Determinação do Teor de Ácido Ascórbico nas Polpas das Frutas Goji Berry e Acerola

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Química Analítica

Autores

Oliveira, N.P.M. (IFRN) ; Oliveira, M.A.C. (IFRN) ; Bezerra, D.P. (IFRN) ; Souza, W.W. (IFRN) ; Sena, J.A. (IFRN) ; Juliane Lira, T. (IFRN)

Resumo

As análises quantitativas objetivaram-se em determinar o teor de ácido ascóbico em duas diferentes espécies de frutos considerados ricas em vitamina C; as populares frutas bagas de goji, nativas de regiões da China, Tibete e Mangólia; e a acerola fruta tropical brasileira. Foi utilizadas análises titulometricas para determinação do teor de ácido ascóbico e feito dados comparativos das duas diferentes espécie do fruto, juntamente com os valores nutricionais descrito nas embalagens do produto.

Palavras chaves

Acerola; Goji Berry; Vitamina C

Introdução

A vitamina C ou, simplesmente, ácido ascórbico (AA) é vitamina hidrossolúvel e termolábil. Os seres humanos e outros primatas, bem como o cobaio, são os únicos mamíferos incapazes de sintetizar o AA. Neles, a deficiência, geneti-camente determinada, da gulonolactona oxidase impede a síntese do ácido L-ascórbico a partir da glicose. Segundo Fiorucci et. al. (2002), a ingestão do ácido ascóbico deve ser equivalente a quantidade excretada ou distribuída por oxidação. Um adulto com ótima saúde perde em média de 3% a 4% de reserva corporal diária, para manter uma reserva em média de 1500mg ou mais é necessário a ingestão de 60 a 100 mg ao dia de vitamina C. Com o intuito de determinar o teor do AA, foi estuda a fruta Lycium barbarum (goji berryn), na imagem 1, fruta seca avermelhada semelhante a uva passas e possui sabor adocicado. Segundo foi a Malpighia emarginata (acerola) na imagem 2, fruta tropical de porte pequeno, avermelhada de sabor acidificado.

Material e métodos

As análises foram desenvolvidas pelo método titulométricas para se obter resultados quantitativos. Padronização, 10 mL da solução de tiussulfato 0,1M solução titulante de iodo 0,03 mol/L e 1mL de amido de milho 1%. Iniciando as análises como os frutos, foram utilizados 20 g das amostras tanto do goji como da acerola para 100 mL de água destilada; para preparação do suco das frutas, foram diluído exatamente 10 mL de cada amostra em erlemneyer com 5 mL de amido de milho 1% usado como indicador e titulado com a solução de iodo 0,03 mol/L. A parte superior do erlenmeyer foi coberta com papel, ficando uma pequena abertura somente para que possa titular, procedimento para evitar que a vitamina se oxidasse rapidamente, o ponto de viragem foi identificado por uma cor esverdeada. As análises foram feitas em duplicatas e os valores gastos na titulação foram postos em tabelas para dados comparativos descrito nos rótulos sobre informações nutricionais. Para determinar o teor de vitamina C, utilizou-se o cálculo do fator (F) da solução de Tillmans, ao qual F = mg de vitamina C usados na titulação/mL da solução de Tillmans gasto. Obtendo-se o valor do de (F), calculou-se o teor do ácido ascórbico a partir da equação: V x F x 100 / A = ácido ascórbico mg/100 mL, onde V = volume da solução de Tillmans gasto na titulação, F = Fator da solução de Tillmans e A= mL da amostra utilizada.

Resultado e discussão

Quando todas as amostras foram padronizadas, titulou-se as amostras a partir de um alíquota de 10 mL da solução contendo a polpa da fruta. As análises foram realizadas em duplicata, para a mostra do goji berry e da acerola, obtendo-se como volume gasto na titulação 2 ml para a amostra do goji berry e 6,1 ml para a mostra da acerola. Com os valores obtidos, calculou-se o teor de ácido ascórbico, ao quais os dados podem ser vistos na Tabela 1. Com base nos dados, pode-se dizer que a amostra de acerola apresentou maior teor de ácido ascórbico 402,6; entretanto, o goji berry (figura1) que apresentou valor inferior, com 105,0mg. A acerola (figura 2) produzida no Brasil é apontada como a fruta que apresenta a maior conteúdo de vitamina C, tendo sido encontrados teores variando de 1040mg/100g a 1790mg/100g da parte comestível da fruta (PEREIRA et al., 2006). O goji berry, é conhecido pelo seu alto teor de vitamina C, valor correspondente a 2500mg/100g (SANDMANN, 2013). Ainda, os teores encontrados para ambas as frutas podem ser justificados também pela influência do meio a qual as amostras foram submetidas, uma vez que, o ácido ascórbico é facilmente degradado sob condições de pH, temperatura e ação do oxigênio. Isto ocorre, devido à presença das enzimas oxidantes e íons metálicos, além de outros fatores menos frequentes (SUCUPIRA, 2012).

Tabela 1

Teor de ácido ascórbico nas polpas

Figura 1.

Goji Berry

Figura 2.

Acerola

Conclusões

Com base nos resultados obtido, o método de Tillmans foi eficaz para quantificação do teor de ácido ascórbico contido nas amostras das frutas. Os valores estão em conformidade com a ANVISA, que especifica 25 a 45 mg por dose diária para consumo humano. Dessa forma, o teor de AA contido na amostra de acerola foi de 402, 6 mg/100 g e na amostra do goji berry foi 105,0. Embora as amostras não estejam in natura, para cada 100g das polpas de ambas as frutas obtêm-se em média 50% de vitamina C, considerando que este teor de AA também corresponde aos valores indicados nos rótulos de cada amostra.

Agradecimentos

Os autores agradecem o auxílio financeiro e bolsas de iniciação científica PIBITI do CNPq.

Referências

PEREIRA, J. M. A. T. K.; OLIVEIRA, K. A. M.; SOARES, N. F. F.; GONÇALVES; M. P. J. C. Avaliação da qualidade físico-química, microbiológica e microscópica de polpas de frutas congeladas comercializadas na cidade de Viçosa-MG. Alimentação Nutricional, Araraquara, v.17, n.4, p.437-442, out./dez. 2006.

SANDMANN, Priscila. GOJI BERRY: Potente antioxidante. 2013. Disponível em: <http://www.gojipros.com.br/estudos-goji-berry/informacoes-tecnicas-goji-berry.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2015.

SUCUPIRA, Natália Rocha; XEREZ, Ana Caroline Pinheiro; SOUSA, Paulo Henrique Machado de. Perdas Vitamínicas Durante o Tratamento Térmico de Alimentos. 2012.


FIORUCCI, A. R.; SOARES, M. H. B.; CAVALHEIRO, E. T. A Importância da Vitamina C na Sociedade Através dos Tempos. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 17, MAIO 2003.



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