REFLEXÕES SOBRE FORMAÇÃO ACADÊMICA NOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS I E II EM DIFERENTES INSTITUIÇÕES DE ENSINO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Lemos de Almeida, G. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS) ; Alves de Paiva, J. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS) ; Côrte Sassonia, R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS) ; Ferreira Lins, R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS)

Resumo

O presente trabalho foi realizado em virtude de contemplar as experiências decorrentes nos estágios supervisionados I e II por meio das atividades desenvolvidas através da observação, da participação e regência em diferentes instituições de ensino, onde o público alvo foram alunos do Ensino Médio de escolas públicas com foco na disciplina de química. A partir das diferenças estruturais encontradas e as diferentes metodologias aplicadas, observou-se que a atuação do docente, depende diretamente da instituição assim como das habilidades e competências do alunado.

Palavras chaves

Formação acadêmica; Estágio; Ensino Química

Introdução

O estágio supervisionado é imprescindível na formação do professor. Este é concebido como uma situação-processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, é o locus apropriado onde o aluno desenvolve a sua aprendizagem prática, o seu papel profissional, a sua responsabilidade, o seu compromisso, espírito crítico, a consciência, a criatividade e demais atividades profissionais esperada em sua formação. Esse período é concebido como um campo de treinamento, um espaço de aprendizagem do fazer concreto, onde um leque de situações, de atividades de aprendizagem profissional se manifesta para o estagiário, tendo em vista sua formação. Onde a identidade profissional do aluno é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejado e sistematicamente. (BURIOLLA, 2009). Em virtude de contemplar a disciplina estágio supervisionado I, é proposto na ementa que o discente cumpra uma carga horaria de 90 horas sendo 45 de observação em escolas de Ensino Fundamental e Médio. O presente trabalho tem como objetivo analisar as diversas experiências vivenciadas nos estágios supervisionados I e II, com finalidade de apresentar experiências sobre a atividade docente diante das várias condições entre as escolas, como estrutura, normas e possíveis problemas relacionadas às atividades dos educadores. Observando principalmente como o estagiário formará um pensamento crítico, e assim tornar-se mais apto a enfrentar os desafios. Observando a oportunidade de desenvolver habilidades nas diversas situações, tendo em vista maior integração entre aprendizagem acadêmica e compreensão da dinâmica das instituições escolares onde foram realizados os estágios.

Material e métodos

As atividades do estágio supervisionado I foram realizadas no Colégio Estadual Jorge Amado, e o estágio Supervisionado II foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, ambas as instituições localizadas no município de Araguaína – TO. Foram realizadas atividades de análise da estrutura física e pedagógica, como do PPP (Projeto Político Pedagógico), e sala de aula. Foram observados os comportamentos dos alunos assim como das regências dos professores. Já no estágio II, foram realizadas análise da estrutura física, dos procedimentos pedagógicos e foi realizado e regência de ensino pela estagiária. Cumprindo uma carga horária de 90 horas para o estágio I, sendo 45 na UFT(Universidade Federal do Tocantins) e 45 na escola, já no estágio II foram 30 horas sendo 10 de observações e 20 horas de regência, ambas as atividades foram efetivadas nas séries do primeiros, segundos e terceiros anos do Ensino Médio.

Resultado e discussão

As atividades dos estágios foram bastantes relevantes para minha formação acadêmica, pois foi possível analisar as diferenças encontradas nas escolas, onde observou-se que a estrutura, a formação dos docentes assim como os alunos, contribuem diretamente no processo de ensino e aprendizagem. O fato dos estágios serem realizados em instituições de ensino com diferenças estruturais bastante evidentes levou-me a compreensão que, o profissional de ensino tem que compreender as diversas instituições de ensino e seu público alvo, no caso o alunado. Durante o estágio I foi possível perceber as deficiências existentes no processo ensino e aprendizagem devido a formação fora da área do regente de ensino. Isto se deve à falta de profissionais na área de química no Estado do Tocantins, oriunda da falta de políticas públicas mais eficientes em Educação. No estágio II, realizado no IFTO, percebeu-se a grande diferença entre as instituições, pois os regentes de ensino são da área e o alunado passa por uma seleção para torna-se aluno. Estes critérios junto com a estrutura física da instituição são fatores bastante relevantes no processo de ensino e aprendizagem. Os estágios I e II deixaram claras as diferenças nas estruturas e políticas educacionais das instituições de ensino existente na região, esclarecendo que o profissional de ensino tem que estar habilitado a compreender as diferentes necessidades das escolas. Portanto, o profissional de ensino tem que elaborar suas atividades conforme a estrutura onde esteja atuando. Não é possível aplicar a mesma metodologia de ensino e aprendizagem em qualquer instituição.

Conclusões

Com a experiência adquirida nas atividades realizadas nas instituições de ensino público foi possível construir um pensamento crítico sobre suas diversas diferenças no processo de ensino e aprendizagem. A experiência conquistada tanto na observação quanto na regência no período dos estágios supervisionados I e II foi de grande importância e relevância. No momento em que foi possível utilizar de metodologias diferenciadas, pois tratavam-se de instituições assim como de discentes, que possuíam características educacionais distintas. Contribuindo diretamente para a minha formação profissional.

Agradecimentos

Referências

BURIOLLA, M. A, F. O estágio supervisionado. 6ª Edição. São Paulo: Cortez editora, 2010, 83 p.

TREVISAN, T. S.; MARTINS, P. L. O.; A prática pedagógica do professor de química: possibilidades e limites. UNI revista - Vol. 1, n° 2: (abril 2006). ISSN 1809-4651.

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