AULAS PRÁTICAS: UM NOVO JEITO DE INSERI-LAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO A PARTIR DE ATIVIDADES PROPOSTAS NA ESCOLA ESTADUAL DOM IDÍLIO JOSÉ SOARES EM OURICURI – PE.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, A.P.F. (IFSERTÃO-PE) ; Patrício, T.S. (IFSERTÃO-PE) ; Silva, L.N. (IFSERTÃO-PE) ; Lopes, M.R. (IFSERTÃO-PE) ; Souza, E.P.M. (IFSERTÃO-PE) ; Pessoa, A.S. (IFSERTÃO-PE)

Resumo

Este artigo traz uma proposta diferente de inserir aulas práticas durante a abordagem dos conteúdos propostos pelas OTM’s (Orientações Teóricas Metodológicas). Sabemos que ainda hoje os experimentos e jogos lúdicos são usados como ferramenta de auxilio durante a visualização prática dos assuntos presentes nos livros didáticos. Essa técnica foi aplicada por bolsistas do PIBID em turmas do nono ano da E.E.D.I.J.Soares e originou uma metodologia simples, unificando os conteúdos trabalhados pelo docente á prática de experimentos e construção de jogos apresentados pelos próprios alunos na turma. Com isto, foi promovido na escola um aumento significativo na participação dos discentes durante as atividades acadêmicas escolares oportunizadas também pelos diversos professores de outras disciplinas.

Palavras chaves

Aulas Práticas; Recursos; Metodologia

Introdução

O processo de ensino vem se modificando arduamente todos os dias, e com estas alterações surgem também preocupações no tocante aos métodos adotados pelos professores nas escolas em todo o país. É possível afirmar que apesar das inúmeras técnicas adotadas para tentar suprir as necessidades de aulas práticas nas salas de aula, há também uma preocupação significativa quanto á inclusão destas novas metodologias de ensino junto ao repasse dos conteúdos exigidos pelas orientações teóricas metodológicas. Como diz Giordan (2008, p.81), ...estamos certos que é possível articular fundamentos epistemológicos da Química, como a especificidade da representação estrutural, com a organização das atividades de ensino na direção de superar visões eivadas pela memorização ou pelo experimento ingênuo. Para tanto é necessário focar a atenção na estruturação de atividades pelas quais as formações discursivas abriguem elementos representacionais das realidades macroscópicas e microscópicas, de modo que os estudantes dominem estes elementos para elaborar significados na fronteira destas realidades. Notamos então que não basta apenas diversificar as aulas, é preciso que o professor esteja atento aos recursos estabelecidos para realização das práticas e jogos, e que estes estejam interligados aos conteúdos já trabalhados em sala de aula para assim promover indagações relacionando as metodologias adotadas com o cotidiano dos alunos presentes nas turmas. Portanto, o professor deve assumir um papel de facilitador e mediador durante a elaboração das atividades propostas, sempre incentivando seus alunos na busca de métodos que traduzam a importância de inserir essas práticas como meio de compará-las aos fenômenos presentes em seu cotidiano e quem sabe propor novas técnicas de ensino para escola.

Material e métodos

O presente trabalho foi resultado da parceria dos bolsistas do PIBID presentes na Escola Estadual Dom Idílio José Soares na cidade de Ouricuri-PE, com o empenho de professores de ciências e química e a contribuição de 120 alunos de diversas turmas do nono ano do ensino fundamental. Foram então sugeridas a inserção de atividades práticas e jogos didáticos elaborados pelos próprios alunos, para enfatizar os assuntos já abordados pela professora ministrante da disciplina na sala de aula. A proposta era que os discentes buscassem metodologias práticas e de fácil visualização, correlacionando os conteúdos estudados com o que acontece em nosso dia a dia. Para reforçar esta intervenção Beltran & Ciscato (1991) afirmam que sem um conhecimento mínimo de Química o indivíduo dificilmente conseguirá se posicionar diante dos problemas vivenciados no seu cotidiano: a escolha do etanol ou gasolina como combustível automotivo, a maturação e apodrecimento de frutas, as modificações que os alimentos sofrem na cozinha, entre outros. Com estas afirmações percebemos que o ensino sobre química não deve surgir apenas como meio de aprovação da disciplina, ou ainda como forma atrativa de oportunizar atividades práticas na sala de aula, mais sim como uma ferramenta flexível que mediará os conhecimentos prévios, aos construídos em classe e os adquiridos durante a busca de metodologias lúdicas que oportunizam uma melhor absorção das temáticas propostas durante o ano letivo. Cachapuz, Praia & Jorge (2002, p.172) reforçam trata-se de envolver cognitiva e afetivamente os alunos, sem respostas prontas e prévias, sem conduções muito marcadas pela mão do professor. Deste modo começamos a atingir o nosso objetivo que retrata esse envolvimento das turmas com a absorção dos conteúdos trabalhados em sala.

Resultado e discussão

Com a realização das atividades práticas e dos jogos didáticos apresentados pelos próprios alunos, os professores das turmas juntamente com os bolsistas do PIBID mediaram debates que tinha como objetivo descobrir os efeitos causados nos respectivos alunos durante o processo de pesquisa, até a apresentação do material como meio de inovar as aulas e assimilar o conteúdo com maior discernimento e facilidade, quanto às perspectivas de contribuição com ensino aprendizado de quem realizava e do restante da turma. Para o cumprimento das atividades propostas, foram realizadas discursões dos conteúdos programados durante o bimestre pelo professor ministrante das aulas de ciências e química, e com isto não foi difícil perceber que os alunos estavam mais atenciosos aos conteúdos e que buscavam interagir contribuindo com informações que encontraram durante a pesquisa sobre o tema abordado. Os professores disseram que não esperavam uma resposta tão participativa dos alunos, já que os mesmos mal se interessavam para cumprir com as atividades exigidas pela escola, sem falar que eles mesmos eram quem deveriam pesquisar, depois construir o material e ainda apresentar para os demais. Tudo isso se tornou atrativo e contribuiu com ensino aprendizado não só dos alunos, mais também de todos os professores que aderiram esta técnica e como consequência uma nova metodologia para avalia-los. Para cumprir por fim as exigências solicitadas pelo sistema educacional, os professores estabeleceram notas através de debates e testes escritos que traziam discussões, desde a abordagem das temáticas em classe até a realização das propostas lúdicas que melhor facilitaram o ensino aprendizado. Com tudo vemos que a escola está realmente disposta a mudanças para melhoria do ensino ofertado pela rede pública.

Conclusões

Concluímos que a inclusão de aulas práticas e jogos didáticos elaborados pelos próprios alunos trazem um resultado ainda mais satisfatório ao desempenho dos mesmos para com os conteúdos pré-estabelecidos pelo professor em sala. O rendimento das temáticas trabalhadas durante as aulas e a maneira pela qual os professores conduziam estas apresentações, foi importante para o desempenho das turmas e das atividades que eles reproduziam na sala de aula. A metodologia foi bem aceita, e sem dúvidas contribuiu com o crescimento profissional dos professores e bolsistas que aderiram este método na escola.

Agradecimentos

A CAPES pela concessão das bolsas, a Escola Estadual Dom Idílio José Soares pela parceria e ao IFSERTÃO-PE pelo incentivo.

Referências

Beltran, O.N. & Ciscato, A.M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.

Cachapuz, A. F., Jorge, M. P. & Praia, J. J. F. M. Ciência, Educação em Ciências e Ensino das Ciências. Ministério da educação. Lisboa, 2002.

Giordan, M.; Computadores e Linguagens nas aulas de ciências. Ed. Unijuí: Ijuí, 2008.

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