JOGO DIDÁTICO DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS COMO AGENTE FACILITADOR NO ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Sousa Pereira, E. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Silva de Assis, A. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Rodrigues Gomes Cunha, C. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Pereira Garces, B. (IFMT - CAMPUS CONFRESA)

Resumo

Este trabalho tem como objetivo principal facilitar o ensino de Química através do jogo dos ácidos nucleicos como recurso didático diferenciado. Neste sentido esta metodologia visa despertar e manter o interesse dos alunos, pelo fato de envolver e prender a atenção dos participantes, aperfeiçoando a compreensão dos mesmos nos conteúdos da disciplina em questão. O jogo é constituído por um tabuleiro com 22 casas e 12 enigmas sobre os ácidos nucleicos. A atividade foi desenvolvida na turma do 1º ano do Ensino Médio Integrado Profissionalizante, após o jogo os alunos responderam um questionário avaliando a contribuição do mesmo. A análise das respostas evidencia o potencial das atividades lúdicas na construção do conhecimento.

Palavras chaves

Ensino-aprendizagem; Ácidos nucleicos ; Jogo

Introdução

Os ácidos nucleicos são as maiores moléculas encontradas no mundo vivo. São formadas por unidades monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos. Cada nucleotídeo, por sua vez, é formado por três partes: um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de carbono); um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido ortofosfórico (H3PO4); uma base orgânica nitrogenada. No DNA, as bases nitrogenadas são: citosina, guanina, adenina e timina; no RNA, no lugar da timina, encontra-se a uracila. Existem dois tipos de ácidos nucleicos, o ácido ribonucleico (RNA) e o ácido desoxirribonucleico (DNA). Eles foram assim chamados em função dos açúcares presente em suas moléculas: O RNA contém o açúcar ribose e o DNA contém o açúcar desoxirribose. O DNA constitui o genoma dos seres vivos onde contém todas as informações genéticas fundamentais para sua existência. Essas informações se expressam nas células e se perpetuam na progênie. O DNA tem função de armazenar e manter a informação genética (CORDEIRO, 2003). Barbosa e Costa (2011) enfatizam que “no ensino fundamental e médio, para os alunos compreenderem a importância dos ácidos nucleicos no funcionamento da célula, é de extrema relevância a criação e aplicação de novas metodologias e recursos didáticos para auxiliar na prática docente”. Os jogos didáticos surgem como metodologias alternativas no conceito ensino- aprendizagem, Silva et. al. (2013) destacam que esse método tem mostrado grande eficiência na aquisição do conhecimento científico para os alunos, devido ilustrar o conteúdo trabalho em sala. Neste trabalho apresentamos uma metodologia dinâmica para o ensino de bioquímica, através de um jogo educativo, cujo objetivo é reforçar o ensino dos ácidos nucleicos e elencar as dificuldades dos estudantes.

Material e métodos

O jogo foi confeccionado utilizando os seguintes materiais:Folha A4; Tesoura; Cola; Régua; Cartolina; Moedas de plástico; Dado; Computador; O tabuleiro foi montado no computador, usando o programa editor de texto Microsoft Word, o mesmo foi impresso em folha A4 e colado em cartolina, com o intuito de obter um tabuleiro mais firme. O jogo é composto por um tabuleiro com 22 casas, contendo 12 enigmas sobre os ácidos nucleicos. Participam dois alunos por jogo, cada aluno escolhe uma moeda que irá representá-lo no jogo. As regras do jogo: 1ª REGRA – Início do jogo: Os participantes jogam o dado, o que obter o maior número inicia o jogo. 2ª REGRA – Enigmas: A cada enigma respondido corretamente o participante avança duas casas, se errar permanece onde está. 3ª REGRA – Coringa: As casas que contém a imagem da molécula do DNA são coringas, se o jogador parar nessa casa avançara uma casa. 4ª REGRA – Vilões: As casas que contem o ponto de exclamação são vilãs, se o participante parar nessa casa, voltará uma casa. 5ª REGRA – Vencedor: Vence o aluno que chegar primeiro no fim. Os alunos devem jogar sempre auxiliados por um professor. A atividade foi desenvolvida junto a uma turma de 25 estudantes do primeiro ano do ensino médio integrado profissionalizante (EMIEP) da Escola Estadual 29 de Julho, em Confresa, Mato Grosso. Os momentos didáticos ocorreram no período das aulas regulares da turma, com a contribuição da professora. A aula foi dividida em três etapas: Revisão do conteúdo abordado: apresentação de slides e uma breve explicação; Realização do jogo: a turma foi separada em duplas e orientada de como jogarem; Avaliação do jogo: os alunos responderam um questionário sobre a contribuição do jogo para a aprendizagem.

Resultado e discussão

Através do questionário aplicado, observou-se que todos os alunos declararam que o jogo auxiliou na compreensão do conteúdo, justificando que “o jogo nos ajudou no aprendizado, tornando a aula mais produtiva” e “auxilia mais o nosso aprendizado e nos incentiva a aprender de uma forma divertida”. Em relação a avaliação dos mesmos sobre o jogo, 48% dos alunos avaliaram como ótimo, 40% avaliaram como bom e 12% avaliaram como regular. Quando questionados sobre a execução de jogos nas aulas, 76% dos alunos alegaram que o jogo melhora o desempenho dos alunos e ajuda na compreensão dos conteúdos e 24% comentaram que o jogo complementa a aula tornando-a mais produtiva.

Conclusões

Os dados exemplificam o potencial das atividades lúdicas como metodologia diversificada no ensino de química, motivando o aluno na construção do seu conhecimento. A metodologia desenvolvida nesse trabalho, desperta o interesse dos estudantes sobre o tema abordado em sala de aula, contribuindo também para a aprendizagem de química, agindo como auxílio na fixação dos conteúdos, devido ser uma atividade que exige muito raciocínio. Cunha (2012) destaca que o jogo proporciona aprendizagem e revisão de conceitos, buscando sua construção mediante experiências e atividades desenvolvidas pelo aluno.

Agradecimentos

Referências

BARBOSA, M. D; COSTA, G. M; Ácidos nucleicos: como entender isso? Genética na Escola, v. 6, p. 6-10, 2011. ISSN 1980-3540.

CORDEIRO, M. C. R; Engenharia Genética: conceitos básicos, ferramentas e aplicações. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Planaltina – DF, 2003. ISSN 1517 – 5111.

CUNHA, M. B; Jogos no Ensino de Química: Considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova na Escola. vol. 34, N° 2, p. 92-98, maio 2012.

SILVA, M. I; PINHEIRO, S. B; MENDES, S. A. B. A; CAMPELO, T. W. M; SANTOS, Y. V. S; GROSS, M. C; RODRIGUES, D. P; Jogo AnimoUNO: Uma ferramenta alternativa para o ensino da síntese de proteínas no ensino médio. Revista de Ensino de Bioquímica. n.1, p.38 – 53, 2013. ISSN: 1677 – 2318.

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