A INFLUÊNCIA DA CRIAÇÃO DE JOGOS VOLTADOS PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO DESENVOLVIMENTO COMO DOCENTE, TENDO BOLSISTAS DO PIBID DE QUÍMICA COMO OBJETOS DE ANÁLISE

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Isaias dos Santos, R. (IFPI) ; de Oliveira Davi, A. (IFPI) ; Inês de Brito, J. (IFPI) ; Custódio, F. (UFPI) ; Eleneuda e Silva, M. (IFPI) ; Henrique da Silva Passos, M. (PROFESSOR DO IFPI CAMPUS PICOS) ; Cristina de Sá, L. (IFPI) ; Afonso de Brito, I. (IFPI) ; Alisson Fernandes Barão, A. (IFPI) ; Bezerra dos Santos, W. (IFPI)

Resumo

É muito importante que o ensino seja pautado no desenvolvimento pleno do educando, considerando aspectos cognitivos, físicos, emocionais, afetivos e culturais. É nesse âmbito que destaca-se a criação de jogos voltados para o Ensino de Química, que surgem como uma importante ferramenta, propiciando o desenvolvimento de alunos e professores em formação, ainda mais quando estas são executadas como atividades do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Tal desenvolvimento poderá ser visto no decorrer desse trabalho através de entrevistas realizadas com bolsistas e alunos do subprojeto, curso de Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Campus Picos.

Palavras chaves

PIBID; Criação de Lúdicos; Evolução como Docente

Introdução

As discussões sobre a formação inicial de professores de química apresentam grande relevância na busca por novas orientações para o processo formativo dos licenciandos, sendo necessária a realização de mudanças curriculares e projetos que visem a um currículo de licenciatura que garanta a identidade do curso de formação de professores (STANZANI; SANTOS, et al, 2012). Em evidencia dos fatos, durante o desenvolvimento como docente, destaca-se a importância do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), uma vez que o processo de ensino/aprendizagem se aperfeiçoa na medida em que novas metodologias, técnicas e ferramentas são desenvolvidas (SANTANA e REZENDE, 2008). Pensando nisso, a inclusão de jogos educativos, que devem manter um equilíbrio entre as funções lúdica e educativa (KISHIMOTO, 1996), tomam fôlego como uma das estratégias possíveis para a construção de conhecimento (CUNHA, 2012), criando meios favoráveis ao surgimento de indivíduos capazes de provocar mudanças que melhorem a sociedade (MOURA; SANTOS, et al, 2011). Através do PIBID, torna-se possível, indispensável e essencial a implantação de jogos voltados para o Ensino de Química no contexto escolar, partindo do pressuposto de que, segundo Cunha (2012), essa é uma ideia que precisa ser mais bem vivenciada e estudada por parte de professores e de pesquisadores da área de Educação Química. “[...] as atividades desenvolvidas no PIBID têm por finalidade proporcionar aos bolsistas uma formação inicial fundamentada a partir da prática como pesquisa; [...] e possibilitar aos alunos do ensino médio a oportunidade de experimentar metodologias diferenciadas que auxiliem na compreensão de conteúdos químicos, articulando, dessa forma, ensino, pesquisa e extensão” (STANZANI; BROIETTI, et al, 2012).

Material e métodos

O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro voltada para a formação de recursos humanos e baseou-se em pesquisas bibliográficas, tendo como principais norteadores artigos aceitos em encontros, como o Encontro Nacional de Educação Ciência e Tecnologia (ENECT), o Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ) e a “Revista Química Nova na Escola”, que tem como um de seus objetivos a formação e atualização da Comunidade de Ensino de Química brasileiro. Após a análise bibliográfica, surgiu a ideia de verificar se a realidade e pressupostos mencionados na literatura fazem parte do cotidiano dos bolsistas do PIBID de Química do IFPI, Campus Picos. Para isso, 15 bolsistas do Módulo III do curso (iniciantes no subprojeto) foram, de maneira aleatória, foram entrevistados. De início, os objetivos da entrevista foram explanados, em seguida, foram questionados, por exemplo, sobre a utilização de jogos voltados para o Ensino de Química, “Já utilizaram, ou pretendem utilizar, como uma de suas práticas no subprojeto?”, “O desenvolvimento desse tipo de prática traz algum benefício para sua formação como Professor de Química?”, “Sobre os alunos, o que se pode perceber após a aplicação dos jogos?”, o último questionamento feito àqueles que haviam desenvolvido e aplicado jogos durante as práticas do PIBID. As respostas dos entrevistados, que não precisaram se identificar, foram escritas, aleatoriamente enumeradas, arquivadas, e por fim analisadas.

