CONCEPÇÕES DOS DISCENTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE LIXO ELETRÔNICO COMO EIXO DIDÁTICO NO ENSINO DE QUÍMCIA

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Anacleton, O. (UFCG) ; Moura Silva, J. (UFCG) ; Leal de Morais Sales, L. (UFCG) ; Estrela dos Santos, J. (UFCG) ; Antonio Portela da Cunha, F. (UFCG) ; Wanderley, A. (UFCG)

Resumo

O objetivo deste trabalho é compreender a concepção dos alunos do ensino médio a respeito do lixo eletrônico, confrontando com o ensino de química para motivar os discentes. Realizado em duas escolas estaduais nos municípios de cajazeiras - PB e Ipaumirim-CE envolvendo 42 estudantes, os quais foram submetidos a entrevistas semi estruturadas para coletar os dados e assim, possibilitar realizar análises que posteriormente serviram de base para o desenvolvimento desta pesquisa. Com os resultados observou-se a falta de um conhecimento mais aprofundado sobre o e-lixo, pois 71,4 % dos discentes não souberam indicar um destino final para esses resíduos e a necessidade das aulas práticas como auxilio na compreensão dos conteúdos de química.

Palavras chaves

Lixo eletrônico; Ensino de Química; Concepções dos discentes

Introdução

O Lixo eletroeletrônico de modo geral são resíduos sólidos, o qual os metais pesados fazem parte de sua constituição química, segundo Martins (2013) produtos como pilhas, eletrodomésticos, cassetes, brinquedos eletrônicos, equipamentos de informática (compu¬tadores, notebook) telecomunicações, de microin¬formática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVDs, lâmpadas fluorescentes são alguns dos exemplos. Esses aparelhos descartados de forma aleatória, sem se preocupar qual seu destino correto, podem causa inúmeros danos ambientais que facilmente poderá ser refletido na saúde publica. Com isso surge à necessidade de gerenciar esse lixo e como descartá-lo, no Brasil apenas em 2010 foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio da lei (12.305/10), o qual se posicionou como o mercado emergente que mais gerou lixo eletrônico por pessoa no ano de 2010. Problemas desta natureza devem ser abordados nos mais diferentes níveis educacionais, por meio da interdisciplinaridade e usados como temas transversais, pois envolve questões desde as ciências humanas até as exatas, segundo Bernardes (2010) os temas transversais se difundem como conteúdos educativos e eixos norteadores escolares, que não se delimitam a nenhuma matéria específica, mas comum a todas elas. No âmbito do ensino de química, quando os alunos demonstram-se desinteressados por certos temas curriculares, os quais não conseguem absorver conhecimento, tornando incapazes de associar com sua realidade, isto indica que este ensino está sendo feito de forma descontextualizada e não interdisciplinar afirma Nunes (2010). O objetivo deste trabalho é avaliar a concepção dos alunos do ensino médio regular, das escolas estaduais em Cajazeiras - PB e Ipaumirim – CE, por meio de entrevistas semi estruturadas.

Material e métodos

O referente trabalho ocorreu em três etapas, no primeiro momento foi feito um levantamento de dados bibliográficos sobre o tema, que segundo Carvalho (2004), a pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para a construção efetiva da investigação o qual ajuda na escolha do método mais adequado e permite um conhecimento mais aberto sobre determinado assunto resultando também na legitimidade do trabalho. Na segunda etapa foi utilizada como ferramenta de pesquisa a aplicação de questionários, onde Gil (1999) define como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito ás pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc. Ainda segundo Gil (1999) uma das vantagens do uso deste instrumento é a não exposição dos pesquisados à influencia das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado. Isso permitiu que os alunos não se entusiasmassem com fatores externos e assim foi possível que eles respondessem de acordo com sua própria realidade sobre as questões abordadas neste trabalho. Na ultima etapa foi possível analisar os dados obtidos com caráter qualitativo para que essas informações fossem relacionadas com a teoria, por meio das respostas dos alunos do segundo ano do ensino médio das escolas E.E.F.M. Dom Francisco de Assis Pires no Ceará e E.E.E.F.M. Profº. Manoel Mangueira Lima na Paraíba, totalizando 42 estudantes, numa faixa etária entre 15 a 17 anos, sem distinção social e a partir dai conhecer o real concepção destes sobre o tema.

