A UTILIZAÇÃO DE JOGOS LÚDICOS COMO MÉTODOS INOVADORES NO ENSINO DA QUÍMICA ORGÂNICA PARA ALUNOS DE 3° ANO DO ENSINO MÉDIO NA UNIDADE ESCOLAR PROFESSOR EDGAR TITO DE TERESINA-PI

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Lima de Oliveira, L. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; Cabral Moraes, B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; Alves Cardoso, B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; de Ameida Morais, K. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; e Silva Alves, P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; Pereira dos Santos, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; Fortes de Oliveira, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; Gonzaga Sousa, H. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; Ribeiro Soares, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ)

Resumo

Neste trabalho descreve-se um jogo didático sobre funções orgânicas voltado aos assuntos de nomenclatura e identificação de grupos funcionais, o qual teve como objetivo observar se com a utilização de jogos lúdicos no processo de ensino- aprendizagem seria possível alcançar maior interesse dos alunos. Uma vez que, a falta de motivação é a principal causa de desinteresse, quase sempre acarretada pela metodologia utilizada pelo professor ao repassar os conteúdos, foi possível verificar que os jogos proporcionam uma metodologia inovadora e atraente tornando a disciplina mais prazerosa e interessante.. Um jogo constituído de cartas, em pares de perguntas e respostas de fácil confecção, com o objetivo de contribuir gradativamente para o aprendizado de funções orgânicas.

Palavras chaves

Jogos lúdicos; inovação ; aprendizagem

Introdução

A dificuldade no ensino de ciências exatas tornou-se uma evidência, pois geralmente os alunos têm uma grande aversão à disciplina de Química por considerarem os conteúdos complexos ou pouco inteligíveis. Quando nos referimos ao ensino de Química Orgânica no Ensino Médio notamos que a prática comumente efetivada em sala de aula consiste na transmissão-recepção de conhecimento que, muitas vezes, deixa lacunas no processoSegundo MELO (2005), vários estudos a respeito de atividades lúdicas vem comprovar que o jogo, além de ser fonte de prazer e descoberta para o aluno é a tradução do contexto sócio - cultural - histórico refletido na cultura, contribuindo para o processo de construção do conhecimento do aluno como mediadores da aprendizagem. A função dos jogos lúdicos não é a facilitação da memorização do assunto abordado, mas possibilitam que o aluno raciocine e reflita o que pode aumentar a motivação destes nas aulas de Química. (KISHIMOTO, 1994) As atividades lúdicas são praticadas visando o desenvolvimento pessoal do aluno e a sua cooperação na sociedade, sendo também instrumentos motivadores, no qual estimulam o processo de construção do conhecimento podendo ser definida, de acordo com SOARES (2004), como uma ação divertida, seja qual for o contexto linguístico, desconsiderando o objeto envolto na ação. Se há regras, essa atividade lúdica pode ser considerada um jogo. A atividade lúdica tem como objetivo proporcionar um meio para que o aluno se sinta instigado a aprender, despertando o seu raciocínio e reflexão, consequentemente a construção do seu conhecimento.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada com os alunos no 3° ano do ensino médio na Unidade Escolar Professor Edgar Tito Teresina-PI no primeiro semestre de 2013, primeiramente o professor responsável por ministrar a disciplina introduziu aos alunos de forma elementar e precisa o conteúdo de funções orgânicas, e em seguida aplicou-se um breve questionário. O jogo denominado “Memória orgânica” é composto por pares de cartões são formados por perguntas e respostas tendo os versos dos cartões de perguntas com cores diferenciadas dos versos dos cartões de respostas. As perguntas referem-se aos compostos orgânicos, nomenclatura, propriedades e sua presença em situações cotidianas. Os cartões são dispostos em que o verso dos cartões de perguntas fique ao lado do verso dos de respostas. As respostas abrangem a(s) função(ões) orgânica(s) respectivas às perguntas (Imagem 1). A sala em que foi aplicado o jogo, continha 25 alunos e foi dividida em 5 grupos com 5 pessoas, foram elaborados 22 pares de cartões e confeccionados cinco copias dos mesmos, com as funções orgânicas. O jogo foi aplicado com tempo de execução 50 minutos incluindo a explicação das regras como a organização das cadeiras. Inicialmente defini-se a ordem dos jogadores, o primeiro vira um cartão de pergunta e lê as perguntas para os demais, em seguida, vira o cartão resposta, no sentido de formar o maior numero de pares possíveis de perguntas e respostas. Caso haja discordância entre a pergunta e a resposta, os cartões voltam ao seu lugar com o verso para cima, dando sequencia ao próximo jogador. O vencedor será aquele que adquirir no decorrer do jogo, o maior número em pares de cartões. É válido ressaltar que, ao término da partida, os pares foram analisados verificando se o par formado estava correto.

Resultado e discussão

Logo, a maioria dos alunos apresentou contrariedades para responder o questionário que foi aplicado, demonstrando certa dificuldade, mas à medida que o jogo evoluía foram assimilando as informações dentro do tempo estipulado. Com base no resultado obtido dos questionários respondidos pelos alunos após o termino do jogo, observou-se que os alunos progrediram significativamente em comparação aos questionários com perguntas. Os resultados dos pré-testes mostram que antes da aplicação do recurso didático 66% dos alunos obtiveram rendimento entre regular e ruim, e 34% dos alunos obtiveram rendimento entre bom e ótimo. A análise realizada dos pós-testes mostrou que 75% dos alunos obtiveram o rendimento entre bom e ótimo apesar da aplicação do recurso didático, ainda 25% dos alunos ficaram entre o conceito regular e ruim, esse percentual pode ser atribuído ao grupo de alunos que faltaram ou na aula teórica ou na aula da aplicação do jogo didático, ou não compreenderam as regras deste. O teste final no qual cabia aos alunos julgarem o método didático como sendo ótimo, bom, ruim ou regular, mostrou que 81% dos alunos consideraram o método didático como sendo ótimos, 13% como bom, 5% regular e apenas 1% ruim (Gráfico 1). Obteve-se assim um resultado eficiente, pois, mesmo que o aluno não tenha um desempenho satisfatório durante a aplicação do jogo, é preciso considerar o que aprendeu durante a atividade. O jogo memória orgânica pode ser considerado uma ferramenta complementar no processo de ensino-aprendizagem. Durante e após a realização do jogo, percebeu-se por meio dos testes aplicados que os mesmos se interessaram pelo jogo de forma prazerosa e estimulante.

Gráfico 1

Contribuição do jogo lúdico como método didático.

Imagem 1

Frente e verso das cartas utilizadas no jogo memória orgânica.

Conclusões

A pesquisa realizada possibilitou entender a importância da utilização dos jogos, enfatizando o Jogo Memória Orgânica, no processo educativo como instrumento facilitador da integração, da sociabilidade, do despertar lúdico, da brincadeira e principalmente do aprendizado, praticas pedagógicas como estas conduziram os estudantes a despertar para o conhecimento prazeroso propiciando uma melhora de conduta no processo de ensino e aprendizagem no âmbito de uma melhora no ensino de Química orgânica.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a DEUS! E aos meus pais meus grandes incentivadores, e pessoas pelas quais eu batalho em busca dos meu ideais a cada dia.

Referências

- MELO,C. M.R. As atividades lúdicas são fundamentais para subsidiar ao processo de construção do conhecimento. Información Filosófica. V.2 nº1 2005 p.128-137.
- SOARES, M.H.F.B. O lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino de Química.Universidade Federal de São Carlos (tese de doutorado, 2004).
- KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.

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