química: motivando o interesse científico. Química Nova na Escola, Quim. Nova, Vol. 29, p. 173-178, 2006.

2. CAMPOS, L.M.L; BORTOLOTO, T.M.; FELÍCIO, A.K.C. (2002). A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Acesso em: 09/07/2013 no world wide web: http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaodejogos.pdf

3. CUNHA, M.B.; Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. Química Nova na Escola, v. 34, n° 2, p. 92-98, 2012.

4. CUNHA, M.B.; Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades socializando o grupo. ENEQ, 028-2004.

5. Ministério da Educação do Brasil (1999). Parâmetro Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Brasília: MEC.

6. ROCHA, M. F.; LIMA, I. C.; VICTOR, C. M. B.; SANTANA, I. S.; SILVA, L. P., Jogos didáticos no ensino de Química. Formação de professores: interação Universidade – Escola no PIBID/UFRN , 340 p. : il. (as falas dos atores, v. 2), Natal: Edufrn, 2011.

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