TRILHA QUÍMICA: TECNOLOGIA EDUCATIVA E APRENDIZAGEM.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Lopes, T.C. (IFPA) ; Nunes, I.C.D.N. (IFPA) ; Silva Filho, L.P. (IFPA) ; Gomes, C.G.B. (IFPA) ; Teixeira, A.F. (IFPA) ; Santos, L.R. (IFPA) ; Ferreira, D.A.G.F. (IFPA) ; Silva, F.A.B. (IFPA) ; Pereira, A.A.G. (IFPA) ; Maciel, M.S. (IFPA) ; Luz, P.T.S. (IFPA) ; Farias, M.S. (ESAMAZ) ; Santos, I.C. (IFPA)

Resumo

A tecnologia educativa lúdica “Trilha química” vem de forma dinâmica e atual buscar o melhor desenvolvimento didático. Consiste em uma trilha que contém perguntas sobre a química em geral e sobre vidrarias e laboratório, como todo lúdico vem facilitar na aprendizagem e dinamizar o processo de repasse de conhecimento. Desenvolvido no Projeto: “Contextualizando o Ensino de Química: Práticas e Metodologias Motivadoras nas Escolas Públicas de Ensino Médio no Pará” e aplicado aos alunos do 9º a 2º ano.

Palavras chaves

Tecnologia Educativa; Trilha Química; Lúdico

Introdução

A contextualização tem sido um dos grandes desafios que os professores tem enfrentado, principalmente na disciplina de química. A falta de preparo e até mesmo a comodidade de alguns educadores em inovar nas práticas metodológicas em sala de aula tem dificultado o processo de aprendizagem dos alunos, pois “os futuros professores tornam-se mais habituados à recepção de conhecimentos que ajudar a gerá-los” (Carvalho e Gil-Pérez, 1995, p. 69). No ensino de química tradicional os alunos são praticamente induzidos a repetir nomes, memorizar fórmulas e realizar cálculos e muitas vezes não conseguem associar tal assunto ao seu cotidiano, o que torna a química uma ciência abstrata. Nessa perspectiva os jogos podem atuar como instrumentos facilitadores para a compreensão de conceitos diversos, como afirmam os autores (Santana e Rezende, 2008) sobre as atividades lúdicas, “[...] são, também, instrumentos motivadores, atraentes e estimuladores do processo de ensino e aprendizagem e da construção do conhecimento”. Os jogos possuem a função de facilitar a compreensão dos conteúdos ministrados em sala de aula e também a fixação das práticas exercidas no laboratório. Foi desenvolvida a “Trilha Química” pelos monitores do Projeto: “Contextualizando o Ensino de Química: Práticas e Metodologias Motivadoras nas Escolas Públicas de Ensino Médio no Pará”, realizado no Instituto Federal do Pará, com os alunos de 9º ao 2º ano do Ensino Médio, das escolas públicas do Pará, que tem como objetivo melhorar desempenho dos alunos de escola pública nas Olimpíadas Regionais e Nacionais de Química, visando portanto, dar uma melhor oportunidade de aprendizado para esses alunos.

Material e métodos

O jogo didático foi planejado, montado e executado pelos monitores do curso de Licenciatura em Química do IFPA, junto aos coordenadores e supervisores do projeto, e aplicado com as turmas de 9º ao 2º ano do Ensino Médio que compõem as turmas do projeto, no primeiro semestre de 2014. O trabalho iniciou-se com as aulas teóricas, que foram ministradas utilizando como recurso o livro didático do projeto e data show; na segunda parte, os alunos foram levados ao laboratório para conhecer tanto as vidrarias como as próprias práticas laboratoriais (componente do conteúdo programático das Olimpíadas de Química). Para a execução do jogo, foram explicadas as regras. Por meio de um dado, as equipes poderiam avançar as casas de acordo com o número sorteado. Existiam três tipos de casas onde eles poderiam cair: As casas que continham um “Q”, eles responderiam uma pergunta de Química; As que continham vidrarias ilustradas, responderiam perguntas sobre laboratório; As casas com pontos de interrogação ”?” significavam que o aluno poderia escolher entre as duas modalidades de perguntas: de química ou de laboratório; E as casas “curingas” que tinham opções de voltar ou avançar. A equipe que acertasse a pergunta permaneceria na casa, caso contrário, voltaria de acordo com o número de casas definido na carta de cada pergunta. Os assuntos envolvidos no jogo foram de Conceitos Fundamentais até Tabela Periódica. A equipe que terminasse a trilha por primeiro, vencia a competição.

Resultado e discussão

O jogo vem criar um vinculo entre a diversão e aprendizagem, fazendo com que o processo ensino-aprendizagem aconteça de forma dinâmica e eficiente. Toda tecnologia educativa lúdica objetiva a ampliação do conhecimento, como objetivo principal teve-se a fixação do conteúdo e avaliação do entendimento de todo nosso primeiro semestre. Quanto mais participava é a aula, melhores são os resultados obtidos em testes e provas. Constatou-se esses resultados durante o decorrer de 3 anos de projeto, através da inserção de metodologias diferenciadas anos após anos obteve-se como retorno um melhoramento crescente das notas e consequentemente as colocações e premiações dos alunos da rede publica de ensino, uma vez que antes do projeto não tinham participação significativa nas Olimpíadas de Química. A cada 2 meses é um teste é feito para analisar o desenvolvimento gradual de todos, o primeiro teste foi efetuado antes e percebeu-se uma compreensão boa porém não como esperada. Contudo, após a “Trilha Química” foi notório o melhor desempenho em sala e no laboratório. O entendimento se deu de forma natural, fugindo a “regra” de que os conteúdos da área de exatas precisam ser memorizados através da repetição, porém essa é uma forma um tanto quanto antiga de se lecionar. Sendo assim pode-se afirmar que o lúdico é de uma grande valia para aprendizagem, devendo ser desenvolvido e aplicado de forma regular. Através deles desperta, o prazer e a curiosidade para o mundo químico, demonstrando sua importância cotidiana.

Alunos do Projeto jogando com a Trilha Química



Trilha Química



Conclusões

A partir da proposta de jogo, foi notável a melhora na compreensão dos conteúdos e também no interesse dos alunos pela disciplina e até mesmo pelo projeto em sim, pois como segue-se a proposta inicial: “Metodologias Motivadoras para o Ensino de Química” está se conseguindo mudar totalmente a visão antiga que esses alunos tinham sobre a química, melhorando também seu desempenho na própria escola, os tornando alunos de destaque em sala de aula.

Agradecimentos

CAPES, IFPA.

Referências

CARVALHO, A.M.P. e GIL-PÉREZ,D. Formação de professores de ciências. 2ª ed. São Paulo: Cortez,1995.
ALMEIDA, N.P. Educação lúdica: Técnicas e jogos pedagógicos. Edições Loyola, São Paulo, Brasil. 1974. 11ª Edição, 2003.

ALVES, Rosilda Maria. Atividades Lúdicas e Jogos no Ensino Fundamental, 2004.
DAMASCENO, H.C.; BRITO, M.S.; WARTHA, E.J. As representações mentais e a simbologia química. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química – XIV ENEQ, 2008. 12p.

ROQUE, N.F.; SILVA, J.L.P.B. A Linguagem Química e o Ensino da Química Orgânica. Química Nova, Vol. 31, N°4, 2008, p. 921-923

ROSA, M.I.F.P.S.; SCHNETZLER, R.P. Sobre a importância do conceito transformação química no processo de aquisição do conhecimento químico. Química Nova na Escola, n°8, 1998, p.31-35.

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