USO DE EXPERIMENTOS DE BAIXO CUSTO COMO MEIO INVESTIGATIVO DO ENSINO DE QUÍMICA, TENDO COMO PUBLICO ALVO OS ESTUDANTES DO 1º DO ENSINO MÉDIO.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

dos Santos Freire, J. (UEMA) ; Pereira Campos, J. (UEMA) ; Oliveira Andrade, R. (UEMA) ; Carla do Vale Brito, S. (UEMA)

Resumo

Este artigo apresenta uma pesquisa de caráter qualitativo desenvolvida com os alunos do 1º ano do ensino médio da unidade de ensino Inácio Passarinho do município de Caxias-MA, a respeito de experimentos de baixo custo que foi realizado no laboratório de ciência disponível na escola. Com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista desses alunos, a compreensão de determinados assuntos de química através dos experimentos realizados. A metodologia utilizada foi à atividade com os experimentos e em seguida questionário, cujas respostas foram analisadas. Os resultados mostraram-se satisfatório quanto ao uso de atividades experimentais como ferramenta auxiliadora das aulas expositivas, quando estas guardam uma relação com conteúdo abordados em sala de aula e analogicamente o cotidiano do aluno.

Palavras chaves

Experimentação; Ensino Médio; Ensino de Química

Introdução

O papel da experimentação em química como meio motivador no processo de ensino aprendizagem alunos tem uma trajetória histórica na consolidação das ciências naturais a partir do século XVII (GIORDAN,1999). Porque nesse período varias teorias estava sendo proposta no estudo da composição da matéria, terminação da pressão atmosférica, comprovação da teoria de Newton sobre a queda dos corpos no vácuo, descoberta do espectro da luz branca, Teoria ondulatória da luz dentre outras. E todas elas tiveram sua validade aceita mediante uma serie de experimentos realizados nas mais diversas condições possíveis. A experiência tem como objetivo despertar no aluno o gosto pela ciência e um melhor entendimento do conteúdo abordado em sala de aula mediante a percepção visual dos experimentos realizados com matérias de fácil acesso por meio dos alunos e correlacionando-os com o seu cotidiano (FARIAS; BASAGLIA; ZIMMERMANN, 2010).Os alunos costumam atribuir um caráter lúdico e motivador à experimentação para a aprendizagem dos conteúdos de químicas (OLIVEIRAetal.,2011). Os experimentos são uma ferramenta que pode ter grande contribuição na aquisição de conhecimentos, problematizarão discussão e construção dos conceitos de química entre os alunos, criando condições favoráveis à interação e intervenção pedagógica do professor, pois como parte do processo, quer queira quer não, irão surgir possibilidades de reflexão sobre sua prática. Tendo como resultado final, a construção do conhecimento científico por parte dos alunos e um trabalho educacional cada vez melhor, atingindo sempre sua finalidade, que é formar cidadãos capazes de transformar sua realidade social, seja por participação ou julgamento (SOUZA; BORGES, 2013).

Material e métodos

A metodologia da pesquisa apresenta as características de uma abordagem qualitativa, uma vez que foram realizados experimentos de fácil acesso, ou seja, com material alternativo, Logo em seguida, aplicação de questionário formado por 8 questões envolvendo questões abertas e fechadasa fim de analisar a compreensão dos alunos envolvidos com a prática realizada no laboratório da escola. Os experimentos utilizados como construindo um extintor de incêndio e Enchendo balões com bicarbonato de sódio e vinagre, teve como finalidade o conteúdo de reações químicas do 1° serie do médio. No uso do experimento a mágica da água que muda de cor, foi possível explorar o conteúdo de ácido-básico abordado no 1º no ensino médio tendo como indicador natural de meio ácido ou básico o extrato de repolho roxo que constituir-se um bom indicador universal de pH. No experimento da água furiosa que envolve o assunto de equilíbrio químico, e também podendo abordar o conteúdo de catálise. Com a agitação da garrafa, o oxigênio (O2) do ar dissolve-se na solução e oxida o leuco-metileno, que volta a ser o azul de metileno de coloração azul. Isso significa que a reação é reversível. Além disso, visto que o azul de metileno regenera-se, não sendo consumido na reação global, ele é um catalisador, atuando somente como um agente de transferência de oxigênio, ou seja, quem participa da reação é a glicose e o oxigênio. Já experimento do carbono escondido no açúcar envolve o conteúdo da primeira lei da termodinâmica, especificamente reação exotérmica já que a reação ocorre com liberação de energia fazendo o recipiente esquentar, ficando claros para os alunos os devidos conceitos químicos.

