Ensinando a química do solo para alunos do 6º ano do ensino fundamental

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Perrone, L.A. (IFAM) ; Ferreira, N.A. (IFAM) ; Pereira, S.X. (IFAM) ; Palheta, G.J.M. (IFAM) ; Villani, F.T. (IFAM)

Resumo

O solo é um dos principais componentes do ecossistema terrestre e é o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação. Ele fornece às raízes fatores de crescimento como suporte, água, oxigênio e nutrientes como também da sua ação filtrante e protetora da água, mas ele pode ser degradado pelo seu uso inadequado, prejudicando suas funções básicas havendo reflexo no meio ambiente, afetando a vida nos ecossistemas. O presente trabalho discutiu os problemas sobre educação ambiental no 6º ano do ensino fundamental mais especificamente sobre a temática dos solos também propôs atividades e metodologias para otimizar o aprendizado e a conscientização dos alunos sobre a temática de preservação dos solos. além da iniciação da química ambiental no ensino fundamental.

Palavras chaves

solo; preservação; quimica ambiental

Introdução

De acordo com Reichardt (1988), o estudo o solo, é de extrema importância, pois através dele se vê a necessidade para a compreensão de como funcionam os ecossistemas para manutenção e preservação dos mesmos. Além é claro de sua utilidade para o ser humano, pois é através do solo que se é possível a produção de alimentos, construção de cidades, estradas, aquíferos e outras obras. Devido ao seu dinamismo, o solo pode ser degrado se utilizado de forma inadequada, causando sérios danos ambientais, quebrando o equilíbrio dos ecossistemas. Essa degradação pode ser observada na: redução de sua fertilidade esse assunto inclusive abordado na intervenção na sala de aula, erosão hídrica e eólica; compactação; contaminação por resíduos urbanos e industriais; alteração para obras civis, cortes e aterros; para fins de exploração mineral; e a desertificação e podzolização.Para Lima (2008) e Muggler (2004), a degradação do solo pode estar associada, dente outros fatores, ao desconhecimento da população com características físico-químicas e o sensível equilíbrio biogeoquímico se, no entanto houvesse uma melhoria na qualidade no ensino de solos no nível fundamental poderia aumentar a conscientização ambiental dos alunos a respeito desse recurso natural.Segundo Domigues (2005), o estudo do solo, ou seja, a pedologia é um tema que apresenta natureza multidisciplinar, utilizando conhecimentos da geologia, da física, da química, da biologia, da hidrologia e da climatologia. Mas devido a sua natureza trifásica e da complexidade de sua abordagem o tema de solo apresenta grandes dificuldades para o docente. De acordo com Martins (1997), geralmente a temática de solos é trabalhada de maneira mecânica e engessada, dificultando assim a sensibilização dos alunos.

Material e métodos

Na primeira etapa da execução, foi realizada uma vídeo aula sobre a formação do planeta terra, esse vídeo está disponível no canal da Natgeo com nome de A origem do planeta Terra, no Youtube. Inicialmente só iríamos exibir o documentário até a parte em que o planeta começa a proporcionar condição para existência de vida, mas visto o interesse dos alunos para que o documentário continuasse exibimos até o final o que foi preciso 2 aulas. Depois disso começamos a discutir sobre os processo de intemperismo, nesse momento mostramos como o solo origina-se e sobre os diferentes horizontes que ele forma e para isso recorremos a experiência que eles realizaram no segundo bimestre sobre o terrário redirecionando-o para formação dos horizontes. A partir dessa ideia, propomos utilizar o solo como um instrumento para o ensino de ciências, iniciamos o trabalho de pesquisa com duas turmas de 6º ano que foram realizadas no período de estágio supervisionado II e IV (2012 à 2013) em duas escolas da zona norte de Manaus. Utilizando a metodologia da pedagogia histórico-critica, como uma das principais metodologias de ensino, devido a sua preocupação na transformação do modo de pensar e de ligar temas que aparentemente não tem nada haver com outro. A pesquisa foi realizada tanto do aspecto qualitativo como quantitativo. A segunda etapa foi sobre as propriedades químicas da matéria como as propriedades organolépticas, mas concentrada na questão de pH dos solos, realizada em 3 aulas teóricas, uma falando de algumas propriedades químicas, falando sobre o pH, sua importância no nosso organismo, nos ecossistemas e no solo. A terceira parte foi iniciada com aulas a respeito, da relevância histórica do uso das tintas e a fabricação tintas usando a pigmentação do solo, cola e água.

