Avaliação dos parâmetros físico-químicos da água em diferentes pontos do município de Iporá-Goiás

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ambiental

Autores

Michelini, L.J. (IFGOIANO) ; Leite, R.R. (IFGOIANO) ; Pimentel, F.C. (IFGOIANO) ; Itacarambi Neto, L.S. (IFGOIANO) ; Barros, K.L. (IFGOIANO) ; Fuzeti, H.M. (IFGOIANO)

Resumo

A região da cidade de Iporá – GO é rica em fontes naturais onde o princípio da econômica se baseia em agricultura e produção de leite, o que leva a água a ser o principal recurso natural. Com o objetivo de comparar análises físico- química quantitativas, sendo elas: acidez, alcalinidade, pH, dureza, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais e sulfato, foram coletadas amostras de água de quatro pontos diferentes dentro do município, dos quais são: Córrego Santo Antônio; Córrego Tamanduá; e Lago Pôr do Sol. O resultado das análises se mostrou dentro dos parâmetros exigidos pela legislação vigente. Vale lembrar que, o monitoramento de águas naturais é uma prática importante para um melhor conhecimento e gerenciamento dos corpos hídricos.

Palavras chaves

água; análise; química ambiental

Introdução

A cidade de Iporá fica localizada no oeste do estado, e pela mesma passam dois córregos: córrego Tamanduá e o córrego Santo Antônio que abastecem a cidade. O estudo tratado aqui foi realizado com amostra de três pontos diferentes da cidade de Iporá. No córrego Santo Antônio (classe III) as amostras foram coletadas na GO 174 nas proximidades do campus do Instituto Federal Goiano, onde não é possível ver o descarte de esgoto de qualquer espécie. No lago Pôr do Sol (classe II) localizado a rua Jacinto Moreira. Este lago é afluente do córrego Tamanduá (classe III), do qual, as amostras foram coletadas próximo às ruas João Coriolano e rua José Inoc Nunes. O córrego Tamanduá corta toda a cidade, o que possibilita notar o descarte de esgoto clandestino proveniente de lava jatos e de domicílios de forma pontual em algumas regiões. Os parâmetros observados foram acidez, alcalinidade, dureza, pH, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais e sulfato. Estes foram escolhidos pois não utilizam de nenhum instrumento de alto custo financeiro para realização e trazem uma problemática importante em relação a saúde pública e a vida marinha que serão discutidas aqui. Foram seguidas referência dos padrões e especificações estabelecidos por órgão públicos como o Conama. O objetivo deste trabalho foi realizar análises físico-químicas de água bruta superficial de diferentes pontos da cidade de Iporá e comparar os resultados. Além de, constatar a influência do descarte de esgoto clandestino nos resultados obtidos nas amostras do córrego Tamanduá. Esse tipo de análise é de grande importância para monitorar a qualidade das águas que passam pela região e o efeito da poluição.

Material e métodos

As análises de acidez, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais e sulfato foram realizadas de acordo com Macedo (2013). E as análises de pH, dureza, alcalinidade foram realizadas de acordo com o manual prático de análise de água do ministério da saúde (BRASIL, 2004). As amostras foram coletadas no mínimo uma hora antes das análises, sendo armazenadas em frascos de vidro ou Politereftalato de etileno.

Resultado e discussão

De acordo com o Ministério da Saúde (2006), águas com acidez na faixa de 4,5 a 8,2 tem sua acidez proveniente de fontes carbônica, que é o caso das análises feitas no município de Iporá. A alcalinidade, observada nas análises, é devida a presença de bicarbonatos, já que o pH está na faixa de 4,4 a 8,3 (MS, 2006). Certamente o córrego Tamanduá traz o valor para alcalinidade acima dos demais pontos, devido ao descarte de resíduos de lava jatos em regiões do afluente do córrego, possivelmente, oriunda de produtos químicos utilizados na lavagem de carros. O pH para águas de abastecimento, deve estar entre 6,5 e 9,5 segundo a portaria n 1469/2000, para que evite corrosividade (caso pH seja baixo) ou incrustações (caso pH seja alto). Logo as amostras estão com valores dentro das especificações. A dureza, nos três pontos, apresentou valores entre 50 a 150 mg/L de CaCO3, que de acordo com o manual de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano publicado pelo ministério da saúde em 2006, classifica esse tipo de água como água dura. A condutividade apresentou valores entre 10 e 100 µS/cm, classificando-se segundo o MS como águas naturais. Os valores de oxigênio dissolvido estão entre 5,46 e 11 mg/L, o ponto que apresentou valor abaixo de 6 mg/L (valor mínimo exigido pela Conama 357/2005), foi o lago por do sol, pois trata-se de um sistema lêntico. Para a análise de sólidos totais, todos os pontos enquadraram-se dentro do requisitado pela legislação. Bem como, a análise de sulfato, que enquadra-se dentro da Conama 357/2005, composto que provavelmente é oriundo da dissolução rochosa da região.

Tabela 01

Resultado das análises físico-químicas de três pontos diferentes do município de Iporá, análise estatística e comparação com valores da literatura.

Conclusões

Ao concluir pesquisas como esta, vê-se a necessidade de continuar buscando mais resultados sobre o assunto. Logicamente já se esperava diferenças nos resultados de parâmetros devido a localidades diferentes. Isso leva a um ponto de ignição para outros objetivos, como meio de buscar mais pesquisas para identificar possíveis contaminações, causas e meios de solução.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal Goiano – Campus Iporá pela estrutura física de laboratórios.

Referências

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução 357/2005. Brasília: 2005. Pág. 1-14. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acessado em: 01/06/2015.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução 2914/ 2011. Brasília 2011. Pág. 1-32. Disponível em: <http://www.comitepcj.sp.gov.br/download/Portaria_MS_2914-11.pdf>. Acesso em: 20/07/2015.
MACEDO, J. A. B. Métodos laboratoriais de análises físico-quimica e microbiológicas, 4 ed, editora CRQ-Minas Gerais, 2013, 1055 p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual Prático de Análise de Água, 1ª ed, Brasília, Fundação Nacional da Saúde, 2004, 146 p.

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