Resultado e discussão

A análise dos resultados proporciona o entendimento das concepções dos discentes sendo possível perceber que a maioria dos alunos possui algum conhecimento sobre lixo eletrônico, apesar de não terem uma noção aprofundada, eles compreendem que esse lixo é proveniente de materiais eletrônicos, onde 76,2 % dos alunos disseram saber o seu significado e 23,8 % desconhecem a respeito. É evidente a falta de interesse pelo assunto por parte dos estudantes, visto que de acordo com a Figura 1 mais de 70% dos alunos tem acesso diariamente com os meios de informação, sejam eles, jornais, revistas e etc.A Figura 1 mostra que a falta de conhecimento sobre determinados temas não é por escassez de acesso aos meios de comunicação, pois se observa que quase todos têm certa frequência no uso desses recursos tecnológicos de informação. As pilhas e baterias mesmo sendo um equipamento com o qual os alunos têm contato praticamente diário, não se percebe a curiosidade a respeito da constituição da composição destes dispositivos de acordo com a Figura 2, Consequentemente desconhecem os malefícios que podem provocar caso sejam mal manipulado.A Figura 2 mostra que cerca de 71,4 % dos entrevistados não conhecem a constituição desses aparelhos de energia portátil, apenas 11,9 % diz saber e 16,7 % não responderam, confirmando um certo desinteresse pelo tema abordado. É importante a concepção dos alunos sobre lixo eletrônico e a composição das pilhas e baterias.

Figura 1



Figura 2



Conclusões

Há uma necessidade de entendimento mais profundo quando se trata dos aspectos relacionados ao lixo eletrônico, pois os alunos têm apenas uma noção carente do que sejam esses resíduos, grande parte desconhece o destino final do lixo da sua própria casa e não tem um senso crítico de opinarem a respeito de quais opções eles dispõem para que o lixo eletrônico pudesse ter um reaproveitamento e citam aleatoriamente apenas a reutilização. Isso não esta relacionado às dificuldades de acesso a informação, porque a grande maioria tem contatos diários com esses meios de comunicação, porém não utilizam os

Agradecimentos

Referências

BERNARDES, Maria Beatriz; PRIETO, Élisson Cesar. Educação ambiental: Disciplina Versus Tema Transversal. Revista Eletrônica de Mestrado em Educação Ambiental. ISSN 1517-1256, v. 24, janeiro a julho de 2010.

CARVALHO, D. ; SARTORATO, E. ; FERNANDA, H.; CARNEIRO, R. Pesquisa Bibliográfica: Trabalho acadêmico dos alunos de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Goiás, 2004. Disponível em: <http://pesquisabibliografica.blogspot.com.br/2004/06/introduo.html>. Acesso em: 29 maio. 2014.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. ISBN 85-224-2270-2

MARTINS Carvalho, M.B.; SOUSA Lima, K.N.; NASCIMENTO Alves, J.D.; SIQUEIRA Neto, E.; ALVES A.E. Impactos Ambientais Causados Pelo Descarte Inadequado De Pilhas e Baterias Na Concepção De Alunos Do Ensino Médio. In: 10° Simpósio Brasileiro de Educação Química. 2012. Teresina-PI

NUNES, A. S. ;ADORNI, D.S . O ensino de química nas escolas da rede pública de ensino fundamental e médio do município de Itapetinga-BA: O olhar dos alunos. In: Encontro Dialógico Transdisciplinar - Enditrans, 2010, Vitória da Conquista, BA.

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