ABORDAGEM DO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DA EXPERIMENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO NAS AULAS DE CIÊNCIAS PARA O 9º ANO DA ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ OPERÁRIO – TO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Montelo, D.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Oliveira, C.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Marques, J.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Barbosa, L.G.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Batista, R.G. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Fonseca, K.C.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Silva, J.G.D. (PROFESSOR CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS) ; Castro, I.P.M. (PROFESSORA DO IFTO CAMPUS PARAISO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (PROFESSOR DO IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Neto, O.S.S. (PROFESSOR DA ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ OPERÁRIO)

Resumo

A pesquisa averiguou a experimentação contextualizada pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins- IFTO, para alunos 9º ano da Escola Estadual São José Operário na Cidade de Paraíso do Tocantins – TO durante a Semana Nacional da Alimentação. A análise do questionário aplicado revelou que as aulas práticas são importantes para o estudo de ciências e que facilita e estimula o conhecimento. A utilização da experimentação contextualizada favorece resultados significativos no processo de ensino aprendizagem de ciências estimulando a participação ativa das aulas possibilitando ao educando a observação, questionamento e relação dos conteúdos com o cotidiano.

Palavras chaves

Ensino de ciências; PIBID; Contextualização

Introdução

O ensino de Química descontextualizado, envolvendo a memorização de regras e leis, ausente de aulas praticas presentes em algumas escolas brasileiras reflete a necessidade de investir na realização atividades práticas educativas (LIMA e MARCONDES, 2011). Em tais ambientes escolares os o aluno não consegue estabelecer uma conexão entre o saber escolar e o cotidiano devido ausência de estratégia de ensino que produza contextualização, facilitando a compreensão dos conceitos dos conteúdos programáticos ensinados em sala de aula (SOARES, 2002). O gosto pela Ciência pode ter início no laboratório escolar, entretanto, é possível a realização atividades práticas sem um laboratório. O mais importante é oportunizar aos alunos atividades práticas, mesmo que realizadas na própria sala de aula. (PENTEADO e KOVALICZN 2010, p.5) A experiência tem como objetivo despertar no aluno o gosto pela ciência e um melhor entendimento do conteúdo abordado em sala de aula mediante a percepção visual dos experimentos realizados com matérias de fácil acesso por meio dos alunos e correlacionando-os com o seu cotidiano (FARIAS; BASAGLIA; ZIMMERMANN, 2010). O interesse dos alunos pela Química deve ser estimulado através de atividades práticas contextualizadas, cabendo ao professor a tarefa de prepará-los e aplicá-los adequadamente, com o intuito de ajudar os alunos a aprender por meio do estabelecimento de inter- relações entre teoria e prática (SALVADEGO e LABURÚ 2011, p.216). A pesquisa averiguou a experimentação contextualizada para alunos 9º ano da Escola Estadual São José Operário na Cidade de Paraíso do Tocantins – TO, durante uma aula experimental sobre determinação de proteínas em alimentos.

Material e métodos

Durante a Semana da Alimentação realizada no período de 24 a 28 de março de 2013, O tema alimentos saldáveis foi abordado em palestra para 30 alunos do 9º ano do Ensino Médio da Escola Estadual São José Operário situada na Cidade de Paraíso do Tocantins-TO, pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins- IFTO. Campus Paraíso do Tocantins, que também prepararam soluções de Hidróxido de sódio e de sulfato de cobre para serem utilizadas que na aula experimental. Após a palestra, sob a orientação dos bolsistas do PBID, os alunos se dividiram em grupos, na sal de aula, e utilizaram as soluções preparada pelos bolsistas do PIBID na identificação de proteínas em amostras de farinha de mandioca, açúcar, arroz, leite, ovo, refrigerante, gelatina, óleo de soja etc, que através de uma reação colorimétrica com produção da cor violeta que ocorreu 1 a 3 minutos. Um questionário foi aplicado do experimento para avaliar o conhecimento prévio dos alunos a respeito dos conceitos vistos em sala de aula. Após o experimento os alunos foram submetidos a um questionário onde foram indagados sobre: Para você a disciplina de Química é importante? Você considera presença de experimentos importantes para o estudo de Química? Você já teve aula prática de química? O experimento realizado mudou sua forma de pensar? A análise dos dados foi descritiva e interpretativa, com a abordagem qualitativa da pesquisa e considerações das percepções coletadas através do questionário diagnóstico.

Resultado e discussão

A análise do questionário revelou que os alunos quando questionados sobre as aulas práticas de ciências consideram que os experimentos são muito importantes para o estudo de ciências e que ela facilita o entendimento e estimula o conhecimento. Sobre a forma de pensar após o experimento, eles responderam que a atividade prática ajuda a compreender melhor todos os acontecimentos da natureza e da vida cotidiana. Diante da analise do questionário, fica evidenciada a importância do experimento de química para um melhor entendimento e fixação do conteúdo abordado em sala de aula. Como ratificado por Guimarães (2009), a experimentação é uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permite a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação O professor deve refletir permanentemente sobre a sua prática, buscando sempre meios para aperfeiçoá-la, contextualizando – a, para motivar o aluno a ter interesse pelo estudo das ciências, trazendo – o para sala de aula (DELIZOICOV ET AL., 2007). Constatou-se que a prática proporcionou uma maior participação e interação dos alunos, onde os educando se empenharam na realização do experimento, a fim de descobrirem quais substâncias continha proteínas. A verificação e observação do desempenho dos alunos na experimentação contextualizada estão representadas no Gráfico 01 e na tabela 01


Gráfico 01. Avaliação do questionário

Resultados obtidos para determinação de proteínas em alimentos

Tabela 01. Resultados obtidos para determinação de proteínas em alimentos

Conclusões

Há necessidade da integração curricular, através das atividades interdisciplinares que possibilitem o aprendizado significativo, contextualizado e relacionado aos saberes que os alunos trazem para a escola, suas experiências de vida e da inserção no mundo do trabalho. A utilização da experimentação contextualizada favorece resultados significativos no processo de ensino aprendizagem de ciências estimulando a participação ativa das aulas possibilitando ao educando a observação, questionamento e relação dos conteúdos com o cotidiano.

Agradecimentos

A DEUS, CAPES, PIBID-Química/IFTO, IFTO/Campus Paraíso do Tocantins e Escola Estadual São José Operário/ Paraíso do Tocantins - TO

Referências

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A. E PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 2. ed. São Paulo: Cortez. 2007

FARIAS, C.S.; BASAGLIA, A.M.; ZIMMERMANN, A.A importância das atividades experimentais no Ensino de Química. In: CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA, 1., 2010, Londrina. Anais... Paraná: Congresso Paranaense de Educação em Química, 2010. P. 1-8.

GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova na Escola. Vol. 31, N° 3, AGOSTO 2009.

LIMA, V. A. MARCONDES, M. E. R. Saindo Também se Aprende - O Protagonismo como um Processo de Ensino-Aprendizagem de Química. Química Nova na Escola. v.33, n.2, p. 100-104, 2011.

PENTEADO, R. M. R. ; KOVALICZN, R. A. Importância de materiais de laboratório para ensinar ciências Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/22-4.pdf Acesso: 23/03/2013.

SOARES, L. Educação de Jovens e Adultos. Diretrizes Curriculares Nacionais. Rio de Janeiro: DP&A. 2002.

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