ANALISE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE BEBEDOUROS DAS ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE COXIM - MS

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Química Analítica

Autores

Freitas Henrique, A. (IFMS) ; de Oliveira Ferreira, J. (IFMS) ; Rodrigues de Oliveira, H. (IFMS)

Resumo

A água é um recurso natural mais importante para a vida do planeta, é utilizada diariamente para o consumo, nas indústrias, entre outras finalidades. Mas pode trazer sérios riscos à saúde humana caso esteja comprometida a sua qualidade. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os parâmetros físico-químico e microbiológico da água de bebedouros das escolas no município de Coxim-MS. Os parâmetros analisados foram: pH, OD, Cloretos, Dureza Total, Ferro, C.E, Acidez, Cor Aparente, Turbidez, Coliformes Totais e Termotolerantes. Os resultados obtidos das análises revelaram que todas as amostras estão dentro do padrão para os parâmetros turbidez, cloretos, ferro, dureza total, cor aparente, coliformes totais e termotolerantes. Entretanto somente o pH da escola C ficou abaixo do permitido.

Palavras chaves

água; escola; análise

Introdução

A água é um recurso natural, um nutriente básico do corpo humano e é indispensável para o planeta, sendo o constituinte mais abundante da matéria viva (SANTOS, 2013). Ela é necessária para suprir todas exigências do mundo, e provém de mananciais superficiais e subterrâneos (AMARAL, 2007). A água destinada ao consumo humano deve estar isenta de qualquer tipo de contaminação, pois a mesma é um fator imprescindível a manutenção da saúde humana (MONDINI, 2012). A portaria n° 2914 de 12 dezembro de 2011, do Ministério da Saúde que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para o consumo humano e seu padrão de potabilidade (BRASIL,2004). É importante manter a água para o consumo sempre tratada e livre de quaisquer fatores que causam risco a saúde, pois caso a mesma esteja contaminada, ela será considerada impropria para o consumo. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo analisar a qualidade físico-química e microbiológica da água de bebedouros das escolas no município de Coxim-MS.

Material e métodos

Foram realizadas análises físico-química e microbiológica da água dos bebedouros das escolas do ensino fundamental e médio no município de Coxim- MS. Os parâmetros físico-químicos analisados foram, pH, cor aparente, turbidez, oxigênio dissolvido (OD), condutividade elétrica (C.E), cloreto, ferro, acidez e dureza total, os microbiológicos foram, os coliformes totais e coliformes termotolerantes, ambos foram analisados de acordo com o método descito pela FUNASA, 2009. As coletas foram realizadas na segunda semana de abril de 2015. Para a realização das análises de dureza total, quantidade de cloretos e acidez foram feitas uma titulação potenciométrica, utilizando um aparelho titulador potenciométrico Titrino Plus 848, Metrohn. Para o pH utilizou-se um pHmetro mPA210, MS Tecnopon, para analisar o OD utilizou-se um medidor de oxigênio dissolvido MO-900 da Instrutherm, para a cor aparente utilizou-se um aparelho medidor de cor microprocessado DM-COR, Digimed, para analisar a turbidez utilizou-se um turbidímetro AP 2000 da Policontrol, para análise de C.E utilizou-se um condutivímetro Module 856, Metrohm e para o ferro total foi quantificado pelo método NBR 13934; 1997 - Água - Determinação de ferro - Método colorimétrico da ortofenantrolina, utilizando o espectrofotômetro uv/vis.

Resultado e discussão

Comparou-se os resultados encontrados nas análises físico-química e microbiológica com padrões estabelecidos pela portaria n° 2914 de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, porém, a portaria não estabelece valores permitidos para os parâmetros oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e acidez total. Como mostra na tabela 1, os resultados obtidos nas análises físico-química para os parâmetros cor aparente, turbidez, dureza total, ferro total e cloretos mostraram que todas escolas atenderam o padrão estabelecido pela portaria n° 2914/11 do Ministério da Saúde. Os resultados encontrados para o pH mostraram que somente a escola C apresentou um valor de pH 5,89, ficando um pouco abaixo do permitido, porém não sendo tão prejudicial à saúde, já as outras escolas estão dentro do padrão aceitável para o consumo. Em relação ao parâmetro microbiológico, tanto para coliformes totais, quanto para coliformes termotolerantes, o resultado das amostras das escolas deram negativo, ou seja, estando livre de qualquer tipo de contaminação, como mostra na tabela 2.







Conclusões

Neste trabalho foram realizadas análises físico-química e microbiológica da água de bebedouros das escolas no município de Coxim-MS e o resultado para os parâmetros físico-químico analisados mostraram que somente o pH da escola C ficou abaixo do permitido, não sendo prejudicial à saúde humana. Em relação aos microbiológicos, todas as amostras apresentaram resultados negativos, tanto para coliformes totais, quanto para coliformes termotolerantes. Os resultados obtidos nas análises realizadas no mês de abril de 2015, mostram que a água dos bebedouros das escolas são de boa qualidade.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Campus-Coxim.

Referências

AMARAL, A, L, P. Microrganismo indicadores de qualidade de água. 2007, 40f. Monografia (Pós-graduação em microbiologia) Instituto de Ciências Biológica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte – MG.
BRASIL, Portaria n° 2914 de 12 de Dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília: Ministério da Saúde – 2011.
FUNASA; Manual prático de análise de água, MISTÉRIO DA SAÚDE, Brasília, 2009.
MONDINI, J; PONTES, E, A; LUCIO, L, C; MOLINARI, L, M. Analise físico-química e microbiológica da água in natura de uma mina do município de Kaloré, PR. In: VI Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica, 2012. Maringá – PR: Anais Eletrônico. Maringá – PR: CESUMAR, 2012.
SANTOS, R, S; MOHR, T. Saúde e Qualidade da Água: Análises microbiológicas e físico-químicas em águas subterrâneas. Revista Contexto & Saúde, Ijuí, vol. 13, n. 24, p. 46-53, Jan./Jun., 2013.

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