Resultado e discussão

Os resultados obtidos na aplicação do projeto são de caráter qualitativo. Esses resultados são provenientes de um questionário realizado com eles. Quanto aos relatórios os dados obtidos estavam corretos. Os relatórios foram realizados em equipe e entregues no fim de todas as práticas. Ao final, percebemos o quanto é importante a prática no ensino de ciências e conforme Zômpero (2007) havia falado, as aulas práticas são o momento mais esperados pelos alunos, eles demonstraram grande interesse nas aulas e os resultados obtidos seguem abaixo: Avaliação do projeto de conscientização da preservação do solo: Gostaram do projeto 75% Não gostaram do projeto 17% Não teve importância 8% Compreensão do que vem a ser o pH 75% dos alunos compreenderam 17% dos alunos não compreenderam 8% compreenderam parcialmente Importância do pH no solo 96% dos alunos compreenderam 4% dos alunos não compreenderam Sobre as aulas práticas 96% dos os alunos gostaram 4% dos alunos não parcialmente

Conclusões

Concluímos que para os alunos se interessarem ainda mais pelo assunto é necessário o desenvolvimento de aulas práticas que estejam relacionadas com o tema trabalhado, pois isso desperta o interesse deles a respeito do tema e que perfeitamente no 6º ano sem atrapalhar o andamento das demais atividades visto que um trabalho desse só tem a contribuir com aprendizagem do aluno, é claro quando ele é trabalhado de maneira correta fazendo com que a interdisciplinaridade com as demais áreas do conhecimento se concretize, contextualizando com a realidade do aluno.

Agradecimentos

Referências

1. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

2. DOMINGUEZ, J.; RODRIGUEZ, C. M.; NEGRIN, M.A. La educación edafológica entre el transito de la educación secundaria e la universidad. In: Congreso internacional sobre investigación en la didáctica de las ciencias, 7., Granada, 2005.Disponível em: <http://www.blues.uab.es/~sice23/congres2005/htm/aa.htm>

3. LEVINE, S; GRAFTON, A. Projetos para um planeta saudável: experimentos ambientais simples para crianças. 5ª ed. São Paulo; Ed. Augustus, 1998.

4. LIMA, R.M; LIMA, C.A; MOTA. C.A; MELO, F.V. Projeto solo na escola. In: IV
simpósio brasileiro de ensino de solos, 2008.

5. MARTINS, A. R. Sobre os recursos do ensino. tecnologia educacional, Rio de Janeiro, V. 25, N. 134/135, 1997, P. 7-11

6. MUGGLER, C. C.; ET AL. C. A. Capacitação de professores do ensino fundamental e médio em conteúdos e métodos em solos e meio ambiente. IN: congresso brasileiro de extensão universitária, 2, belo horizonte, 2004. anais. Belo Horizonte: fórum de pró-reitores de extensão das universidades públicas brasileiras, 2004.CD-ROM

7. REICHARDT, K. Por que estudar o solo? IN: Moniz, a. c.; Furlani, a. m. c campinas: sociedade brasileira de ciência do solo, 1988. p. 75-78.

8. ZÔMPERO, A.F. A Docência e as atividades de experimentação no ensino de ciências nas séries iniciais do ensino fundamental. Paraná, 2004.

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