APRENDIZAGEM DE QUÍMICA COM AULAS PRÁTICAS

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Negreiro, J.M. (IFCE - CAMPUS QUIXADÁ) ; Sarafim, R.V. (IFCE - CAMPUS QUIXADÁ) ; Macêdo, L.N. (UFMA - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE IMPERATRIZ) ; Macêdo, A.A.M. (IFMA/UFMA - CAMPUS DE IMPERATRIZ)

Resumo

Esta pesquisa tem a finalidade de verificar a aprendizagem dos alunos na disciplina de química pela participação em aulas práticas, em uma escola pública de Ensino Médio do município de Quixadá (CE). Participaram trinta e três (33) alunos que cursavam a primeira série do ensino médio. Após aula prática, aplicou-se um questionário sobre o assunto da aula, em seguida, realizou-se a análise dos dados. Concluiu-se que a prática ajudou aos alunos a assimilarem melhor o conteúdo abordado, proporcionando uma maior liberdade para a compreensão dos conteúdos. A teoria e a prática possuem sinergia positiva, favorecendo e instigando o aluno ao raciocínio, levando-o a reflexão.

Palavras chaves

Aulas práticas; Aprendizagem; Ensino de Química

Introdução

No processo ensino/aprendizagem, todos que fazem parte são responsáveis, todavia, o professor é o principal responsável, visto que ele possui mais experiência e mais conhecimento sobre o que será abordado na sala e ele deve ir além do conteúdo da disciplina, pois precisa ser sensível o suficiente para perceber onde estão as dificuldades dos alunos, podendo empregar uma linguagem compreensível sem fugir da linguagem científica (CARVALHO; GILPÉREZ, 2001). Sendo a química, uma ciência experimental, o processo ensino/aprendizagem não se baseia e nem deve ser desenvolvido somente de forma teórica, mas também prática, havendo necessidade da teoria e a prática serem concomitantemente (CACHAPUZ, 2002). Hodson (1988) diz que os experimentos devem auxiliar na construção da teoria e a teoria na determinação dos experimentos. A química não é o conjunto de conhecimentos isolados e prontos, mas sim um conjunto interligado com o indivíduo, a vida e a prática e continuamente se renovando. A atividade química experimental está diretamente ligada aos avanços do universo e por sua vez, contribui para que os discentes compreendam o sentido dos vários assuntos abordados na disciplina (LEAL, 2009). O ensino de química para os alunos do Ensino Médio deve contribuir na compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada para que os alunos saibam fundamentar as informações, assim sendo, o aluno será capaz de refletir sobre as questões do mundo enquanto indivíduo e cidadão (BRASIL, 2010). Diante deste contexto, esta pesquisa teve por objetivo analisar a aprendizagem dos conteúdos de química após utilização de aulas práticas.

Material e métodos

Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, caracterizou-se como estudo de caso. Foi utilizado como técnica de investigação um questionário, onde pessoas são submetidas a responderem um conjunto de questões com o propósito de se obter informações sobre o assunto das aulas práticas. Participantes Participaram da pesquisa, uma amostra de 33 alunos que cursavam o primeiro ano do ensino médio, de uma escola pública do Ensino Médio do município de Quixadá (CE). A faixa etária dos alunos era entre 14 e 19 anos, sendo 55% do gênero feminino e 45% do gênero masculino. Procedimentos Após as aulas práticas, aplicou-se um questionário como um método investigativo sobre o tema abordado, para coleta de dados. Logo após, realizou-se a análise dos dados e em seguida, os gráficos foram plotados no software Origin 7.0.

Resultado e discussão

Buscou-se saber a opinião dos alunos em relação às aulas da disciplina de química, nota-se que 57,6% disseram que as aulas eram interessantes, 30,3% afirmaram serem muito interessantes e apenas 12,1% responderam que as aulas eram pouco interessantes. Em relação ao que mais desperta o interesse dos alunos na disciplina de química, 51,5% dos alunos responderam que são as aulas práticas. Dados semelhantes foram observados por Costa (2010) onde 61,8% dos seus entrevistados responderam que as aulas práticas de química são de fato entusiásticas e motivadoras. Uma percentagem de 21,3% disseram ser os conteúdos abordados, dados relevantes, já que a forma que os conteúdos são aplicados em sala de aula é o que faz despertar nos alunos o interesse diante destes conteúdos. A figura 01 apresenta a reposta dos alunos em relação a pergunta sobre a importância da aula prática como contribuição para o aprendizado da disciplina de química, nota-se que 78,8% dos discentes disseram ser muito importante e outros 21,2% responderam ser importante. Conforme dados obtidos e diante de nenhuma afirmação de pouco importante e de não ter importância, pode-se dizer que 100% dos alunos reconhecem que as aulas práticas contribuem no processo ensino/aprendizagem de química. Na figura 02, observa-se os dados referente a indagação sobre se a prática ajudou os alunos a assimilarem melhor o conteúdo abordado, 66,7% dos entrevistados responderam que a prática ajudou, outros 30,3% disseram que ajudou muito e 3,0% ajudou pouco. Para Capeletto (1992), a presença na aula teórica se faz necessária para que a aprendizagem seja construída de forma clara e objetiva. As aulas práticas fazem uma ponte com as teóricas, acelerando o processo de aprendizagem e proporcionando a fixação dos conteúdos.

Figura 01. Importância da aula prática para o aprendizado de química.



Figura 02. Utilização da prática para assimilação do conteúdo abordado



Conclusões

Com base nos resultados obtidos desta pesquisa, conclui-se que o processo ensino/aprendizagem é favorecido quando a teoria é confirmada com a prática. A prática contribui para os alunos assimilarem melhor o conteúdo abordado. A prática e a teoria se complementam levando o aluno a um pensamento reflexivo.

Agradecimentos

Os autores agradecem a Capes.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEF, 2010.
CACHAPUZ, Antônio F., A universidade e a valorização do ensino e a formação de seus docentes. In: MACIEE, Lizete S. B., Reflexões sobre a formação de professores – Campinas, SP: Papirus, 2002.
CAPELETTO, A., Biologia e educação ambiental: roteiros de trabalho. São Paulo: Ática, 1992.
CARVALHO, A. M. P.; GILPÉREZ, D., Formação de professores de ciências. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
COSTA, D. F., A importância das aulas praticas no ensino de química. Monografia de Graduação. Paraíba. 2010.
HODSON, D., “Experiments in science teaching”, in: Educational Philosophy & Theory, (1988) 20, pp. 53-66.
LEAL, M. C., Didática da Química: fundamentos e práticas para o ensino médio. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.

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