Análises físico-química do maracujá amarelo

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Alimentos

Autores

Omena, P.B. (IFAM) ; da Silva, A.C.A.D. (CRQXIV/IFAM) ; Bastos, F.L.S. (IFAM) ; de Assis, L.M.S. (IFAM) ; Soares, R.S. (IFAM) ; Gouvea, V.M. (IFAM) ; Favacho, M.C. (IFAM)

Resumo

Nesse trabalho, apresentamos as analises físico-químicas do maracujá-amarelo, foram analisadas a película externa amarela, casca branca, formato arredondado, polpa ácida, suco amarelo a amarelo-alaranjado. Em se tratando de fibras bruta, estudos tem evidenciado, que as mesma estão mais concentradas mais na casca do que na polpa, sugerindo que a casca poderia ser utilizada em estudos voltados para pessoas que necessitam aumentar a ingestão de fibras (CÓRDOVA et al, 2005).Este trabalho obteve resultados relevantes para comparativos com outras referências e também para posterior continuidade em analises mais avançadas desta rica composição deste fruto.

Palavras chaves

MARACUJA AMARELO; ANALISE; QUIMICA

Introdução

O maracujá que, na língua tupi, significa “alimento em forma de cuia”, é uma das primeiras frutas silvestres que os descobridores conheceram nas Américas. Os maracujás ou flores-da-paixão já eram conhecidos e utilizados na América antes da chegada dos primeiros europeus, e relatos históricos do uso como medicamento fazem referencia a sua propriedade contra febre (GURGEL, 2004). O maracujá é conhecido popularmente por possuir propriedades sedativas e ser um fruto rico em vitaminas, principalmente a vitamina C, além do seu teor de potássio. Sendo o Brasil considerado um dos maiores produtores, por possuir clima propício para esse cultivo, o maracujá amarelo é a espécie mais cultivada e a mais adaptada aos dias quentes, com cerca 150 espécies de Passiflora nativas do Brasil (ZERAIK, 2010).A proposta deste trabalho é analisar os parâmetros físico-quimicos do maracujá-amarelo completo, o miolo, a casca e também a polpa deste fruto.

Material e métodos

Foi realizada no período de junho no laboratório da GEAQMA, no Campus Manaus Centro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas/IFAM as análises físico-químicas, conforme normas descritas na IV edição de Métodos físico-químicos para análise de alimentos- Instituto Adolfo Lutz (1985), no capítulo IV, com os seguintes parâmetros: Perda por dessecação (umidade)-Secagem direta em estufa a 105 Cº, Lipídios ou extrato etéreo- extração direta em Soxhlet, Determinação do pH (pHmetro e fita), Pectina- Prova qualitativa, Pectina- Determinação por gravimetria (prova quantitativa), Resíduos por incineração- Cinzas, Fibra bruta e Protídios- Métodos de micro-Kjeldahl clássico.O pré-tratamento, a inspeção e o preparo das amostras também seguiram as recomendações descritas no manual Adolfo Lutz(1985).Todas as análises foram realizadas em triplicatas.

Resultado e discussão

A tabela a seguir apresenta os resultados das análises fisíco-químicas, sendo os valores referentes às médias de repetibilidade em triplicata . As amostras utilizadas para análise de umidade, demonstra que os resultados obtidos apresentam valores superiores, comparados à tabela brasileira de composição de alimentos-TACO, que apresenta o valor de umidade para fruto completo do maracujá é de 82,9 m/m e obtivemos para o fruto completo 204,150 m/m, casca 199,465 m/m e miolo branco cerca de 1084,611 m/m. Denotando que o teor de umidade é maior no miolo branco do fruto. No pH do fruto do maracujá observou-se que com a utilização de pHmetro e fita química, a polpa é mais ácida do que o miolo branco. O teor de lipídios foi de 5,287 m/m devido à presença de sementes, onde se concentram os maiores valores para lipídios. A proteína bruta apresentou o valor de 5,95 m/m. e a TACO apresenta o valor de 2,0 m/m como referência. Na análise de cinzas o resultado foi bem significativo, com total de 1124,194 m/m na amostra do fruto completo. É importante descrever essa análise, pois nos permite identificar a quantidade de minerais em uma análise centesimal.

análises fisíco-químicas

resultados das análises fisíco-químicas

Conclusões

As características físico-químicas do maracujá são de grande importância para o melhoramento da avaliação dessa frutífera, garantindo a qualidade para o mercado in natura ou para a indústria. O valor de umidade para fruto completo do maracujá que obtivemos foi 204,150 m/m, da casca 199,465 m/m e do miolo branco cerca de 1084,611 m/m, o de lipídios foi de 5,287 m/m, A proteína bruta apresentou o valor de 5,95 m/m, a análise de cinzas com total de 1124,194 m/m.No pH a polpa é mais ácida do que o miolo branco.Este trabalho obteve resultados relevantes para comparativos com outras referências e também para posterior continuidade em analises mais avançadas desta rica composição deste fruto.

Agradecimentos

Agradecemos ao Instituto Federal do Amazonas.

Referências

CÓRDOVA, K. V et al. Caracterização físico-químicas da casca do maracujá amarelo ( Passiflora edulis Flavicarpa Degener) obtida por secagem. B. CEPPA. v.23, n.2, p.221-230 .Curitiba, 2005
GURGEL, C. A fitoterapia indígena no Brasil Colonial (os primeiros dos séculos). In: Seminários temáticos da Faculdade de Ciências Médicas. Campinas: Departamento de Clínica Médica, PUC, 2004
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. V. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 4 ed. São Paulo: IMESP, 1985. endereço eletrônico :http://www.ial.gv.sp.br
TACO-Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 2006.
ZERAIK M. L. et al. Maracujá: Alimento funcional ? . Rev. Bras. Farmacogn. Braz. J. Pharmacogn. 20(3):Jun./Jul, 2010

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