RELATO DE VIVÊNCIA DE BOLSISTAS- PIBID – QUÍMICA – UFT: AULAS EXPERIMENTAIS EM TRÊS ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO EM ARAGUAÍNA-TO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Moraes, D.F. (UFT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS) ; Silva, C.G. (UFT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS) ; Sousa, C.R.B. (UFT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS)

Resumo

O presente trabalho descreve as atividades experimentais realizadas pelos bolsistas do programa PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência), no período de maio de 2010 á 2013, que foram realizadas nas escolas Cem Benjamim José de Almeida, Colégio Guilherme Dourado e Cem Paulo Freire, nas turmas de segundas e terceiras series do Ensino Médio de Araguaína-TO. As atividades foram desenvolvidas de acordo com o PPP das escolas, e de acordo com as dificuldades dos alunos em cada sala indicadas pelo professor responsável. O grupo PIBID teve a função de analisar e focar nas principais dificuldades dos alunos, para assim pesquisar e elaborar diferentes atividades experimentais que contribuíram para a aprendizagem de conteúdos de química.

Palavras chaves

Atividade experimental; Didática; Ensino de Química

Introdução

O ensino de química é uma grande preocupação nos dias atuais, pois os alunos tem a visão de que química é difícil de compreender, como os alunos tem essa concepção é complicado o professor fazer com que eles se interessem. É difícil desenvolver ações diferenciadas, pelo fato de alguns professores terem o método de ensino tradicionalista. Observa-se que as práticas docentes de professores de química exercem sua função sem estarem atentos se sua forma de ensinar está sendo eficaz e se os alunos estão entendendo o conteúdo abordado. (Filho, et al, 2011, pag. 167) . A aula experimental não precisa estar associada a um experimento sofisticado, mas sim a questão de organização e interação dos alunos, e possibilitar a facilitação. A atividade experimental não precisa de locais equipados ou hora determinada, o que importa é a discussão dos resultados e a interpretação dos fenômenos químicos. (Assis, et al, 2009. pag. 3) Segundo ORNELAS (2009) descreve que as escolas atuais devem encaminhar o ensino com práticas pedagógicas e inovadoras que provocam a criatividade e o empenho através da atividade experimental. Com o experimental o aluno associa o conteúdo com teórico que aprendeu antes com a prática. Isso faz com que o aluno se interesse e desperte sua curiosidade de resolver os problemas abordados. Esse trabalho tem como objetivo apresentar proposta de experimentos simples aplicáveis para alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio, e podem ser realizados nas escolas locais envolvendo baixo custo fácil aplicação e contextualização. O grupo PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) focou trabalhar nas principais dificuldades dos alunos, identificadas pelo professor das unidades de ensino onde o programa estava desenvolvendo suas atividades.

Material e métodos

Esse trabalho descreve as atividades experimentais desenvolvidas pelo grupo PIBID de maio de 2010 à setembro de 2013 nas escolas Cem Benjamim José de Almeida, Colégio Guilherme Dourado e Cem Paulo Freire, para os alunos do ensino médio das segundas e terceiras séries com faixa etária de 16 - 23 anos. As atividades foram desenvolvidas no contra turno dos alunos e em média atendia-se 25 alunos uma vez por semana. O cronograma de atividades obedeceu à estrutura do PPP das escolas de acordo com o conteúdo que o professor estava ministrando na escola. As atividades práticas a serem aplicadas nas escolas pelo grupo PIBID, foram inicialmente definidas em reunião do grupo a partir de levantamento bibliográfico pesquisa em livros, rede de computador e revistas científicas. O conteúdo contemplado por prática foi então estudado e foi montada uma aula sobre o mesmo, que seria ministrada antes da atividade experimental. Durante a aula teórica os bolsistas explicavam aos alunos participantes da atividade sobre as normas de segurança e os devidos cuidados necessários para execução do experimental. Após a aula teórica sobre o conteúdo base se realizava a aula experimental. As práticas frequentemente eram simples e se utilizou materiais de fácil acesso, possivelmente encontrados em supermercados ou farmácias locais, para com isto os alunos tivessem com reproduzi-la em outro momento. Indicando também que o experimental estava sendo apresentado e exposto de forma contextualizada.

Resultado e discussão

Após pesquisa bibliográfica, o grupo passou a montagem dos experimentos que seriem aplicados conforme o conteúdo ministrado na semana anterior da oficina. As atividades experimentais foram realizadas na sala de aula, pelo motivo de não ter laboratório de química na escola, obteve-se em média a presença de 25 alunos por atividade desenvolvida que foi solicitada a elaboração de um relatório sobre o experimental desenvolvido na sala. Foram desenvolvidas um total de dez práticas com os seguintes títulos: Teor de Álcool na Gasolina, Cetonas, Cola de Caseína, Etileno, Chuva Ácida, Solução Coloidal, O super dinheiro, Temperatura, Catalisador e Areia Movediça. Estes títulos contemplavam o PPC da instituição. Na escola Cem Benjamim as atividades experimentais foram elaboradas para os alunos da terceira série do ensino médio, que foram feitas as atividades experimentais dos conteúdos estrutura e propriedades dos compostos orgânicos oxigenados e nitrogenados que corresponde ao primeiro semestre letivo, e conteúdo de importância sócio ambiental correspondente ao segundo semestre letivo. Na escola Guilherme Dourado as atividades experimentais foram elaboradas para os alunos da segunda série do ensino médio, utilizando o conteúdo mistura das soluções, que é oferecido no primeiro semestre, e do conteúdo termoquímica que é oferecido no segundo semestre. Na escola Cem Paulo Freire as atividades experimentais foram realizadas para os alunos da segunda série do ensino médio, e foram feitas as atividades experimentais do conteúdo cinética química, esse conteúdo é realizado no segundo semestre e o conteúdo termoquímica que é realizado no segundo semestre. Os alunos queriam experimentos que eles pudessem reproduzir nas suas casas.

Conclusões

As atividades experimentais realizadas pelo grupo PIBID, caracterizam-se como um incentivo à melhoria no processo educacional, pois mesmo com a realidade das escolas da cidade, é possível elaborar aulas diferenciadas que possivelmente aumente o interesse e a compreensão dos alunos nas aulas de química. Notou-se que durante o desenvolvimento das atividades realizadas pelo grupo PIBID nas escolas o interesse dos alunos aumentaram, pelo fato deles passarem a gostar mais da disciplina em atividades experimental, onde muitos deles falaram que após as aulas realizadas passaram a entender mais.

Agradecimentos

PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência e a UFT- Universidade Federal do Tocantins

Referências

ASSIS, Alice; LABURÚ, Carlos Eduardo; SALVADEGO, Wanda Naves Cocco. A seleção de experimentos de química pelo professor e o saber profissional. RBPEC- Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. Vol. 9 ,N°1 , 2009. (pag. 3).

FILHO, Francisco de Sousa Lima; CUNHA, Francisca Portela; CARVALHO, Flavio da Silva; SOARES, Maria de Fátima Cardoso. A importância do uso de recursos didáticos alternativos no ensino de química: Uma abordagem sobre novas metodologias. Enciclopédia Biosfera, centro cientifico conhecer. Vol. 7, N°12. Goiânia, 2011. (pag. 167).

ORNELAS, Marta. Motivar e ensinar através da experimentação. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2009. (pag. 10).

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