Resultado e discussão

A partir da entrevista com os bolsistas, do Módulo III do curso de Licenciatura em Química, no IFPI, Campus Picos, pode-se constatar que a criação de jogos utilizados como ferramenta para o ensino é de fundamental importância para a formação inicial e desenvolvimento como docente, pois, segundo o Entrevistado 7, 2014, lhes proporcionam uma série de competências indispensáveis na vida de um bom professor, além de propiciar “experiência no tratamento com os alunos” (Entrevistado 6, 2014; e Entrevistado 11, 2014), já que “possibilita a utilização de metodologias amplas e o contato com os alunos, trazendo uma visão avançada no processo de ensino-aprendizagem”. Dos 15 bolsistas entrevistados, 66,6% afirmaram que já haviam produzido e aplicado jogos desse tipo durante suas atividades no subprojeto havendo evolução na aprendizagem em todos esses caso, sendo que os 33,4% restantes disseram que pretendem utilizadas esse tipo de prática em suas atividade no PIBID, pois, através da troca de experiências com outros bolsistas, perceberam que houve maior motivação (Entrevistado 2, 2014), interação (Entrevistado 7, 2014), curiosidade e senso crítico, pelos alunos (Entrevistado 5, 2014). Enquanto bolsistas do PIBID, o trabalho com a ludicidade em suas atividades traz benefícios tanto para os bolsistas, quanto para os alunos, isso pelo fato de que a oportunidade de estar ingressado no subprojeto faz com que a busca por destaque e participação no processo de formação de sujeitos criativos possibilitem sua evolução: “as práticas devem ser desenvolvidas de maneira acessível, podendo os alunos porem em prática aquilo que foi aprendido, para isso, torna-se necessária, pelos professores, a reciclagem de ideias e conceitos, bem como a formulação de novos conhecimentos” (Entrevistado 13, 2014).

Conclusões

A criação, e aplicação, de jogos voltados para o Ensino de Química, se mostrou uma grande ferramenta para o desenvolvimento como professor, além de promover maior aproveitamento pelos alunos. Aqueles que participaram da entrevista foram os maiores exemplos disso, pois se constatou que através dessas práticas adquiriram mais conhecimento, experiência e técnica. Também se pode notar que os alunos se mostraram curiosos e criativos, isso é interessante, pois, segundo Santana (2008), indivíduos com essas características possuem maior capacidade de atuar no processo de construção da sociedade.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, a CAPES, ao IFPI e a todos que me ajudaram e me apoiaram.

Referências

CUNHA, M. B. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. Vol. 34, N° 2, p. 92-98, MAIO 2012. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53-11.pdf >. Acessado 03/07/14.

DIAS, M. M. S.; NUNES, C. P.; CRUSOÉ, N. M. C. A Importância do Lúdico: O Olhar do Professor. Disponível em: http://www.uesb.br/eventos/gepraxis/trabalhos/magnara-moreira_claudio-nunes_nilma-margarida.pdf. Acessado em 13/07/2014.

MOURA, J. N.; SANTOS, M. B. H. et al. O USO DE JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE QUÍMICA: RECURSOS LÚDICOS PARA GARANTIR UM MELHOR DESENVOLVIMENTO DO APRENDIZADO. In: Encontro Nacional de Educação Ciência e Tecnologia UEPB. 1., 2012, Campina Grande. Campina Grande: Realize, 2012. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/revistas/enect/trabalhos/Poster_368.pdf. Acessado em 12/07/2014>.

SANTANA, E. M.; REZENDE, D. B. O Uso de Jogos no ensino e aprendizagem de Química: Uma visão dos alunos do 9º ano do ensino fundamental. In: Encontro Nacional de Ensino de Química. 14., 2008, Curitiba. 2012. Disponível em: http://quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0125-1.pdf. Acessado em 12/07/2014.

STANZANI, E. L.; BROLETTI, F. C. D.; PASSOS, M. M. As Contribuições do PIBID ao Processo de Formação Inicial de Professores de Química. QUIMICA NOVA NA ESCOLA. Vol. 34, N 4, p. 210-219, NOVEMBRO 2012. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_4/07-PIBID-68-12.pdf>. Acessado em 02/07/2014.

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