A IMPORTÂNCIA DO CONCEITO DE HIBRIDIZAÇÃO NOS LIVROS DIDÁTICOS

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI) ; das Chagas Alves da Silva, F. (IFPI) ; Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI) ; Maria Leal Araújo, A. (IFPI) ; Josefa da Silva Leal, N. (IFPI)

Resumo

Em razão do conceito de hibridização ser de fundamental importância para o entendimento das ligações químicas que formam as moléculas, este trabalho teve como objetivo analisar os aspectos relacionados à hibridização em alguns livros didáticos de ensino médio. Sabe-se que a introdução de qualquer conteúdo influenciará no interesse dos alunos, principalmente se o professor instigar a curiosidade e contextualizar o ensino. Verificou-se que o conteúdo hibridização apresentados em alguns livros didáticos quando ministrado pelo professor de maneira contextualizada, sem uso de fórmulas e memorização o aluno aprende um conteúdo que muitas vezes o considerava difícil.

Palavras chaves

Hibridização; Livros didáticos; Ligações químicas

Introdução

O aprendizado de Química no Ensino Médio implica que os alunos aprendam a composição da matéria, as suas propriedades e as energias envolvidas nas transformações químicas e/ou físicas que ocorrem na natureza (BRASIL, 2000). O ensino de química vem se resumindo em memorizações de fórmulas, descontextualizada e sem aplicabilidade na vida do educando tornando-os passivos. Muitas vezes isso ocorre pelo fato da formação ineficiente de professores sem a devida contextualização de conteúdos (Zanon; Palharinhe, 1995). Através de conhecimentos químicos pautados em eventos cotidianos o aluno passará a conhecer cientificamente fenômenos que muitas vezes recorriam a mitos para a explicação de suas causas e ocorrências. Nesse contexto, para investigar tal situação escolheu-se um tópico do ensino médio, hibridização e, analisou-se o conteúdo e a forma de abordagem dos principais livros didáticos. Para este trabalho o conceito de hibridização foi explorado de forma a demonstrar sua importância para o entendimento da formação de ligações covalentes em compostos moleculares e como assunto complementar a teoria do octeto para alunos do ensino médio.

Material e métodos

Foram analisados os capítulos onde é abordado o conteúdo sobre hibridização dos livros didáticos de Química recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em um total de cinco livros. Durante as análises foram feitas as seguintes considerações: se os livros apresentavam fotos ou ilustrações de orbitais atômicos e moleculares, textos extraídos de jornais e revistas possibilitando uma contextualização, a classificação de ligações sigma e pi, além da distinção de orbitais s e p.

Resultado e discussão

Dos cinco livros recomendados pelo PNLD apenas três, dedica-se a algumas páginas específicas para este conteúdo, mas somente um livro abordava a ideia de distribuição eletrônica, paramagnetismo, diamagnetismo e ferromagnetismo seguindo os princípios de Hund e Pauli. Em contrapartida esses três livros que apresentavam este conteúdo focalizaram um caso muito simples de ligação covalente que é formada quando dois átomos de hidrogênio se combinam para formar uma molécula de hidrogênio, através da interpenetração dos orbitais atômicos incompletos em que os elétrons apresentam spins opostos. Este primeiro exemplo que explica a formação dessa substância é de fundamental importância, pois ela é muito similar à descrição de ligações em moléculas mais complexas. Observaram-se representações dos orbitais s e p através de eixos cartesianos e suas respectivas hibridações com formação de ligações sigma e pi para as moléculas do metano, etano, eteno e etino. Segundo Balthazar e Oliveira (2010), o ensino de química deve passar por temas atuais que despertem o interesse dos alunos, por exemplo, como são formados o gás hidrogênio, a água, a amônia, o gás eteno, metano, etc. De acordo com Balthazar e Oliveira os tópicos estrutura elementar da matéria e formação de orbitais moleculares através da hibridização, permite aos alunos uma visão mais ampla do mundo subatômico e do universo. Com relação aos outros dois livros, observa-se que não aparece nas páginas referentes, a este conteúdo, á compreensão de orbitais e grupos híbridos. Geralmente esses livros iniciam apenas com o conceito: O Princípio da Incerteza de Heisenberg e regra de Hund. Verifica-se a ausência de exemplos mais relevantes na forma de gráficos, vinculados a aspectos sociais, ambientais e tecnológicos.

Conclusões

Através deste trabalho, pode-se constatar a importância da abordagem nos livros didáticos sobre essa temática de hibridização de orbitais atômicos com a respectiva formação de orbitais moleculares para o entendimento da formação de ligações químicas por parte do alunado, além disso, quando o professor utiliza a contextualização promove resultados significativos no processo ensino aprendizagem de química. A não abordagem destes tópicos pelos livros é refletida nas concepções dos alunos sobre esses fenômenos que muitas vezes o entendem de maneira errônea ou até mesmo não os compreendem.

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, ao Instituto Federal do Piauí(IFPI)aos professores pelo apoio e a CAPES.

Referências

BRASIL, Guia de Livros Didáticos PNLD 2012: Química. Ministério da Educação. Secretaria
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio; Brasília: Ministério da Educação, 2000.
BALTHAZAR, Wagner Franklin; OLIVEIRA, Alexandre Lopes de. Partículas Elementares no Ensino Médio: Uma Abordagem a partir do LHC. São Paulo: Editora livraria da Física, 2010.
ZANON, l.B. e PALHARINI, E.M.A Química no ensino fundamental de ciências. Química Nova na Escola, n. 2, p. 15-18, 1995.














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