OS ADITIVOS QUÍMICOS NA ALIMENTAÇÃO, UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE PEDAGÓGICA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE OS MALES A SAÚDE

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, A.M. (UECE) ; Rodrigues, A.C.P. (UECE)

Resumo

Este trabalho buscou identificar a química nos alimentos e os males à saúde provocados pelas substâncias embutidas no processo, bem como apresentar uma proposta pedagógica. O referencial teórico enfatiza os principais autores relacionados ao tema, sobressaindo-se Barrass (2000). Teve-se como objetivo contextualizar essa realidade ao cotidiano das pessoas e por sua vez, em sala de aula, despertar um pensamento reflexivo sobre esses males à saúde. Propõe-se aplicação de rotinas didáticas a fim de facilitar o processo ensino-aprendizagem. Conclui-se que toda a prática docente no sentido de fazer despertar o pensamento crítico dos alunos no tocante ao conteúdo trabalhado, estreita a relação do aluno com o mundo real e o faz um agente transformador.

Palavras chaves

Química nos Alimentos; Proposta Pedagógica; Aditivos Químicos

Introdução

O mundo cada vez mais globalizado exige uma postura pedagógica no sentido de se expor em sala de aula aspectos da Química do cotidiano que possam levar o aluno a interagir com a curiosidade científica na realidade social e natural sobre os fatos nos quais, ele se encontra em constante atividade. As razões pelas quais se justifica o interesse pelo tema, estão ligadas às indagações recorrentes dos alunos em aulas de Química sobre os alimentos industrializados e sua química. A humanidade apresenta no século XXI, uma era de elevado desenvolvimento científico e tecnológico, uma infinidade de produtos industrializados que, embora em alguns aspectos melhorem as condições de vida do homem moderno, são também algumas vezes causadoras de problemas de toda ordem. Barrass (2000) aponta os riscos alimentares que a população mundial esta sujeita. Objetivando apresentar uma disciplina de Química que atraia a atenção do aluno buscou-se usar a questão dos alimentos industrializados com a carga de aditivos em sua tecnologia laborativa. Buscou-se identificar nos alimentos industrializados os componentes causadores de males à saúde bem como apresentar uma proposta pedagógica esclarecedora em ambiente escolar no sentido de fazer despertar nos alunos a consciência crítica em um mundo globalizado, que servirão de arcabouço teórico na prevenção de doenças em seu meio social. Verificou-se que os resultados de forma geral, foram por parte dos alunos, questionamentos com pontos de vista diferenciados sobre os alimentos que eles consomem, com algumas tomadas de decisões, como o se deve comer no lanche escolar e em casa, para ter qualidade de vida.

Material e métodos

A metodologia empregada na elaboração da monografia foi a consulta a livros, revistas e sites especializadas como fontes bibliográficas referentes ao assunto. O estudo elaborado em sete capítulos, sendo que o primeiro faz o balizamento dos aspectos históricos da conservação dos alimentos. O segundo traça o delineamento das técnicas de conservação. O terceiro é dedicado à química dos aditivos especificando os que promovem doenças. O quarto foi destinado aos nutrientes. O quinto apresenta as estratégias industriais no processamento dos alimentos. O sexto faz alusão sobre uma alimentação mais saudável. Foram aplicados questionários para sete professores, para 112 alunos, sendo quatro salas de 28 alunos, duas turmas da manhã e duas da tarde, e para o Grupo Gestor de uma determinada Escola de Fortaleza.

Resultado e discussão

Com relação aos professores, os resultados foram unânimes, ou seja, 100% sim, pois a abordagem da educação básica é importante na instrução sobre os aditivos dentro da alimentação e as discussões nas perguntas abertas trazem várias opiniões com relação a presença dos aditivos no nosso dia a dia, contudo todos concordam que é de elevada importância conhecer mais e mais os aditivos no contexto do desenvolvimento econômico e educativo. Abordando os alunos, houve muitas divergências, pois o nome aditivo e sua presença nos alimentos mais consumidos por eles, mostrou aproximadamente 40% de opinião não e 60% sim em quatro salas com 28 alunos cada, no total de 112 alunos, na faixa etária de 14 a 17 anos. Já nas perguntas abertas, alguns demonstram que os aditivos são maléficos, mas muitos não querem viver sem eles. Analisando tais resultados, observa-se que a atividade pedagógica é uma forma de educar os alunos para certos males que alguns alimentos causam a saúde, pois municiados de tais conhecimentos, a forma de consumo de determinados alimentos passam a ser verificadas por conhecerem suas reações no organismo, e passam estes alunos a serem propagadores de tais conhecimentos dentro da sociedade. Por fim no grupo gestor, os resultados foram unânimes, na resposta sim, pois as palavras parceria, visitas e inclusão foram decisivas para esta opinião, e as discussões, dentro das perguntas abertas, abordam melhorias na área educacional, com o objetivo de projetar o sucesso do estabelecimento para os próximos dez anos. Os resultados da pesquisa revelam o significado de quanto é importante o conhecimento prático dos aditivos químicos na alimentação, trazendo assim uma aplicação a vida pessoal, através de uma reeducação alimentar e a abordagem de cada situação aos males à saúde.

Tabela 1

Exemplos de aplicações de aditivos

Tabela 2

Nomenclatura dos aditivos em rótulos

Conclusões

O resultado final foi o estreitamento da relação entre professor e alunos, proporcionando um sentido prático do ensino da Química para a vida dos alunos que também exercem um papel na sociedade, no exercício da cidadania, principalmente no tocante ao consumo de alimentos, tanto em casa como nos cinemas e parques de diversão. O presente trabalho revelou a importância do conhecimento dos elementos que compõem os alimentos industrializados, onde o aluno pode desenvolver a capacidade de analisar com maior clareza o alimento que está consumindo.

Agradecimentos

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

Referências

BARRASS, R. Alimentação e povo. São Paulo: Editora Melhoramentos/EDUSP, 2000.

BRASIL. Cartilha da saúde do Ministério da saúde. Brasília – DF. 1995.

______. Diretrizes, normas e padrões para alimentos. Brasília-DF. 2010.

LAMARE, R. Manual de alimentação. Rio de Janeiro: Vitor Publicações. 1998.

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