JOGO LÚDICO "RELÓGIO QUÍMICO": INSTRUMENTO MEDIADOR ENTRE O ENSINO DE QUÍMICA E O APRENDIZADO.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Barão, A.A.F. (IFPI-PICOS) ; Silva, F.C.A. (IFPI-PICOS) ; Brito, J.I. (IFPI-PICOS) ; Ferreira, P.M.L. (IFPI-PICOS) ; Davi, A.O. (IFPI-PICOS) ; Sá, L.C. (IFPI-PICOS) ; Sousa, G.A. (IFPI-PICOS) ; Júnior, J.C.S. (IFPI-PICOS)

Resumo

O presente trabalho baseia-se na apresentação do jogo lúdico relógio químico, realizado na cidade de Picos - PI, através do Museu Itinerante de Química, onde as atividades foram realizadas no âmbito do Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência (PIBID), com o objetivo de avaliar o conhecimento dos alunos sobre o conteúdo de ligações químicas, buscando interagir com os alunos e, induzi-los a procurar respostas de forma intuitiva, facilitando assim a aprendizagem das ligações químicas, desmistificando o conteúdo abordado.

Palavras chaves

Jogo Lúdico ; Ligações Químicas; Ensino de Química

Introdução

A Química no ensino em geral é uma ciência que trabalha tanto no nível do imaginário dos alunos como no parâmetro social. Considerando a teoria de Piaget (1967), os alunos adolescentes já deveriam estar no estágio, o qual os permite a abstração total de conceitos e idéias, levando em consideração que grande parte dos discentes encontra certas dificuldades para absorver os conteúdos, suscitando assim uma má compreensão dos temas debatidos, podendo levar a não aceitação dos mesmos. As atividades lúdicas, no ensino médio, são práticas privilegiadas para a aplicação de uma educação que vise o desenvolvimento pessoal do aluno e a atuação em cooperação na sociedade. Segundo Gotardi I.C. et.al (2011), uma atividade lúdica permite que os alunos debatam e construam um conhecimento baseado no que já sabem e no conhecimento de amigos e colegas. Podendo considerar que jogos são um tipo de modelo da realidade, que podem vir a facilitar a compreensão dos discentes em sala de aula, tornando-se assim uma boa opção pedagógica para obter um maior sucesso nas aulas de Química. Acreditamos assim como Cunha (1988), que o jogo didático é aquele fabricado com a pretensão de proporcionar determinadas aprendizagens significativas, diferenciando-se da aula tradicional, por apresentar aspecto lúdico. Ao se criar um jogo com conteúdo escolar, irão se desenvolver as habilidades que envolvem o aluno em todos os aspectos: cognitivos, sentimentais e relacionais. O jogo tem o objetivo de tornar o discente mais competente na produção de respostas criativas e eficazes quando este for solucionar algum tipo de problema.

Material e métodos

Essa pesquisa apresenta um caráter quantiqualitativo, onde se buscou compreender os aspectos envolvidos no conhecimento dos alunos no decorrer do jogo. O presente trabalho foi realizado na primeira apresentação do Museu Itinerante de Química que ocorreu na Instituição de Unidade Escolar Landri Sales, no turno da tarde, no âmbito do Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência (PIBID), com as turmas do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio, sendo avaliados somente os alunos do primeiro, numa totalidade de 25 alunos, pelo fato de ser um assunto abordado recentemente. Como o jogo possui uma abordagem simples, no primeiro momento foi apenas explicado que o mesmo aborda o conteúdo de ligações químicas, assim nomeado de relógio químico, sendo composto por legendas em cartazes explicativos e um relógio que dependendo da posição dos ponteiros forma ligações tanto iônicas, como covalentes ou metálicas. O bolsista ficou responsável por mediar o jogo, portanto ele iria mencionando as horas e indagando aos alunos qual tipo de ligação ela havia formado, instigando o aluno a procurar respostas por meio dos seus conhecimentos.

Resultado e discussão

Durante as primeiras partidas do jogo, era notória a dificuldade dos alunos em conseguir vincular o conteúdo químico com o jogo lúdico, porém com a ajuda do mediador, os discentes começaram a ter um aumento significativo de acertos, participação e interesse. Com a análise e observação no decorrer do jogo, estima-se que 80% dos alunos tiveram um bom desempenho e conseguiram acertar todas as indagações que o bolsista propôs, porém os outros 20% não tiveram um bom desempenho, considerando que tiveram uma maior dificuldade em determinar as diferentes ligações. Estes determinados instrumentos complementares são valiosos no ensino em geral de Química, pois não se trata de fazer os estudantes apenas decorarem de forma mecânica os variados tipos de ligações químicas. Pelo contrário, o objetivo da prática foi fazer com que os alunos consigam observar, relacionar e compreender o assunto abordado pelo jogo lúdico. Sabe-se, por experiência, que o ensino de química é de difícil absorção pelos discentes caso o assunto seja abordado somente do ponto de vista formal, como tem sido feito tradicionalmente. Segundo Moratori (2003), durante muito tempo confundiu-se "ensinar" com "transmitir" e, nesse contexto, o aluno era um agente passivo da aprendizagem e o professor um transmissor. A ideia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o sentido do que se entende por material pedagógico. Seu interesse passou a ser a força que comanda o processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de seu progresso e o professor um gerador de situações estimuladoras e eficazes.

Conclusões

A elaboração do jogo lúdico “relógio químico” para o processo de ensino- aprendizagem na Química, com material simples e de fácil acesso, colaborou como uma excelente ferramenta de ensino, pois facilitou a aprendizagem das ligações químicas, desmistificando o conteúdo abordado e nos possibilitando uma troca de experiência entre professores, licenciandos e alunos. Com a apresentação do jogo relógio químico na Unidade Escolar Landri Sales, foi possível adquirir experiências didáticas e assim perceber o grande valor desse tipo de material alternativo.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a minha Mãe por sempre ter acreditado em mim, à CAPES/PIBID e a todos meus colegas que sempre me apoiaram.

Referências

CUNHA, N. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE. 1988.
GOTARDI, I.C et al. Diversificando o Ensino: Jogos Na Aprendizagem de Química. FURG: Rio Grande do Sul, 2011.

MORATORI, Barbosa, Patrick. Por que utilizar Jogos Educativos no processo de ensino aprendizagem? . Rio de Janeiro, 2003.

PIAGET, Jean. A psicologia da inteligência. Fundo de Cultura, Lisboa, 1967.

WATANABE, M.; RECENA, C. P. R. Memória orgânica – Um jogo didático útil no processo de ensino e aprendizagem. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: MS, 2008.

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