Resultado e discussão

De acordo com os levantamentos feitos nas escolas da rede pública, obtemos as seguintes respostas quanto à utilização de experimentos em sala de aula. Ao serem questionados se com o uso de experimentos facilita a compreensão, dos 16 alunos entrevistados somente um respondeu que não ajuda no aprendizado. O uso do laboratório nas escolas públicas ainda é bastante limitado, tanto que ao serem questionados sobre que tipo de experimento eles gostariam de realizar para melhor entendimento, 8 estudante não souberam responder, outros 6 optaram por experiências relacionadas com explosões, os 2. Em relação aos aspectos físicos dos experimentos que foi o objetivo da terceira questão, 100% dos alunos responderam que o fator que mais lhe chamou a atenção foi os experimentos com mudança de cor das substâncias. Foi perguntando a respeito de o professor utilizar o experimento como meio auxiliador, onde 14 alunos mostraram-se motivados, os 2 restantes alegam não haver uma associação dos experimentos com os conteúdos abordados em sala de aula. Com relação ao uso dessa metodologia, 9 indivíduos disseram ser ótimo a essa nova metodologia abordada, 5 ficaram com bom e os 2 últimos optaram por regular. Em relação ao rendimento escolar, 15 alunos disseram que teriam rendimento da disciplina muito maior, e somente 1 não soube responder ou não quis opinar. De acordo com Pessin e Nascimento (2010), esses dados são condizentes com a utilização de aulas práticas já que possibilita um maior aprofundamento do conteúdo da disciplina.

Resultado do Questionário

Alunos do Ensino Médio do C.E.Inácio Passarinho do município de Caxias-MA.

Conclusões

Com o presente trabalho podemos concluir que é necessário que haja uma mudança na metodologia dos professores trabalharem com a química, mas não basta apenas uma mudança no âmbito escolar, deve haver maior investimento nas escolas públicas por parte do governo. Podemos perceber nos alunos um maior interesse pela disciplina ao estarem fazendo uso do laboratório da escola, eles ficaram mais concentrados, e puderam ver aquilo que o professor fala em sala de aula, e não apenas escutar e fingirem que estão entendendo. Só assim será possível romper o conceito que eles têm sobre química.

Agradecimentos

A Universidade Estadual do Maranhão - Centro de Estudos Superiores de Caxias.

Referências


FARIAS, C.S.; BASAGLIA, A.M.; ZIMMERMANN, A.A importância das atividades experimentais no Ensino de Química. In: CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA, 1., 2010, Londrina. Anais... Paraná: Congresso Paranaense de Educação em Química, 2010. P. 1-8.
GIORDAN, M. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2.,1999,Valinhos. Anais...São Paulo: Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 199. P. 1-13.
HARTWIG, D.R.; FERREIRA, L.H.; JR, W.E.F. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Salas de Aula de Ciências. Revista Química nova na escola, São Paulo, Vol. 34, N° 4, p. 34-41, NOVEMBRO 2008.
OLIVEIRA, T.L.; FERNANDES, C.G.B.; NUNES, E.R.; SENA, T.G.P.; FALCONIERI, A.G.F. A importância da reativação do laboratório de química da escola Estadual Professor Abel Freire Coelho. In:CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE QUÍMICA,4., 2011. Natal: Associação Norte-Nordeste de Química, 2011. p, 1-5.
SOUZA, I. L. N.; BORGES, F. S. A Experimentação Investigativa no Ensino de Química: Reflexões de Práticas Experimentais a partir o Pibid. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, 11., 2013. Curitiba: PUCPR, 2013. P, 1-13.

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