QUEBRA-CABEÇA RADIOATIVO: UMA PROPOSTA LÚDICA-PEDAGÓGICA PARA O AUXILIO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO RADIOATIVIDADE.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Natanne da Silva Leal, K. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA) ; de Araujo Rodrigues, R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA) ; Taynan Sabino Moura da Silva, M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA) ; Ferreira Dantas Filho, F. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA)

Resumo

Neste trabalho buscamos apresentar uma ferramenta complementar ao processo ensino/aprendizagem no ensino de Química com foco especificamente no tema radioatividade, através da ludicidade, A adaptação de jogos tradicionais em jogos específicos para o ensino de Química mostra-se uma ferramenta muito útil para o ensino de conceitos de Química que normalmente são considerados pouco atrativos pelos alunos do ensino médio e estudantes de graduação dos ciclos básicos. O jogo é constituído de perguntas e respostas e a montagem de um quebra-cabeça tem como objetivo desvendar a curiosidade e motivar o aluno a aprender sobre o tema radioatividade.

Palavras chaves

Jogos lúdicos; Ensino/Aprendizagem; Radioatividade

Introdução

A dificuldade apresentada pelos alunos em ciências exatas é bastante perceptível tendo em vista a falta de metodologias inovadoras que busque a atenção dos alunos, na disciplina química. os últimos anos, no Brasil, a educação tem passado por mudanças, especialmente desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996) e, posteriormente, com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN/1999), que proporcionaram muitas reflexões a respeito de Jogos no Ensino de Química metodologias e de recursos a serem utilizados nas salas de aula para motivar e despertar os alunos a aprender química rompendo com velhas práticas descontextualizadas e decorativas, o que não favorece para desenvolver uma aprendizagem significativa. Com isso a utilização de jogos lúdicos é um poderoso instrumento de ensino/aprendizagem estimulando os alunos e construindo conhecimentos cientifico de forma motivadora.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada com alunos do 2°ano do ensino médio de uma escola pública do município de Queimadas–PB que faz parte do Projeto Ações Construtivas para o Conhecimento Químico nas Escolas Públicas da Paraíba.Inicialmente foi trabalhado o contexto histórico do conteúdo radiatividade, em seguida foi ministrado o conteúdo de forma tradicional ao termino foi trabalhado um jogo elaborado pelos alunos do curso de Licenciatura Plena em Química-UEPB. O jogo denominado de quebra cabeça radioativo é composto por 16 pares de perguntas e respostas com cores diferenciadas, concluída a montagem do quebra cabeça formará uma imagem que se refere ao conteúdo. Procedimentos para o jogo: forma-se dois grupos, cada grupo escolhe uma cor referente ao jogo e um representante para lê as perguntas. Os cartões numerados com as referidas perguntas, o representante escolhe aleatórias as perguntas, a quantidade de perguntas é a mesma para a montagem do quebra cabeça. O grupo só poderá pegar a peça se responder corretamente as perguntas, caso não acerte a pergunta o grupo dá o direito a resposta ao outro grupo. No piso da sala colocaram-se dois tapetes pretos com detalhes referentes à cor dos cartões e com a imagem que deveram montar a cada peça conquistada, em um tapete estará à imagem da Marie Curie e no outro com o símbolo da radioatividade e um estetoscópio, vencerá o jogo o grupo que primeiro montar o quebra cabeça, porem a ideia principal não é apenas montar e sim interpretar a imagem formada pelo quebra cabeça para que o grupo vença. Ao termino da atividade foi realizado um debate para coleta de resultados através da conversação. Segundo (Cunha, 2004), os jogos são um importante recurso para as aulas de química, no sentido como um reabilitador da aprendizagem mediante a experiência.

Resultado e discussão

Como forma de coletar resultados, foi realizada uma conversação em sala de aula com acerca de 40 alunos após a aplicação do jogo. As três principais perguntas para o resultado dessa pesquisa foram. Se aprovam a utilização de jogos como auxílio no ensino/aprendizagem do conteúdo radioatividade, se encontraram alguma dificuldade no jogo, e quais as contribuições que o jogo trouxe. De acordo com as repostas 68% aprovaram a utilização do jogo, pois se torna mais atrativa a aprendizagem e motiva estudar a disciplina Química, assim melhorando o rendimento escolar, os 32% disseram que tiveram dificuldades em responder as perguntas, pois o conteúdo radioatividade é muito complexo e difícil compreensão, porém concordam que a atividade lúdica contribui de uma forma que estimula a estudar mais a fundo a disciplina química . Com os resultados obtidos ficou evidente que o jogo quebra-cabeça radioativo contribuiu para uma melhor compreensão do conteúdo promovendo motivação nos alunos e quebrando com velhas práticas de ensino/aprendizagem.

Conclusões

Através deste trabalho foi possível entender a importância da utilização dos jogos no processo educativo, como instrumento facilitador da integração, da sociabilidade, do despertar lúdico, da brincadeira e principalmente do aprendizado,porém tem necessidade de alguns cuidados que devem ser tomados ao levarmos um jogo em sala de aula e ressaltando a importância da colocação de regras e pontuações. A utilização de jogos lúdicos no ensino propicia melhores rendimentos escolares e motivação dos alunos.O quebra-cabeça radioativo motivou os alunos à procura de novos conhecimentos a respeito do tema.

Agradecimentos

À CAPES pela bolsa de ID, UEPB, PNOQ

Referências

BRASIL. MEC. LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9394, de 20 de dezembro de 1996. D.O.U. de 23 de dezembro de 1996.
CUNHA, M.B. Jogos no Ensino de Química. Revista Química Nova na Escola, n. 2, maio 2012.
CUNHA, M.B. Jogos de química: desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO
DE QUÍMICA, 12, 2004. Resumos ENEQ – 028. Goiânia, 2004.
LUCKESI, C. C. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da experiência interna, Educação e Ludicidade, Ensaios 02; ludicidade o que é mesmo isso? Publicada pelo Gepel, Faced/Ufba, 2002, pág. 22 a 60

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