Análise do potencial antioxidante da espécie Rosmarinus officinalis

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Produtos Naturais

Autores

Cunha, A.L. (UNEAL) ; Farias, J.C.B. (UNEAL) ; Moura, K.S. (UNEAL) ; Santos, A.F. (UNEAL)

Resumo

Na atualidade, no setor científico, a análise da atividade antioxidante de espécies naturais vem merecendo destaque pelo seu potencial de inibir o efeito das espécies reativas e consequentemente o estresse oxidativo, responsáveis pelo desenvolvimento de muitas patologias. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de inibição da espécie Rosmarinus officinalis, conhecida popularmente como alecrim, frente aos radicais. A análise da capacidade do alecrim em retardar o efeito dos radicais foi realizada por meio do método quantitativo e qualitativo DPPH, além da determinação dos compostos fenólicos pelo método Folin-Cicalteau. Com o extrato etanólico foi realizado, também, o teste de triagem fitoquímica. E assim verificou-se a capacidade antioxidante do alecrim.

Palavras chaves

Antioxidante; Radicais; Estresse oxidativo

Introdução

Desde a Idade Média a humanidade passou a utilizar as ervas para fins medicinais e como condimento. E é de forma medicinal, principalmente, que esse costume mantém-se enraizado na sociedade. De forma informal e ao mesmo tempo “experimental” a população identificava o efeito biológico de algumas plantas. Com isso, a busca pela comprovação científica de diferentes amostras vegetais vem intensificando cada vez mais, para que assim venha verificar-se o efeito das plantas frente a radicais livres e consequentemente o seu potencial em inibir o estresse oxidativo. A partir do século XIX e início do século XX a sociedade científica inclina seus olhares para o desenvolvimento experimental, evidenciando para o corpo humano e o desenvolvimento de doenças no organismo humano. Com a prática experimental o conhecimento popular é ignorado pela sociedade, especificamente a científica. Somente nos anos 80 e 90 do século XX, é que o efeito terapêutico das plantas é enfatizado e inserido no meio científico. (ALVIM et al., 2006) Com a valorização da cultura popular, referente ao uso de plantas como medicamento, surgi a necessidade de comprovar-se cientificamente o efeito biológico das plantas no corpo humano, ou seja, a ação destas amostras vegetais no combate aos radicais livres; os quais desenvolvem (no organismo humano) o estresse oxidativo (reação em cadeia). O estresse oxidativo tem como consequência o desenvolvimento de patologias que desafiam a medicina. (VIEIRA et al., 2005) Deste modo, através deste trabalho é possível demonstrar (pelos testes realizados) que a espécie Rosmarinus officinalis (conhecida como alecrim) é capaz de inibir o efeito dos radicais, além da existência de metabolitos secundários. E assim podendo comprovar o que o conhecimento popular afirma.

Material e métodos

O extrato foi preparado pelo processo de maceração em etanol, com posterior remoção do solvente por rota- evaporação. Após o preparo do extrato foi realizado o teste quantitativo, nas concentrações de 50µg/mL a 250µg/mL, e o teste qualitativo pelo método DPPH. Para avaliar a atividade captadora de radical livre, a porcentagem de inibição foi baseada na equação: % de inibição = [(absorbância do controle – absorbância da amostra) /absorbância do controle] x 100. Os valores de AAO% foram relacionados utilizando o programa “Excel for Windows”, obtendo-se, para a planta, a equação da reta. E para calcular o CE50 foi realizado resolução desta equação (substituindo o valor de Y por 50) que resultou no valor de CE50, que é a concentração necessária para produzir metade (50%) de um efeito máximo estimado em 100% para o extrato da planta (Alencar, 2007). Além do método de DPPH foi identificado a quantidade de compostos fenólicos pelo método Folin-Cioalteau e para verificar os metabolitos secundários realizou-se o teste de triagem fitoquímica.

Resultado e discussão

Através do método de DPPH o extrato apresentou um percentual de atividade antioxidante de 27,25% na menor concentração (50µg/mL) e na maior concentração (250µg/mL) atingiu um percentual de 93,63%; através do mesmo método verificou-se um CE 50 de 110,09. Por meio do método do Folin-Ciocateau determinou-se 0,1324mg equivalentes de ácido gálico no extrato do alecrim. Com a realização da triagem fitoquímica, foi possível identificar alguns metabólitos secundários: taninos pirogálicos, catequinas, esteroides e saponinas.

Conclusões

Através dos testes realizados foi possível identificar a capacidade do extrato do alecrim inibir o efeito do radical livre, além de determinar alguns metabólitos secundários; para assim evidenciar o efeito biológico do alecrim contra algumas patologias, desenvolvidas no organismo humano.

Agradecimentos

CNPq, FAPEAL, GRUPEQ.

Referências

ALVIM, N. A. T.; FERREIRA, M. A.; CABRAL, I. E.; FILHO, A. J. A. O uso de plantas medicinais como recurso terapêutico: Das influências da formação profissional às implicações éticas e legais de sua aplicabilidade como extensão da prática de cuidar realizada pela enfermeira. Rev. Latino-am Enfermagem, vol. 14, nº 3, 2006.
VIEIRA, M.G.S.; MAGALHÃES, D.V.; NETO, J. S. M.; BRASIL, N. V. G. P. Estudo fitoquímico e atividade antioxidante dos extratos de plantas do Parque Botânico do Ceará. 57ª Reunião Anual da SBPC, 2005.

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