AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO - QUÍMICA DE ABACAXI CULTIVAR PÉROLA COMERCIALIZADO NA CIDADE DE REDENÇÃO - PA

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Alimentos

Autores

Lima, J.M.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Santana, A.L. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Santos Filho, W.L.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Oliveira, G.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Moreira, N.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Pinheiro, I.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Lima, W.R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Lima, E.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Gonçalves, D.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Gomes, L.R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA))

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade físico – química de frutos de abacaxi pérola, comercializados em Redenção – Pará. Foram adquiridos frutos de abacaxi e codificados em amostras (A, B e C), e realizadas determinações de pH, acidez (%), sólidos solúveis (°Brix), índice de maturação, umidade (%) e sólidos totais (%). Os resultados foram avaliados e interpretados com auxílio de software estatístico Assistat. Os resultados intercalaram entre 3,56 e 3,77; 0,43 e 0,75%; 8,6 e 11,37 ºBrix; 15,16 e 20,00; 84,08 e 86,21%; e entre 13,79 a 15,92% para as análises de pH, acidez, sólidos solúveis, índice de maturação, umidade e sólidos totais respectivamente. Conclui – se, que esses resultados estavam de acordo com a literatura científica pesquisada.

Palavras chaves

Qualidade; Frutos; Abacaxi

Introdução

O Brasil apresenta uma das maiores diversidades de espécies frutíferas do mundo, em função de sua vasta extensão territorial e ampla variação climática (SOUZA FILHO et al., 2000). Sendo também o abacaxi uma das frutas que também contribui com a expressão econômica desse ramo de frutas in natura e derivados. O abacaxizeiro Ananas comosus (L) Merril é uma planta monocotiledônea perene, pertencente à família Bromeliaceae que dá origem ao fruto abacaxi. Seu cultivo vem se expandindo em todo o mundo, principalmente por seu sabor, aroma, cor e características físico-químicas (QUINTERO, 2007). As cultivares de abacaxi mais plantadas no Brasil são Pérola e Smooth Cayenne (MATOS e REINHARDT, 2009). O estado do Pará é o principal produtor, respondendo por cerca de 21,09% da produção nacional, ao qual juntamente com os estados da Paraíba (16,45%) e Minas Gerais (14,89%), que totalizam 52,43% da produção nacional de abacaxi (IBGE, 2016). Sendo que essa produção é responsável por uma enorme gama de produtos derivados dessa fruta disponíveis no mercado, dentre eles destaca os vinhos, sucos, polpas e néctares, dentre outros. Partindo desse contexto o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade físico–química do abacaxi da variedade pérola, comercializado em Redenção – Pará.

Material e métodos

O presente trabalho foi desenvolvido no laboratório de alimentos da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XV, Redenção – Pará. Foram adquiridas amostras de frutos de abacaxi da variedade pérola, comercializados em Redenção – Pará. Em seguida transportadas para o referido laboratório e realizados os procedimentos metodológicos para análises de alimentos. As amostras de frutos de abacaxi foram codificadas em amostras (A, B e C). Foram realizadas determinações de pH, acidez (% de ácido cítrico/100g de polpa), sólidos solúveis (ºBrix), índice de maturação pela relação (ºBrix/acidez), umidade (%) e sólidos totais (%), (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008). Essas análises foram realizadas em triplicatas e utilizadas suas referidas médias. Sendo que os dados resultantes da caracterização físico-química foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade com auxílio do software estatístico Assistat (SILVA e AZEVEDO, 2009).

Resultado e discussão

De acordo com os dados da tabela (1), percebe-se que as amostras de abacaxi não diferiram estatisticamente entre si quanto aos valores de índice de maturação, sólidos totais e umidade. Em contrapartida, essa situação não foi observada quanto as análises de pH e Sólidos Solúveis (ºBrix), sendo observado também que o valor médio de acidez da amostra B apresentou semelhança com os valores obtidos nas amostras C e A. Quanto aos valores de pH, esses situaram entre 3,56 a 3,77 e os valores de acidez situaram entre 0,43 a 0,75% nas amostras de abacaxi no presente trabalho. Em estudo com abacaxi da mesma variedade, Silva (2012) obteve valor médio de pH (3,59) e acidez (0,49%), situando esses resultados dentro dos intervalos descritos na tabela (1). Os valores de Sólidos Solúveis (ºBrix) intercalaram entre 8,6 a 11,37 e os dados de índice de maturação variaram entre 15,16 a 20,00 nas amostras de abacaxi tabela (1). Também trabalhando com essa variedade de abacaxi, Rêgo Filho et al. (2009) obtiveram valores médios de 11,76 (°Brix) e 19,61 (ratio/índice de maturação). Os valores de umidade das amostras analisadas situaram entre 84,08 (%) e 86,21 (%). Sendo esses inferiores aos valores constantes na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos - TACO (2011), à qual descreve que esse produto possui 86,3 (%) de umidade. Em relação aos sólidos totais, houve valores entre 13,79 (%) e 15,92 (%). Mesmo não existindo padrões específicos para os sólidos totais da polpa de abacaxi, pode verificar que os teores de sólidos totais da (polpa de abacaxi in natura) obtidos no presente trabalho estão em concordâncias com os teores mínimos estabelecidos na legislação para polpa de frutas Brasil (2000) à qual estabelece para a polpa de cupuaçu (12%) e polpa de cacau (16%) de sólidos totais.

Tabela 1

Resultados das determinações físico-químicas realizadas nas amostras de abacaxi da variedade pérola, comercializados na cidade de Redenção- PA.

Conclusões

Conclui – se, que os resultados das análises físico-químicas de ambas as amostras de abacaxi comercializados em Redenção – Pará, estavam de acordo com a literatura científica pesquisada. Portanto, diante dessa situação estavam aptas ao consumo, no quesito da qualidade físico-química avaliada.

Agradecimentos

À UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)

Referências

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TACO, Tabela Brasileira de Composição de Alimentos / NEPA – UNICAMP.- 4. ed. rev. e ampl..- UNICAMP, 2011, 161p.

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