A IMPORTÂNCIA DA RENOVAÇÃO DIDÁTICA PARA O ENSINO DA QUÍMICA NA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Souza, N.N.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Silva, F.D. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Batista, E.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Rosa, S.C.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Guardia, M.V.V. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Malheiros, J.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Pinheiro, C.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Malcher, J. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ)

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo analisar a importância da renovação didática no ensino de química, desenvolver o pensamento reflexivo e crítico dos alunos, bem como aplicação de situação problema referente ao estudo de química orgânica. Através da promoção de aulas dialogais, contextualizadas e dinâmicas em duas turmas do 3º ano do ensino médio da rede pública promoveu-se a interação dos alunos com o professor e o conteúdo ministrado. Os resultados da pesquisa demonstraram que a maioria dos alunos obteve um bom desempenho, pois conseguiram alcançar grande parte das habilidades proposta em cada questão da situação problema. A forma que o conteúdo é apresentado, faz com que o aluno relacione os conhecimentos científicos com seu cotidiano, desenvolvendo o pensamento crítico.

Palavras chaves

Renovação didática; Situação problema; Ensino-aprendizagem

Introdução

A Didática, ou seja, a forma de ensinar está diretamente ligada ao professor e a metodologia que utiliza em sala de aula. As apropriações de diversos recursos que hoje o ensino dispõe, possibilitarão ao aluno uma melhoria em sua aprendizagem. Grande parte dos alunos diz não gostar ou sentir interesse pela disciplina de Química, tal opinião, pode estar relacionada aos métodos com os quais o docente apresenta os conteúdos. Durante o estágio de observação realizado em duas turmas de uma escola da rede pública, notou-se que o professor responsável pelas turmas possui um ótimo domínio de conteúdo e busca a participação dos alunos durante as aulas. No entanto, constatou-se que os alunos ainda mantinham-se apreensivos em interagir com professor, essa falta de interação pode ter sido em função da postura com que o professor impõe autoridade perante a turma. Verificou-se a necessidade de superação desse método de ensino, assim como descreve Piletti (2004) grande parte dos comportamentos e atitudes dos alunos em sala de aula, dependem do comportamento e atitudes do professor. O professor precisa acreditar no aluno, em sua capacidade, transmitir segurança para aqueles estudantes, está é uma atitude que causa um estimulo ao aluno. Nesta pesquisa tem-se como objetivo a renovação didática no ensino de química, proporcionando pensamento reflexivo e crítico dos alunos, onde busca-se ainda o desenvolvimento cognitivo dos mesmos como também auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Outro ponto é argumentar que as aulas de química podem ser ministradas mesmo sem o auxílio de experimentos, e ainda aplicação de situação problema, objetivando a aprendizagem significativa.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada em uma escola da rede pública de ensino do município de Macapá-AP, o primeiro momento foi destinado à observação em salas de aula, a respeito da prática do professor no período de duas semanas. No segundo momento foi realizado a intervenção em sala de aula, foram ministradas um total de seis aulas, na qual o tema escolhido para as aulas foi: Hidrocarbonetos e Funções orgânicas. As aulas transcorreram com a apresentação dos conteúdos, de forma contextualizada e dinâmica envolvendo exemplos e aplicabilidades destes temas em seus cotidianos, cujo intuito foi proporcionar a interação dos alunos com o professor, bem como com o próprio conteúdo e a realidades desses alunos. No terceiro momento foi apresentada aos alunos a situação problema, a respeito do conteúdo ministrado, composta por três questões discursivas do seu cotidiano, fazendo uma relação com seu meio social. Os alunos dividiram-se em duplas e buscaram encontrar as respostas para a situação com base em suas análises críticas a respeito do conteúdo que lhes foi apresentado e aspectos diários. Durante este período ainda permaneceram as observações, agora referentes à maneira com que os alunos relacionaram-se entre si, bem como a receptividade dos mesmos diante da metodologia utilizada para abordagem do conteúdo. Os dados obtidos nesta pesquisa foram realizados analisando duas turmas, denominadas de turma A e turma B.

Resultado e discussão

Durante a pesquisa nas duas turmas analisadas observou-se a falta de questionamento durante as aulas, pouco envolvimento na relação professor-aluno, que impossibilitam o aluno de tirar suas dúvidas, demonstrando-se retraídos e dispersos. Aulas interativas, baseadas em debates e argumentação são recursos metodológicos que podem ser utilizados nas aulas de química. Dessa maneira, procurou-se relacionar os conhecimentos científicos com contextos da realidade dos alunos, por meio de diálogos e de interações de conhecimentos pré-existentes dos alunos e os conhecimentos científicos adquiridos em sala. No entanto verificou-se que a estratégia de interagir com os alunos de forma a proporcionar um diálogo, possibilitou que os alunos tivessem liberdade de perguntar, de expressar suas opiniões. Durante a exposição dos conteúdos houve bastante interação e participação dos alunos. Na apresentação da situação problema os resultados obtidos foram satisfatórios, porém identificou-se que tais estudantes possuem dificuldade em resolver questões quando esta se refere em expressar suas opiniões de forma escrita. Referente à turma A, estes alunos possuem facilidade em expor ideias através da fala, em decorrência da turma ser comunicativa. Já a turma B, apresentou dificuldades na comunicação verbal, no entanto, este fato pode ter ocorrido em função dos alunos não estarem à vontade diante de um novo professor e possuírem dificuldades com conteúdo de séries anteriores. Conforme afirma Bernadelli (2004, p. 3) “[...] tanto professor quanto aluno precisam gostar do que estão fazendo [...]”, já que o processo de ensino-aprendizagem não é de uma só via. constatou-se que as aulas de química também podem ser eficazes quando são baseadas em uma relação de diálogo entre professor e aluno.

Conclusões

Pode-se considerar que renovar a didática no ensino de química contribui de forma positiva para o desenvolvimento dos alunos. Verificou-se que o método de aulas dialogais foi eficiente. Os alunos conseguiram expor seus pensamentos na resolução da situação problema, relacionando o conhecimento cotidiano com o conhecimento científico, demonstrando que esse método de ensino também é eficaz, pois constatou-se que os alunos puderam compreender o conteúdo ministrado em sala de aula. Existe a necessidade de o professor renovar sua didática, fazer uso de métodos e técnicas de ensino disponíveis.

Agradecimentos

Referências

PILETTI, Claudino. Didática Geral. Ed. ática. São Paulo, 2004.
BERNARDELLI, M. S.Encantar para Ensinar – um procedimento alternativo para o Ensino de Química. In: Convenção Brasil latino americana, congresso brasileiro e encontro paraenses de psicoterapias corporais, 1., 4., 9., Foz do Iguaçu. Anais...Centro Reichiano, 2004. Disponível em:<http://www.centroreichiano.com.br/artigos/Bernardelli.pdf> Acesso em: 27 Jan. 2013

Patrocinadores

CNPQ CAPES CRQ15 PROEX ALLCROM

Apoio

Natal Convention Bureau Instituto de Química IFRN UFERSA UFRN

Realização

ABQ