A CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL PARA O EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO E VESTIBULARES

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, A.K. (IFG) ; Rodrigues, R.P. (IFG) ; Silva, D.M. (IFG) ; Silva, M.S. (IFG) ; Nunes, R.C.N. (IFG) ; Goulart, S.M. (IFG) ; Andrade, L.V. (IFG) ; Rodrigues, V.C. (DOM VELOSO)

Resumo

O presente trabalho relata a atividade de ensino e extensão desenvolvida pelo grupo PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Goiás - Campus Itumbiara com alunos do Ensino Médio de uma escola pública da cidade. Foram trabalhadas questões de vestibulares e do ENEM de edições anteriores, a fim de preparar os alunos para tais exames. A partir de análises dos questionários respondidos pelos alunos, pode verificar que a atividade desenvolvida contribuiu com o aprendizado destes alunos e na revisão de conteúdos. Atividades voltadas para exames de ingresso ao ensino superior são importantes, pois preparam os alunos para estes dentro de uma visão contextualizada, visto que geralmente estas questões possuem uma abordagem do cotidiano.

Palavras chaves

VESTIBULAR; EXTENSÃO; ENSINO DE QUÍMICA

Introdução

O presente trabalho relata a atividade desenvolvida com alunos do Ensino Médio de uma escola pública da cidade de Itumbiara-GO pelo grupo PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Goiás (IFG) - Campus Itumbiara. Foi realizado um projeto, o qual tinha o intuito de preparar os discentes para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e Vestibular. O ENEM foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica, buscando colaborar para a melhoria da qualidade desse nível de escolaridade. A partir de 2009, passou a ser empregado também como instrumento de seleção para o ingresso no ensino superior (INEP/MEC: <http://portal.inep.gov.br/web/enem/sobre-o-enem>). De acordo com a PORTARIA Nº 976, DE 27 DE JULHO DE 2010 o PET é desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, organizados a partir de cursos de graduação das instituições de ensino superior do País, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (BRASIL, 2010). O grupo PET do curso de Licenciatura em Química do IFG, “PET Química: Educação, Ambiente e Sociedade”, foi instituído em fevereiro de 2013 e, desde então, vem desenvolvendo suas atribuições. Sendo o ENEM o principal mecanismo de adentrar ao ensino superior, a ex- aluna do curso de Licenciatura em Química do IFG – Campus Itumbiara e professora regente da disciplina de Química do Colégio Estadual de Tempo Integral Dom Veloso, convidou o grupo PET em nome da escola, para que realizasse uma atividade que auxiliasse os seus alunos do terceiro ano do ensino médio a preparar para o ENEM e para Vestibulares, além proporcionar aos licenciandos integrantes do grupo PET experiências em sala de aula durante a graduação.

Material e métodos

O delimitado trabalho foi realizado no Colégio Estadual de Tempo Integral Dom Veloso com turmas de 3º ano do ensino médio no período matutino. Esse projeto surgiu a partir da necessidade da escola, que convidou o grupo PET para desenvolvê-lo. O projeto foi divido em dois momentos para que pudessem ser trabalhados temas da Química e para que os alunos tivessem mais tempo para sanar as dúvidas. No primeiro momento, a tutora do Grupo orientou que três alunos do PET ficassem responsáveis em desenvolver a atividade e outros dois no segundo momento. Então as aulas foram ministradas posteriores a estudos e pesquisas acerca dos assuntos a serem trabalhados. Cada ministrante selecionou seis questões de provas anteriores do ENEM e Vestibulares para serem resolvidas junto com os alunos e foram necessários maiores estudos para um embasamento e contextualização sobre os assuntos abordados em cada questão, já que muitos destes seriam necessários revisar com os alunos, pois além de conteúdos de 3º ano também trabalharam temas estudados no 1º e 2º ano e ainda dúvidas no decorrer da aula poderiam surgir. Após essa fundamentação, bem como apresentação e discussão com a tutora do grupo PET Química, o projeto junto aos alunos foi executado. As revisões e as resoluções das questões foram feitas de forma expositiva e dialogada e os alunos participaram veementemente em todo momento, pois eram sempre instigados, visto que as questões do ENEM e algumas de Vestibulares são contextualizadas, o que facilita buscar a interação dos alunos com o cotidiano. No final do segundo encontro, foi aplicado a cada aluno um questionário, onde anonimamente deveriam avaliar o projeto realizado pelo PET, realizar críticas, sugestões e elogios, e dizer se o resultado contribuiu ou não para seu efetivo aprendizado.

Resultado e discussão

As aulas contaram com a participação de dezoito alunos, sendo que dez eram do sexo feminino e oito do sexo masculino, com a faixa etária entre 16 e 18 anos. No questionário, os alunos deveriam avaliar os quesitos apresentação, conteúdo e linguagem com conceitos: ótimo, ruim ou precisa melhorar. Todos julgaram todos estes itens como ótimo. Durante as aulas e a partir dos questionários verificou-se que as maiores dúvidas eram referentes aos conteúdos trabalhados nas duas séries iniciais do ensino médio. Ao perguntar no questionário se o projeto realizado contribuiu para o aprendizado, todos responderam que contribuiu e dez alunos justificaram suas respostas, enfatizando as revisões de assuntos que já não recordavam e um aluno respondeu que trabalhos como este deveria haver sempre. No espaço destinado a críticas, comentários e sugestões, 50% dos alunos não responderam, 22,2% dos alunos sugeriram que deveriam gratificá-los com prêmios caso acertassem as questões. 11,1% sugeriram que realizassem experimentos práticos concomitantes à aula. E 16,7% elogiaram o projeto. Os resultados podem ser visualizados na Figura 1:

FIGURA 1

Críticas, comentários e/ou sugestões dos alunos ao projeto desenvolvido.

Conclusões

Para os futuros docentes foi uma experiência estimulante, os alunos participaram ativamente. Segundo Lima (1996), a participação e interesse dos alunos são primordiais para a satisfação do docente com o seu trabalho. Diante das averiguações feitas durante o projeto e a partir das análises dos questionários respondidos, observou-se que para os discentes contribuiu para revisão de conceitos e melhor entendimento da Química. Reorganizar este projeto de extensão, a partir das sugestões dos alunos e dar continuidade nas atividades, é essencial para a formação continuada do licenciando em Química.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal de Goiás; Ao Colégio Estadual Dom Veloso; Ao grupo PET Química: Educação, Ambiente e Sociedade; E ao MEC-FNDE pela bolsa concedida.

Referências

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PORTARIA Nº 976, DE 27 DE JULHO DE 2010.
INEP/MEC. Sobre o ENEM. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/enem/sobre-o-enem>. Acesso em: 01 de julho de 2015.
LIMA, M. E. C. C. Formação continuada de professores de química. Química Nova na Escola. N.4, Vol. 17, 1996.

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