INVESTIGAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA DEFICIENTES VISUAIS COMO FORMA DIFERENCIADA DE APRENDER QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Oliveira, G.K.C. (INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA) ; Gomides, J.N. (INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA)

Resumo

Objetivou-se com este trabalho investigar artigos científicos que apresentassem metodologias didáticas inclusivas, relacionadas à disciplina de Química do Ensino Médio. A pesquisa foi desenvolvida no primeiro semestre de 2015, optando-se pelo levantamento bibliográfico de caráter quanti- qualitativa, tendo como ponto de partida a investigação de artigos científicos publicados no período 2014 na Revista Química Nova na Escola (QNEsc) e no Encontro Nacional do Ensino de Química (ENEQ). Concluiu-se que foi possível encontrar artigos científicos com metodologias diferenciadas já elaboradas através de outros autores, mas que foram poucas essas metodologias diante da quantidade de conteúdos de Química a serem aplicados no Ensino Médio.

Palavras chaves

QNEsc; Inclusão; ENEQ

Introdução

A inclusão social é um assunto muito discutido, permeando vários segmentos, respeitando não somente as pessoas portadoras de deficiência, mas todos da sociedade. O segmento que chama atenção é o educacional, pois se vive em uma sociedade dita democrática, que preza uma educação de qualidade para todos (DARDES, 2010). Diante desse cenário, faz-se útil levar em consideração o argumento de Vitoriano et al (2014, p. 2784) ao considerar que para incluir estudantes com necessidades educativas especiais, “é preciso planejar os conteúdos, buscando perspectivas de atender as necessidades do aluno. Diante dos aspectos abordados anteriormente, surgiu a problematização: É possível encontrar materiais didáticos e recursos diferenciados que contemplem as aulas de Química, para a inclusão dos deficientes visuais no Ensino Médio? Nessa perspectiva, este trabalho propôs encontrar, em artigos científicos publicados nacionalmente, metodologias didáticas inclusivas, que pudessem ser destinadas aos alunos com deficiência, garantindo-lhes a aprendizagem dos conteúdos da disciplina de Química. Objetivou-se com esse trabalho investigar artigos científicos que apresentassem metodologias didáticas inclusivas, para deficientes visuais relacionadas à disciplina de Química do Ensino Médio. De modo específico, foi possível investigar a quantidade de artigos encontrados na revista Química Nova na Escola e no Encontro Nacional do Ensino de Química, no período de 2013 a 2014 que focassem recursos didáticos para deficientes visuais; analisar os artigos encontrados, verificando os métodos aplicados, e, por fim, e destacar os artigos que continha conteúdo para ser aplicado ao aluno com deficiência visual, para que o professor possa utilizar a didática nas aulas de Química.

Material e métodos

Assim, a pesquisa foi desenvolvida no primeiro semestre de 2015, tendo como ponto de partida a investigação de artigos científicos publicados no período de 2013 a 2014 na Revista Química Nova na Escola (QNEsc) e no Encontro Nacional do Ensino de Química (ENEQ), procurando trabalhos que abordassem metodologias diferenciadas para alunos com deficiência visual, abordando conteúdos de Química do Ensino Médio, que servissem de apoio aos professores que possuem alunos com deficiência visual em sala de aula. Diante de todas as informações investigadas, o critério de pesquisa estabelecido para a busca dos artigos científicos, se deu a partir dos títulos dos artigos e das palavras-chaves que apresentassem o termo “inclusão” e “deficiente visual” e, a partir disso, avaliou-se os mesmos, selecionando e quantificando apenas os artigos científicos que apresentassem metodologias didáticas químicas inclusivas para os deficientes visuais, averiguando conteúdos e métodos aplicados em cada trabalho, enquadrando-os de acordo com o componente Curricular do Ensino Médio.

Resultado e discussão

Foram pesquisados artigos científicos, com o intuito de encontrar metodologias diversificadas em Encontros Nacionais de Ensino de Química (ENEQ) e na Revista Química Nova na Escola (QNEsc) entre os anos de 2013 a 2014. Foram encontrados no total de oito (08) artigos científicos nas revistas Química Nova na Escola e no Encontro Nacional de Ensino de Química, contendo o tema inclusão de deficientes visual no ensino de Química. No Encontro Nacional do Ensino de Química (ENEQ) foi encontrado um total de sete (07) trabalhos científicos publicados com o tema inclusão de deficientes visual no ensino de Química entre os anos de 2013 a 2014. Em relação à revista QNEsc, a quantidade de trabalhos publicados foi bem inferior, contendo um (01) artigos científicos. Para o ano de 2013 foi encontrado na revista QNEsc apenas um (1) trabalho científico, cujo tema proposto era a educação inclusiva na formação de professores de Química para ensinar um deficiente visual. Em relação ao ENEQ no ano de 2013 não foi publicado nenhum artigo científico com o tema proposto. Em 2014, foram encontrados, no encontro ENEQ, sete (07) artigos científicos que relatavam análises de artigos sobre inclusão de deficientes visuais dentro da sala de aula, que descrevia análises, implantaram a criação de metodologias diversificadas de modelos didáticos para representar as estruturas atômicas, programas de computador para o ensino de Química e criação de materiais didáticos alternativos para incluir esses deficientes visuais no ensino. Em relação ao Qnesc no ano de 2014 não foi publicado nenhum artigo científico com o tema proposto. Importa dizer que foi possível encontrar artigos científicos com metodologias didáticas inclusivas, porém foram baixas as quantidades de materiais didáticos já elaborados.

Conclusões

Constatou-se a existência de artigos científicos com metodologias didáticas para deficiente visual, porém foram baixas as quantidades de materiais didáticos. A quantidade de artigos no encontro ENEQ chegou ao total de sete (07) artigos científicos publicados. Já na revista QNEsc a quantidade de artigos foi bem inferior, apenas um (01) artigo científico publicado, precisando ter um enfoque maior sobre o assunto, pois os conteúdos a serem aplicados aos alunos do Ensino Médio de Química são amplos e os deficientes visuais precisam do contato com o ambiente para compreender os conteúdos.

Agradecimentos

Referências

COLL, César et al. Desenvolvimento psicológico e educação. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.


DARDES, M. de C. M. de C. M.. Deficiência Visual: Uma Educação Inclusiva e Exclusiva. Revista Pandora Brasil, n.24, p.1, 2010. Disponível em: <http://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/inclusao/deficiente_visual.pdf>. Acesso: 21 set. 2014, 10h03min.


MORAES, M. D.. Tabela Periódica para deficientes visuais usando o sistema computacional DOSVOX. In: Evento Nacional de Ensino de Química 2014. Ouro Preto. Anais XVII completo. Ouro Preto: SBQ, 2014, p. 3054-3063. Disponível em: < http://www.eneq2014.ufop.br/sgea/pg/índex>. Acesso: 29 mar. 2015, 16h27min.


VITORIANO, F. A. et al. Construção de um termômetro acessível aos eficientes visuais para uso em aulas experimentais. In: Evento Nacional de Ensino de Química 2014. Ouro Preto. Anais XVII ENEQ completo. Ouro Preto: SBQ, 2014, p. 3054-3063. Disponível em: < http://www.eneq2014.ufop.br/sgea/pg/índex>. Acesso: 29 mar. 2015, 16h27min.

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