ROLETA DE PROPRIEDADES COLIGATIVAS: JOGOS LÚDICOS NO ENSINO DE FÍSICO-QUÍMICA CONTRIBUINDO PARA A APRENDIZAGEM.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Carolina Silva Bandeira, C. (UESPI) ; Eduardo da Luz Junior, G. (UESPI) ; Gardeon A. Brito, C. (UESPI) ; Dias Pinheiro Caldas, T. (UESPI) ; Raquel Ribeiro Calaça, L. (UESPI)

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido através do projeto PET (Programa de Educação Tutorial) numa escola em Água Branca-PI, com alunos do segundo ano do ensino médio para contribuir com a aprendizagem do conteúdo de propriedades coligativas, utilizando o jogo lúdico como metodologia alternativa. Inicialmente foram ministradas somente aulas com recursos tradicionais, e em seguida teve a aplicação da roleta de propriedades coligativas. A roleta foi confeccionada utilizando somente materiais de baixo custo, obtendo resultados satisfatórios. Os alunos acertaram em média 75% das questões, além da boa participação e do interesse de cada discente.

Palavras chaves

Propriedades Coligativas; Metodologia Alternativa; Ensino de Química

Introdução

O PET- (Programa de Educação Tutorial) tem como objetivo proporcionar atividades de pesquisa e extensão, ministradas nas escolas públicas desenvolvendo metodologias alternativas de ensino adequando a Química, para facilitar a aprendizagem dos alunos. É comum observar a dificuldade que muitos alunos têm em aprender essa disciplina, e a forma tradicional como muitos professores ainda trabalham não é suficiente para se alcançar um bom rendimento de aprendizagem. BERNARDELLI (2004), afirma “o ensino da química seria bem mais simples e agradável se fossem abandonadas as metodologias ultrapassadas muito utilizadas no ensino tradicional e se investissem mais nos procedimentos didáticos alternativos”. Nesse processo de ensino e aprendizagem de química, elementos como a seleção de temas, e conteúdos e habilidades a serem desenvolvidas no aluno são essenciais para a construção do conhecimento científico inerente a essa área das ciências da natureza. Antunes (2002), afirma que “a atual geração requer novas ferramentas metodológicas para não perder o foco do aprendizado. Já que as ferramentas tradicionais de ensino não possuem uma eficácia motivadora e dinâmica quando se refere ao ensino-aprendizagem de Ciências”. O jogo didático tem sua relevância justificada pela sua capacidade de impulsionar o aluno a construir ativamente o seu aprendizado, levando-o ao prazer e esforço espontâneo; tornando, dessa forma as aulas de química, mais interessantes e menos monótonas, melhorando a compreensão e assimilação dos assuntos abordados. (ZANON, GUERREIRO E OLIVEIRA, 2008). O objetivo deste trabalho é incluir jogos lúdicos, como roleta de propriedades coligativas para despertar e motivar os alunos a aprender de uma maneira mais interessante os conteúdos abordados em sala aula.

Material e métodos

A aplicação do jogo da roleta de propriedades coligativas foi realizada numa escola em Água Branca-PI numa feira de química na qual fez parte das atividades do PET-QUÍMICA, no segundo semestre de 2013. Essa metodologia é voltada para alunos do segundo ano do ensino médio, pois aborda um conteúdo de físico-química que é propriedade coligativas. O professor anteriormente a essa aplicação ministrou aulas teóricas referentes ao assunto abordado. A roleta e as cartas de baralho com perguntas foram produzidas com materiais de baixo custo (madeira, prego, canudo, peças usadas de Hd de computador, isopor, adesivo, cartolina e caneta), é composta por 16 divisões sendo que a mesma possui 4 níveis de perguntas (fácil, médio, difícil e curiosidades) e um “passar a vez”. O jogo iniciou no momento em que um dos participantes rodou a roleta, este tinha que obedecer o comando do local onde parou, as perguntas foram feitas pelo intermediário que teve os quatro níveis de perguntas em mãos. Em caso de resposta incorreta a pergunta era repassada para o próximo aluno, caso a resposta estivesse correta, ele continuava rodando a roleta. As perguntas têm as seguintes pontuações: Fácil dois pontos; médio três pontos; difícil cinco pontos; curiosidade quatro pontos. É considerado o vencedor o grupo que obtiver vinte pontos.

Resultado e discussão

O jogo da roleta de propriedades coligativas foi aplicado com o intuito de enriquecer o conteúdo ministrado em sala de aula pelo professor. Os alunos obtiveram um bom desempenho ao responder as questões sem fazer consultas em livros ou internet, tendo em média de acertos 75%. Em cada pergunta eles procuravam assimilar com práticas do dia-a-dia, tornando mais fácil a resolução das questões. Notou-se que o processo de desenvolvimento do ensino aprendizado dos alunos bem como o interesse com o assunto propriedades coligativas foi eficaz durante e após a aplicação do jogo lúdico. Os alunos interagiram entre si, desenvolvendo habilidades cognitivas, emocionais e relacionais. Além de refletirem sobre os conhecimentos adquiridos nas aulas tradicionais. O jogo lúdico pode contribuir no desenvolvimento do raciocínio critico do aluno.

Roleta de propriedades coligativas.



Aplicação da atividade

Alunos durante a aplicação da roleta de propriedades coligativas.

Conclusões

Com a aplicação do Jogo da Roleta do conteúdo de Propriedades Coligativas foi possível observar um ótimo desempenho, participação, interesse dos alunos. Dessa forma foi possível visualizar como os jogos didáticos vêm contribuindo cada vez mais para o processo de ensino aprendizagem dos discentes e confirmando que a utilização do jogo como metodologia alternativa é necessária no processo educativo.

Agradecimentos

A UESPI, Projeto PET-QUÍMICA, e aos amigos.

Referências

1. ANTUNES, C. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Artmed. Porto Alegre, 2002. p.7-103.
2. BERNARDELLI, M. S., Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino da química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e encontro paranaense de psicoterapias corporais. Foz do Iguaçu, 2004.
3. ZANON, D.A.V; GUERREIRO, M.AS.; OLIVEIRA, R.C. (2008). Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, Vol 13, n. 1, p. 72-81, março.

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