Sabonete Repelente sintetizado a partir de óleo de fritura usado

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

FEPROQUIM - Feira de Projetos de Química

Autores

Campos, D. (IFMT- BELA VISTA) ; Bispo, S. (IFMT- BELA VISTA) ; Alvarenga, J. (IFMT- BELA VISTA) ; Pereira, O. (IFMT - BELA VISTA)

Resumo

Existem Inúmeros repelentes no mercado que na maioria das vezes deixa a desejar no quesito sustentabilidade ambiental e eficiência. O corpo se protege com o que tem, ou seja, pele e mucosas, o que não é o suficiente, obrigando-nos a tomar precauções. Usamos esses produtos duvidosos: sabonetes que se dizem bactericidas e na verdade são um golpe, repelentes uteis só pra alguns tipos de insetos ou simplesmente não agradam e Plantas que repelem um número maior dos mesmos se plantadas, porém, uteis em um só local. O projeto, adiciona essas vantagens a um sabonete feito com óleos essenciais de Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), citronela (Cymbopognon) e Neem (Azadirachta indica) permitindo no corpo efeitos de três plantas que repelem juntas um grande número de insetos, bactérias e fungos.

Palavras chaves

Repelente ; Óleo de fritura; Sabonete

Introdução

Doenças transmitidas por mosquitos são hoje comuns, a mais comentada é a febre viral da dengue que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti cuja a doença atinge cerca de 50 milhões de pessoas por ano (ANDRADE, 2008). O sabonete oferece a vantagem de limpar a pele. Pode servir para nutri-la e protegê-la, como hidratante, antibactericida, antimicrobiano ou outros propósitos. Outro importante papel que ele pode desempenhar é como um repelente de insetos. A planta nim (Azadirachta indica) da família das Meliácea possui benefícios medicinais, sua folha, que é solúvel em água, age como antissépticos, curativos, antiúlcera, anti-inflamatória, hepatoprotetora e hipolipidêmica. O extrato da folha pode ser utilizada em creme dental, pois reduz placas bacteriana, ajuda no tratamento de gengivites e periodontites. Para uso em sabonetes e em ambientes o nim é um repelente natural que combate à malária, dengue e o protozoário Trypanosoma cruzi, vetor da doença de chagas. O óleo essencial do cravo-da-índia possui propriedades antissépticas, aperientes, bactericidas, digestivas, excitantes, repelente de insetos, sudoríficos, tônico estomáquico e tônico estimulante. O efeito repelente possui uma grande importância, evitando surgir algumas doenças e irritações da pele. O óleo essencial de citronela, extraído das folhas e caules de diferentes espécies de Cymbopogon, rico em geraniol, citronelol e citronelal, utilizados na fabricação de velas, cremes e loções. E é repelente natural. Baseado nas informações e realçando as propriedades repelentes dessas plantas, o projeto visa o uso de óleo essencial de cravo (Syzygium aromaticum), nim (Azadirachta indica) e citronela (Cymbopognon) para a produção de um sabonete sólido repelente, com óleo de fritura usado.

Material e métodos

Para a extração dos óleos essenciais de cravo e nim foram feitos através de extração Soxhlet utilizando 60 gramas de cada amostra e 300 mL de hexano como solvente. A chapa de aquecimento começou em 50°C, ocorrendo 7 refluxos durante o processo de extração, até que o solvente (Hexano) ficou transparente. Logo após foram separados a solução resultante em pequenas quantidades separadas em cápsulas de porcelana e levadas a estufa, que ficou a 40 graus durante dois dias até que só sobrasse o óleo. O óleo de citronela foi adquirido comercialmente. O sabonetes foram confeccionado com primeiramente derretimento da 40 gramas de glicerina que foi colocado em banho-maria em uma panela esmaltada, até ficar completamente derretida. Enquanto isso foi preparada uma solução contendo 3,0 ml de cada óleo essencial, 9,0 ml de lauril; 9,0 ml de fixador; 9,0 ml de água e 9,0 ml de óleo usado de cozinha, dentro de um béquer. Com a glicerina completamente derretida a solução foi misturada a ela até obter uma massa bastante homogênea. A massa foi colocada em formas para secar e após 24h desenformado e medido o pH. A medição de pH foi com a técnica Adolfo Lutz (1985), em 10g da amostra diluída em água destilada.

Resultado e discussão

No estudo de utilização de óleo de cozinha para fabricação de sabonete caseiro obteve resultado satisfatório sem o uso de soda cáustica. Conforme Adolfo Lutz (1985), o pH ideal deve estar entre pH é 6 a 8. Neste estudo, o pH foi de 6,9. O potencial de hidrogênio (pH) dos sabões caseiros varia de acordo com o modelo fabricado e o uso repetido de determinados tipos de sabões como agente de limpeza para a higiene pessoal, pode vir a causar danos à pele do corpo (VOLOCHTCHUK et al., 2000). As primeiras observações realizadas são testes organolépticos e de remoção de sujidades com várias pessoas e se mostraram eficiente para ambos os casos. Foi feito uma distribuição do sabonete repelente com o intuito de questionar um numero de 15 pessoas sobre os efeitos colaterais na pele e a eficácia do produto. De acordo com os resultados, 14 dos 15 questionados mostraram-se satisfeitos e não relataram efeitos colaterais, no entanto, 1 dos 15 participantes da pesquisa teve problemas de habituação com o odor que persistia por dois dias. Além da pesquisa em massa, foi se testado em um dos autores, o efeito repelente do produto, expondo-o a um meio com insetos (moscas e pernilongos), e de acordo com o esperado, o sabonete repelente mostrou-se eficaz.

Conclusões

Observou-se que ao ser produzido o sabonete a partir dos óleos essenciais do nim, cravo-da-índia e citronela, os aspectos e características importantes continuarão após a produção do mesmo, e não dispersavam com o tempo ou uso, e seu aroma e demais propriedades repelentes se anexarão na pele, e durarão até 2 dias, diminuindo o efeito repelente dê gradativamente durante o período, o que perpetuou foi o seu aroma, se destacando o do cravo-da-índia, a espuma e consistência se igualam aos sabonetes de mercado.Conclui-se então a eficácia do sabonete repelente contra insetos,fungos e bactéria

Agradecimentos

Primeiramente a Deus e depois ao CBQ por mais essa oportunidade de mostrar o nosso trabalho.

Referências

ANDRADE C.F.S. 2008. Repelentes de Mosquitos – Base Técnica para Avaliação. UNICAMP, Inst. de Biolo¬gia, Dep. de Zoologia. Site Ecologia Aplicada, 9pp.
ARAKAKI, A. H.; CUNHA, F. D. C. W.; DALSOTO, K. D. C.; CANDIL, R.F.M. Educação ambiental reciclagem de óleo de fritura. Revista Nutrição em Pauta, São Paulo-SP, ano 18, n.103, julho/agosto, p.47-51. 2010

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo: IMESP, 1985. p. 27.

VOLOCHTCHUK, O. M. et.al. Variações do pH dos sabonetes e indicações para sua utilização na pele nor¬mal e pele doente. Investigação clínica e terapêutica, Rio de Janeiro, 2000.

WOLFFENBUTTEL, Adriana Nunes. Óleos essenciais. Informativo CRQ-V, ano XI, n.º105, págs. 06 e 07 novembro / dezembro/2007.

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