APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE ÁCIDO- BASE DE ALUNOS NO ENSINO MÉDIO.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, A.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA)

Resumo

A utilização de conceitos de química associados ao uso de experimentos nas escolas de ensino médio pode ser um recurso de grande importância para auxiliar o professor em suas aulas. A pesquisa tem como objetivo verificar o aprendizado dos alunos do Ensino Médio em relação aos conceitos de química utilizando experimentos como recurso pedagógico no Ensino de Química e assim facilitar a aprendizagem e aplicação destes conteúdos. Desenvolvido em duas etapas: o primeiro um questionário em forma de pré-teste com o tema “ácido-base” contextualizado, o segundo ocorreram mediante a observação da experimentação. Os resultados obtidos com valores percentuais, onde os alunos entrevistados constataram que experimentação em conjunto com a teoria é uma ótima ferramenta, que desperta o interesse do aluno.

Palavras chaves

Ácido-base; Conceitos; Química

Introdução

Ensinar a disciplina de Química aos alunos do Ensino Médio é considerado de difícil à aprendizagem, mas de alguns anos pra cá vem se buscando alternativas de conteúdos adaptados a facilidade e distração no absorver (FOLGUEIRAS, 1994). A busca por novas metodologias e estratégias de ensino para a motivação da aprendizagem, que sejam acessíveis, modernas e de baixo custo, é sempre um desafio para os professores.Segundo Valadares (2001) a inclusão de protótipos e experimentos simples em nossas aulas tem sido um fator decisivo para estimular os alunos a adotar uma atitude mais empreendedora e a romper com a passividade que, em geral, lhes é subliminarmente imposta nos esquemas tradicionais de ensino. Em sala de aula, o professor pode relacionar os conteúdos da química com o dia a dia dos alunos, motivando o interesse dos mesmos para o ensino de química. Logo, a química pode ser um instrumento de formação humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania. O conhecimento químico é uma ferramenta que podemos utilizar para interpretar o mundo e intervir na realidade (BRASIL, 2002.Ao determinarmos aprendizagem de química, o termo cotidiano é amplamente utilizado entre educadores do ensino médio, uma grande parte desses professores acredita que trabalhar em sala de aula neste contexto se torna simples e totalmente viável (WARTHA, SILVA, BEJARANON, 2013). Este trabalho visa a utilização de diversos materiais do nosso cotidiano como refrigerantes, frutas, materiais de limpeza e o emprego de extrato de repolho roxo como indicador universal de pH. Por meio desses recursos podemos obter experimentos rápidos, simples, de baixo custo e que permite uma melhor abordagem e aplicação das definições de ácidos e bases.

Material e métodos

Optou-se em realizar esta pesquisa na instituição referida acima, devido ao evento Universidade de Portas Abertas, que abrange os alunos de ensino médio de diversas escolas, com o objetivo de avaliar os conhecimentos prévios dos alunos do 10, 20 e 30 ano do Ensino Médio e vão a UFRR.A coleta de dados da pesquisa deste trabalho foi realizada através do instrumento questionário contendo 10 questões objetivas e foram aplicados para 60 alunos do ensino médio referente aos turnos manhã e tarde.Foram realizadas as seguintes experimentos:Repolho roxo como indicador ácido-base, Reação ácida e base de vinagre com fermento, Reação de fenolftaleína com hidróxido de sódio (NaOH), Observação quais frutas são ácidas ou básicas.

Resultado e discussão

Dos 60(sessenta) alunos 58% não tiveram experimentação no ensino de química, enquanto outros 42% dos alunos já obtiveram.  Já 95% dos alunos consideram importante abordar experimentos para aula de ácidos e bases, e 5% não consideram relevantes. Então, 92% dos alunos consideram vinagre como alimento ácido, 6% vêm detergente como produto ácido e 2% acham que sabonete é produto ácido.E 87% dos alunos reponderam que tem conhecimento sobre o pH e 13% não conhecem este conceito. 60% dos alunos relataram conhecer as teorias ácido-básica e 40% disseram não conhecer. 92% dos alunos responderam que a avaliação da aprendizagem concomitante com a aula demonstrativa, oportuniza conhecimento científico. 66% dos alunos tiveram maior facilidade em fixar o conteúdo explicado na aula teórica seguida da prática, e 44% consideram importante a aula prática somente. 58% dos alunos possuem laboratórios de química em suas escolas. Enquanto 42% não possuem laboratório.O fato de ter laboratório em suas escolas não significa que a aprendizagem de química está sendo eficaz, por essa razão, há a necessidade de deixar os alunos livres a investigar e a questionar. Segundo VERAS et al (2010), a química é uma ciência eminentemente experimental, daí a importância das aulas práticas. As teorias de Arrhenius, Bronsted-Lowry e Lewis são teorias, em que a maioria dos alunos utiliza do meio “aprendizagem mecânica” onde o aluno decora somente as suas definições, mas não consegue aplica-las no nosso cotidiano ou até mesmo esquecem, após o período de prova. Após as demonstrações, pode-se observar que os alunos obteve maior interesse pela química. Logo, a demonstração ou a experimentação é um elemento, que compõe o complemento a outras técnicas de educar (GASPAR & MONTEIRO, 2004). Assim, aplicando os conceitos.

Conclusões

O trabalho apresentado mostrou os conhecimentos dos alunos quanto aos conceitos de ácidos e bases. Após a utilização de experimentação com materiais de baixo custo e do nosso cotidiano, houve de maneira geral maior compreensão das teorias. Logo a experimentação com materiais utilizados do nosso cotidiano como um recurso pedagógico, pode vir a melhorar a aprendizagem no ensino de química. Os experimentos realizados podem ser utilizados em sala de aula abordando e aplicando conceitos de ácidos e bases, assim desenvolvendo uma aula mais dinâmica e prazerosa, estimulando à compreensão do aluno.

Agradecimentos

A UFRR , pela Disponibilidade do local da pesquisa.

Referências

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Área Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002.
FOLGUEIRAS, D. S. Metodologia e Prática de Ensino de Química. São Carlos: Polipress, 1994.
GASPAR, A.; MONTEIRO, I. C. C. Atividades experimentais de demonstração em sala de aula. IX Encontro Nacional de pesquisa em ensino de física. Pesquisa em ensino de física, Minas Gerais, 2004.
VALADARES, E. C. Experimentos de baixo custo. Química Nova na Escola. N°13, MAIO 2001.
VERAS, E.Y.F.; SILVEIRA, F.A.; SOUSA, A.A.; PAIVA, P.E.C. A importância do laboratório de química no processo de ensino e aprendizagem. Simpósio Brasileiro de Educação Química. Natal, 2010.
WARTHA, E. J; SILVA E.L; BEJARANON. R. R. Cotidiano e Contextualização no Ensino de Química. Química Nova na Escola, 84 Vol. 35, N° 2, p. 84-91, MAIO 2013.



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