O CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DE QUÍMICA DE DUAS ESCOLAS ESTADUAl DE ENSINO MÉDIO DO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA QUANTO AOS NOVOS ELEMENTOS INSERIDOS NA TABELA PERIÓDICA ENTRE OS ANOS DE 2011 A 2013.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, T.S. (UFPA) ; Miranda, A.E.C. (UFPA)

Resumo

A tabela periódica, sem dúvida se tornou um instrumento didático indispensável para o ensino da Química, a qual passa por diversas atualizações, requerendo maior atenção dos educadores. Assim, a proposta de investigação foi analisar o conhecimento dos professores sobre os novos elementos inserido na tabela periódica. Foram entrevistados professores de duas escolas de Paragominas, os quais afirmaram conhecer os novos elementos, porém a grande maioria não soube descrevê-los e não utilizam esses elementos na sala de aula. Porém, é possível despertar interesse nos alunos quanto aos estudos desses novos elementos, haja vista, nessas grandes descobertas que fazem parte do contexto atual dos alunos.

Palavras chaves

Tabela periódica; Elementos ; Ensino

Introdução

Um dos recursos indispensável para se estudar Química é a tabela periódica, a qual abriga todos os elementos descobertos na natureza e os produzidos no laboratório, chamados de elementos artificiais. A tabela periódica está dividida em 118 espaços que são preenchidos com os elementos segundo seu número atômico, família e grupo, no entanto, alguns ainda precisam ser descobertos como é o caso do gás de número atômico 118. Mas para se chegar a esse modelo precisou-se de uma sólida base experimental passando por diversas etapas de atualização, desde sua criação com Mendeleiev (Tolentino, 1994), até nos dias de hoje com a recente descoberta do elemento Ununséptio, sintetizado em 2010 e oficializado em 2014. Para se acrescentar um novo elemento vários testes precisam ser realizados e comprovados e assim, aprovado em assembleia geral da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). Essas atualizações realizadas na tabela periódica requerem dos professores de Química, habilidade e precisão em repassar para seus alunos tais informações. Para tanto, o trabalho teve o objetivo de saber o conhecimento dos professores da rede Pública Estadual de Ensino de Paragominas-PA quanto os elementos inseridos na tabela periódica entre os anos de 2011 a 2013.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada no município de Paragominas-PA, com quatro professores de Química da Rede Pública Estadual de Ensino, os quais, iremos nos referir neste trabalho como professor I (PI), professor II (PII), professor III (PIII) e professor IV (PIV). Foi realizado entrevista de caráter qualitativo onde se utilizou um gravador; foi perguntado se os professores tinham conhecimento a respeito dos elementos que foram inseridos na tabela periódica de 2011 a 2013 e se já estavam utilizando-os nos conteúdos ministrado na sala de aula. A escolha dos professores foi feito segundo a demanda de aluno, sendo o PI e PII da Escola Estadual Castelo Brando e o PIII e PIV da Escola Estadual Raimundo Lauriano.

Resultado e discussão

Os professores PI e PII disseram que já ouviram falar a respeito dos novos elementos, mas que não sabiam descreve-los e não fazem uso de tais elementos em sala de aula, tão pouco dar ênfase sobre as descobertas. O PI argumentou que sua preferência está nos elementos mais simples e mais conhecidos do dia-a-dia do aluno. Utilizar elementos com número atômico elevado dificulta a aprendizagem do aluno, diz o PII. Quando se perguntou para os professores PII e PIV afirmaram que tinham conhecimento dos elementos, sendo descrito o Fleróvio e o Livermário pelo PIV, afirmando seu interesse nos elementos descobertos, mas ainda leva pouco à sala de aula. Já o PIII não soube descrever quais os elementos haviam sido descobertos nesse intervalo, apesar de afirmar ser conhecedor de tais, mas diz que faz-se necessário está atualizado sobre esses novos elementos que surgem, no entanto, dar pouca ênfase nas aulas. Nesse sentido, foi possível notar que os professores dizem conhecer e estavam atualizados dos novos elementos, porém, a grande maioria não soube descreve-los. Incluir esses novos elementos nas aulas é de fundamental importância, pois possibilita despertar o interesse dos alunos, uma vez que eles poderão estudar e pesquisar sobre esses elementos que fazem parte do seu contexto atual. Muitas vezes os alunos não tem estímulo em estudar coisas que foram descobertos há anos; sendo possível estimula-los a descoberta do novo, e assim, despertar o espírito científico nos alunos, formando futuros pesquisadores.

Conclusões

Fazer uso da tabela periódica para fins didáticos é indispensável, pois auxilia professores e alunos para a compreensão dos conteúdos de Química. Para tanto, é importante está atentos para as possíveis atualizações feitas na tabela, sendo uma ferramenta importante para o professor, uma vez que poderá despertar nos seus alunos interesse em se estudar essas descobertas, que por vez, faz parte do seu contexto atual. Assim, é possível estabelecer um conhecimento, não apenas dos elementos mais conhecidos, mas integra-los nas aulas de Química, que por muitas vezes são esquecidos.

Agradecimentos

Agradecemos a Deus, UFPA e todos que direta ou indiretamente contribuíram para essa pesquisa.

Referências

TOLENTINO, M. et al. Alguns aspectos históricos da classificação periódica dos elementos químicos. Rev. Química Nova, 103-117, 1997.

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