Gincana Química: Uma estratégia para avaliar as metodologias lúdicas desenvolvidas pelo PIBID ao longo de um semestre

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Brito, E.B. (IFRJ) ; Figueira, K.L. (IFRJ) ; Rocha, M.R. (IFRJ) ; Silva, T.G. (IFRJ) ; Teodoro, T.L. (IFRJ) ; Rocha, M.A. (COLÉGIO ESTADUAL SARGENTO WOLFF) ; Lima, M.C. (IFRJ) ; Pinho, G.S. (IFRJ)

Resumo

Este trabalho apresenta uma metodologia lúdica aplicada com alunos participantes do PIBID no Colégio Estadual Sargento Wolff, localizado em Belford Roxo-RJ, para ela, foram criados jogos interativos que exigiam o resgate de conceitos trabalhados ao longo do semestre, como ligações químicas e interações intermoleculares. Para esta atividade, os alunos foram divididos em 4 equipes e realizaram 8 provas, dentre estas destacam-se: Monte sua molécula, Quem sou eu? e Boliche da eletronegatividade. As pontuações das provas foram atribuídas considerando, além dos acertos a coerência das justificativas. As equipes estavam animadas e houve muitos acertos nas provas. Assim, considera-se que a gincana foi um método lúdico válido para avaliar o impacto do Pibid na aprendizagem significativa dos alunos.

Palavras chaves

gincana; ensino de química; atividade lúdica

Introdução

O jogo é uma ferramenta que tem duas funções principais: o lúdico que visa diversão e prazer, e o educativo que visa ensinar, e estas devem estar em harmonia, dessa forma não prevalece apenas a brincadeira ou o material didático. Uma atividade lúdica envolve uma ação divertida e está intimamente ligada aos jogos, independente do contexto linguístico, tendo regras ou não, gerando o mínimo de diversão. (SOARES, 2004; SANTANA, 2008). Baseado nesse conceito foi elaborada uma gincana intitulada “Quimicando com o PIBID” com intuito de avaliar o quanto o PIBID Química do IFRJ, campus Duque de Caxias, impactou e influenciou no aprendizado significativo dos alunos do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Sargento Wolff no segundo semestre de 2014. A gincana foi desenvolvida levando em consideração a aceitação da metodologia de trabalho empregada durante o atendimento dos alunos nas atividades semanais do PIBID na escola, neste método os conteúdos que são trabalhados em sala de aula pelo professor são revistos, mas sempre partindo da aplicação de uma atividade diferenciada (jogos, experimentos e/ou atividades lúdicas). Assim, a gincana consistiu em jogos de caráter interativo com enfoque especial em temas como tabela periódica e suas propriedades, as ligações químicas e as interações intermoleculares, nessas atividades os alunos em suas equipes puderam se integrar e trocar conhecimentos a fim de concluir com êxito cada atividade proposta.

Material e métodos

Primeiramente, foram criados oito jogos com caráter dinâmico e interativo, Dentre estas destacaram-se: Monte sua molécula - abordando geometria molecular, o aluno deveria sortear uma molécula e montá-la seguindo sua geometria; Quem sou eu? - considerando as propriedades periódicas, foram espalhadas pela escola cinco bexigas (para cada equipe) com suas cores específicas, cada uma delas continha uma dica através da qual eles deveriam descobrir quem era a substância ou elemento misterioso; Boliche da eletronegatividade - a atividade consistia num jogo de boliche onde os pinos eram garrafas que tinham os nomes de elementos químicos, cada equipe deveria tentar acertar os pinos com uma bola, os que não fossem derrubados deveriam ser colocados em ordem crescente de eletronegatividade. A aplicação da metodologia foi dividida em quatro etapas: Divisão das equipes por sorteio, entrega do folder com o nome das atividades e suas respectivas regras, seleção de competidores para cada prova, de forma que todos integrantes participassem sem repetição e a execução das atividades propostas. Os alunos foram divididos em quatro equipes com cores e nomes de metais que possuem chamas coloridas: Estrôncio (vermelho), Sódio (amarelo), Cobre (verde) e Lítio (lilás). Cada equipe foi liderada por um bolsista do PIBID e os outros dois foram os mediadores da gincana. A cada atividade as equipes ganhavam uma pontuação, de acordo com o acerto e a justificativa da resposta, esta atividade foi usada como avaliação complementar pelo professor de química colaborador. A gincana durou cerca de duas horas, sendo realizada no pátio da escola, para ganhar visibilidade e instigar os alunos que não participam do projeto PIBID, possibilitando que pudessem conhecer e se interessar pelas atividades praticadas.

Resultado e discussão

Participaram da gincana ao todo quarenta alunos de cinco turmas do turno matutino. Os alunos se mostraram bastante engajados e envolvidos, o que foi evidenciado pela participação ativa deles na gincana. Vale ressaltar que havia um ambiente de liberdade e flexibilidade onde o humor e a alegria faziam parte do processo e estavam atrelados ao trabalho do conhecimento numa metodologia não tradicional e fora da sala de aula. Eles desenvolveram bem os conteúdos tendo um alto índice de acertos (nas respostas e justificativas). A gincana foi utilizada como método de avaliação parcial pelo professor de química dessas turmas. À participação nela foi atribuída uma nota que poderia totalizar no máximo três pontos, a 1ª colocada - Equipe Cobre conquistou um total de 2,5 pontos, as outras equipes Sódio, Lítio e Estrôncio alcançaram respectivamente, 2,4, 2,1 e 1,8 pontos. Assim, pode-se dizer que esta metodologia teve um saldo positivo, pois todas as equipes tiveram um aproveitamento igual ou superior a 60% nas provas. Além disso, conforme afirma BROUGERE (1998 apud Soares) mesmo que as equipes não tenham conseguido a pontuação máxima na gincana e estas ações não tenham gerado um aprendizado imediato, elas serviram ao menos, como exercícios de estruturas e habilidades, que poderão ajudá-los a desenvolver certos potenciais, mesmo que esta tenha sido vista apenas como um passatempo. Assim, proporcionou-se aos indivíduos uma oportunidade a mais de se abastecer de informações a partir da realização da atividade e da socialização com outros indivíduos. Muitos alunos que assistiram a gincana relataram ter gostado da metodologia e se sentiram atraídos a participar do PIBID, alguns deles, inclusive, solicitaram a transferência para o turno matutino, podendo assim frequentar o projeto à tarde.

Figura 1

Folder que os alunos receberam para a realização das atividades.

Fiqura 2

Alunos participando da gincana.

Conclusões

A gincana mostrou-se uma ótima ferramenta de verificação do grau de aprendizado significativo e ampliação de conhecimento através da interação com outros participantes com domínios diferenciados nos diversos assuntos. Assim, pode-se dizer que o trabalho desenvolvido pelo PIBID com os alunos do 1º ano ao longo do semestre foi efetivo, pois os alunos se mostraram estimulados pelos desafios propostos e demonstraram seus conhecimentos adquiridos.

Agradecimentos

Ao PIBID/CAPES Ao IFRJ Às coordenadoras Maria C. P. Lima, e Gabriela S. A. Pinho E ao supervisor Marcus A.G. Rocha

Referências

BROUGERE apud SOARES, Marlon H.F.B. Jogos e atividades lúdicas no ensino de química: teoria, métodos e aplicações. In: Encontro Nacional de Ensino de Química, 12, 2008, Curitiba.
SANTANA, Eliana M. de . A influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. Anais I SENEPT UFMG, 2008.
SOARES, Marlon H.F.B. O lúdico em química: jogos e atividades aplicados ao ensino de química. Tese de doutorado UFSCar, 2004.

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