INTRODUÇÃO DE AULAS EXPERIMENTAIS NO ENSINO DE CINÉTICA QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Lima de Moraes, A. (UESPI) ; Pinheiro Paz, W.H. (UESPI) ; Alves Lima, F.C. (UESPI)

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido na U.E. Gabriel Ferreira visando mostrar a importância do uso de materiais simples no ensino de cinética química. A ausência de laboratório é recorrente na instituição, porém esse problema não se sustenta uma vez que as aulas práticas podem ser realizada na própria sala de aula. Após a explanação da teoria pelo professor foi proposto o desenvolvimento de atividades experimentais mostrando fatores que podem influenciar na velocidade das reações químicas, como temperatura, concentração, superfície de contato e presença de um catalizador. Após a demonstração dos experimentos os alunos manifestaram poucas dificuldades no que diz respeito a resolução das questões propostas pelo livro didático em relação ao conteúdo trabalhado.

Palavras chaves

EXPERIMENTOS ; ENSINO; QUÍMICA

Introdução

O trabalho experimental visa criar oportunidades para que os alunos explorem seus conhecimentos prévios, construídos formal ou informalmente, relacionem-nos com os conceitos que estão sendo estudados, e tenham a oportunidade de reconstrui-los e amplia-los (Hodson,1994; Gonzáles, 1992; Gil-Perez, Valdes- Castro, 1996). A importância do trabalho prático é inquestionável na ciência na Ciência e deveria ocupar lugar central no seu ensino (SMITH, 1975). A experimentação é uma estratégia de ensino que facilita o processo de aprendizagem, já que relaciona a teoria a pratica. Além de servir para a construção de conceitos e não para a comprovação dos mesmos contribui bastante para melhorar as aulas de química, tornando-as mais interessantes e atrativas, além de facilitar o processo de ensino-aprendizagem. A chamada Cinética Química estuda a velocidade que as reações químicas acontecem e os fatores que a influenciam. Podemos definir reações químicas como sendo um conjunto de fenômenos nos quais duas ou mais substâncias reagem entre si, dando origem a diferentes compostos. As reações químicas ocorrerem com velocidades diferentes e podem ser alteradas por alguns fatores, como: temperatura, concentração dos reagentes, superfície de contato e presença de catalisador. Levando em consideração o contexto abordado, o objetivo deste trabalho foi apresentar para alunos do segundo ano do ensino médio de uma Escola Estadual de Teresina com experimento simples de cinética química.

Material e métodos

Foram demonstrados quatro experimentos simples no estudo prático de cinética química de acordo com a figura 01 abaixo. Para analisar a influência da temperatura na velocidade de uma reação, utilizou-se água na temperatura ambiente, água quente e dois comprimidos antiácidos. No segundo experimento foi analisada a influência da concentração dos reagentes na rapidez da reação, para isso utilizou-se água oxigenada 10 e 30 volumes, iodeto de potássio e detergente. No terceiro experimento, no qual analisamos a influência da superfície de contato na velocidade de reações químicas, foi utilizado solução de sulfato de cobre II, onde adicionou-se prego e palha de aço para comparar a velocidade da reação em cada condição. Nessa terceira e última prática demonstrou-se o experimento e química clássica conhecido como “Pasta de dente de elefante” onde estudou-se a influência da presença de um catalizador através de uma reação simples entre iodeto de potássio e água oxigenada. A sala de aula dispunha de um total de 21 alunos e todos participarão interagindo das atividades propostas. Cada atividade experimental dispões em seu final questionários referente ao fator analisado, e após a demonstração das mesmas os alunos foram instigados a resolverem as questões sugeridas.

Resultado e discussão

Após os experimentos realizados podemos observar como ocorre o efeito de cada fator estudado e os alunos puderam ver na prática como cada um influi na velocidade da reação, além dos mesmos observarem atentos a explicação durante os experimentos realizados. Através do desenvolvimento deste trabalho foi possível observar e identificar as influências que o uso dessa estratégia de ensino tem na aprendizagem. Os experimentos tiveram ótima repercussão entre os alunos e as práticas se mostraram muito eficientes na proposta de elaboração conceitual para os diferentes momentos pedagógicos em que foram inseridos. Através do desempenho dos alunos, quando questionados sobre qual fator analisado durante cada experimento, podemos montar o gráfico 1 abaixo, onde é possível observar que os alunos conseguiram tornar mais contextualizado o conhecimento que tinham do assunto, pois através dos dados analisados a porcentagem de acerto é sempre maior que a porcentagem de erro. Esse fato serve também como incentivo para que professores do ensino de química adotem metodologias alternativas, nas quais os alunos sintam liberdade e tornem-se mais desinibidos para questionar e dialogar sobre os conteúdos da disciplina e consequentemente mudem sua concepção a respeito da mesma. Através das atividades experimentais e questionários propostas podemos observar que os alunos ali presentes apresentaram menor dificuldade em desenvolver as atividades sugeridas por seu livro didático bem como questionamentos sobre o ensino de cinética durante as avaliações realizadas.

Figura 1

Experimentos realizados

GRÁFICO 1

AVALIAÇÃO DOS EXPERIMENTOS DE CINÉTICA

Conclusões

As aulas experimentais foram realizadas com grande sucesso e satisfação na comparação com o conteúdo teórico, mostrando como podemos interferir na velocidade da reação em prol de nossos benefícios. Os resultados nas diferentes reações causaram grande interesse e curiosidades as quais foram sendo sanadas no decorrer dos experimentos, proporcionando relação das formas mais complexas do pensamento e as concepções do cotidiano dos alunos. Após a aplicação dos experimentos os alunos tiveram dificuldades menores em relação as atividades propostas no livro didático.

Agradecimentos

UESPI;PIBID-UESPI; CAPES

Referências

CARVALHO, A.M.P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 1995.
SMITH, K.A. Experimentação nas Aulas de Ciências. In: CARVALHO, A.M.P.; VANNUCCHI, A.I.; BARROS, M.A.; GONÇALVES, M.E.R.; REY, R.C. Ciências no Ensino Fundamental: O conhecimento físico. 1 ed. São Paulo: Editora Scipione, 1998. p. 22-23.

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