ESTUDO FITOQUIMICO DE EUGENIA DYSENTERICA DC. NA BUSCA DE FUTUROS MEDICAMENTOS PARA DOENÇA DE ALZHEIMER

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Produtos Naturais

Autores

dos Reis Barbosa, A. (UFPI) ; Mendes Feitosa, C. (UFPI) ; Mendes de Freitas, R. (UFPI)

Resumo

O presente trabalho identificou os principais constituintes do óleo essencial de Eugenia dysenterica, a sua capacidade anticolinesterásica e o potencial antioxidante contra a formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), radical hidroxila e produção de óxido nítrico. Com base na análise por CG/EM identificou no óleo essencial da cagaita 06 constituintes, sendo que, o constituinte majoritário foi o óxido de cariofileno com 66,37%. Com base no ensaio de Ellman o óleo essencial de Eugenia dysenterica capaz de inibir a enzima acetilcolinesterase com um valor de IC50 de 0,916 ug/mL com p <0,05. Nas concentrações de 0,9, 1,8, 3,6, 5,4 e 7,2 µg/mL foi observado que óleo essencial de Eugenia dysenterica preveniu a peroxidação lipidica, inibindo a quantidade de TBARS formado,

Palavras chaves

Eugenia dysenterica; antioxidante; anticolineterásica

Introdução

A busca por características exóticas e pela presença substâncias que previnam doenças degenerativas por parte dos consumidores representam um possibilidade de pequenos produtores terem acesso a mercados especializados. A doença de Alzheimer (DA) afeta aproximadamente 10% de idosos acima de 65 anos e é uma das formas bastante comum de demência.A DA é caracterizada por uma deficiência neuroquímica relacionada na neurotransmissor colinérgica, afetando de modo singular os neurônios colinérgicos no prosencéfalo basal . Existem evidências de que radicais livres (espécies orgânicas ou inorgânicas, que contêm elétrons desemparelhados e são muito reativos) podem ser responsabilizados por danos a biomoléculas tais como: lipídios, proteínas e ácidos nucleicos em células fato que pode provocar anomalias fisiológicas e/ou patológicas. Neste contexto realizou-se a analise antioxidante e anticolinesterásica do óleo essencial da espécie cagaita (Eugenia dysenterica) visto que há relatos de algumas atividades para esse gênero que encontram-se relacionadas com o tratamento da doença.

Material e métodos

A partir da reação de Fenton foi quantificada a formação de OH• (radical hidroxila) utilizando degradação oxidativa do açucar 2-desoxirribose19. O princípio do ensaio é a quantificação do produto de degradação de 2- desoxirribose, malondialdeído (MDA), por sua condensação com TBA. Reações típicas foram iniciados pela adição de Fe2+ (concentração final FeSO4 6 mM) para soluções contendo 5 mM de 2-desoxirribose, 100 mM de H2O2 e 20 mM de tampão fosfato (pH 7,4). Para medir a atividade antioxidante da ApG contra o radical hidroxila, diferentes concentrações do óleo essencial de AChE (0,9 – 1,8 – 3,6 – 5,4 – 7,2 µg/mL) foram adicionados ao sistema antes da adição Fe2+. As reações foram realizadas por 15 min em temperatura ambiente e foram estacionadas pela adição de ácido fosfórico a 4% (v/v) seguido por TBA 1% (w/v, em 50 mM NaOH). Soluções foram aquecidos em banho maria por 15 min a 95 °C, e depois resfriado à temperatura ambiente. A absorbância foi medida em 532 nm e os resultados foram expressos como equivalentes do MDA formada por Fe2+ e H2O2.

Resultado e discussão

Com base na análise por CG/EM identificou-se no óleo essencial da cagaita 06 constituintes . O constituinte majoritário foi óxido de cariofileno com 66,37% da amostra, que teve sua abundância relativa determinada pela integração dos picos na cromatograma de íons totais (TIC). O teor total do óleo analisado foi de 80,67%. A atividade anticolinesterásica de óleo essencial de folhas de "Eugenia dysenterica" foi avaliada pelo método descrito anteriormente, sendo capaz de inibir a enzima acetilcolinesterase(AChE) com um valor de IC50 de 0,916 ug/mL com p<0,05. Em um outro estudo, o óleo essencial de "Eugenia Sulcata",apresentou monoterpenos já conhecidos por sua atividade anticolinesterásica, e obteve uma capacidade inibitória para a enzima AChE um valor de IC50 de ± 0,48 ug/mL. Portanto, o óleo essencial de "Eugenia Sulcata" possui uma atividade de inibição da enzima AChE relativamente mais significante ao encontrado para o óleo essencial de "Eugenia dysenterica". O OH é o radical mais tóxico conhecida, uma vez que pode oxidar de forma não específica de todas as classes de macromoléculas biológicas incluindo lipídios, proteínas e ácidos nucleicos com taxas praticamente limitada de difusão. Portanto,OH pode resultar em danos oxidativos que dá origem a várias doenças, incluindo a artrite, aterosclerose, cirrose, diabetes, câncer, doença de Alzheimer, enfisema e envelhecimento. Neste procedimento o OH gerada a partir de uma reação de "Fenton" com desoxirribose, produz o malondialdeído(MDA) e substâncias semelhantes, sendo quantificadas. Após os testes antioxidantes, in vitro, foi possível observar em todas as concentrações testadas 0,9; 1,8; 3,6; 5,4 e 7,2 µg/ml a capacidade de remoção do radical hidroxila respectivamente em 73;46;69,9;45,09;52,65 e 58,1%.

Atividade sequestrante contra o radical hidroxila

Efeitos do óleo na remoção de radical hidroxila. O Ácido Ascórbico 140µg/ml foi usado como padrão antioxidante.

Composição química do OEC

: índice de retenção determinado em uma coluna DB- 5MS com comparação ao tempo de retenção de uma série de n-alcanos.

Conclusões

O óleo essencial de Eugenia Dysentericaa apresenta atividade antioxidante e anticolinesterásica satisfatórias in vitro, o que é motivador para ensaios in vivo com o óxido de cariofileno, por ser o composto majoritário.

Agradecimentos

CNPq e CAPES. ______________

Referências

1-Alves, R. E., Brito, E. A., Rufino, M. S. M., & Sampaio, C. G.
Antioxidant activitymeasurement in tropical fruits: A case study with
acerola. Acta Horticulturae,773, 299–305, 2008.
2 Coyle JT, Price DL, DeLong MR. Alzheimer’s disease: a disorder of
cholinergic innervation. Science 1983;219:1184-1190.
3 Leong, L. P., & Shui, G.. An investigation of antioxidante capacity of
fruits in Singapore markets. Food Chemistry, 76, 69–75, 2002.
4 - ELLMAN, GL, COURTNEY, DK, ANDRES, VJR. and
FEATHERSTONE, RM. A new and rapid colorimetric determination of
acetylcholinesterase activity. Biochemical Pharmacology, vol. 7, p. 88-
95, 1961.

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