ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Alimentos
Autores
Lima, J.M.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Santos Filho, W.L.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Santos, E.A.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Lima, J.L.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Santos, R.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Sousa, F.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Macambira, L.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA)) ; Santana, A.L. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Oliveira, G.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA))
Resumo
A pitombeira (Talisia esculenta Radlk), espécie nativa da região amazônica. A polpa desses frutos é utilizada in natura e na fabricação de compotas, geleias e doces em massa. Diante desse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar as características físicas e rendimentos de polpa dos frutos de pitomba. Foram avaliadas as características físicas e rendimentos de 50 frutos. Os resultados foram de 6,23g; 23,79mm; 21,12mm; 1,13; 1,34g; 21,42%; 2,44g; 39,14%; 2,45g; e 39,44% quanto ao peso total, diâmetros longitudinal e transversal, índice de formato, peso do endocarpo, rendimento de endocarpo, peso do exocarpo, rendimento de exocarpo, peso da polpa e rendimento de polpa, respectivamente. Os frutos apresentaram formatos oblongos e rendimentos baixo de polpa.
Palavras chaves
Características; Físicas ; Pitomba
Introdução
A pitombeira (Talisia esculenta Radlk), da família Sapindaceae, é uma espécie nativa da região amazônica, sendo encontrada no interior de matas densas primárias, bem como em formações secundárias, mas sempre em várzeas aluviais e fundos de vales, principalmente em áreas de transição de cerrado e caatinga, nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil (GUARIM NETO; SANTANA e SILVA, 2003). A espécie tem grande interesse ecológico e econômico, pois a polpa desses frutos é utilizada in natura e na fabricação de compotas, geleias e doces em massa (Adaptado de VIEIRA e GUSMÃO, 2006). Dessa forma, devido à grande expressão econômica dos frutos dessa espécie, é de grande relevância estudos sobre a caracterização física desses frutos, devido fornecer importantes informações, pois a biometria de frutos fornece informações para a conservação e exploração dos recursos de valor econômico, permitindo um incremento contínuo da busca e uso eficaz dos frutos. Além disso, constitui um instrumento importante para detectar a variabilidade genética dentro de uma população de mesma espécie, e as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais, como também o melhoramento genético. A análise do rendimento de polpa de frutos indica valor tanto para o consumo e fruta fresca, como para utilização agroindustrial (CARVALHO; NAZARÉ e OLIVEIRA, 2003). Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar as características físicas e rendimentos de polpa dos frutos de pitomba oriundos do município de Redenção – Pará.
Material e métodos
O presente trabalho foi desenvolvido no laboratório de alimentos da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus, XV, Redenção - Pará. Os frutos de pitomba foram coletados na cidade de Redenção – Pará. Em seguida, transportados para o referido laboratório, escolhidos aleatoriamente 50 frutos e realizadas as pesagens e medidas dos frutos e endocarpos. Os frutos de pitomba em estudo foram caracterizados individualmente quanto ao peso total, peso do exocarpo, mesocarpo (polpa) e endocarpo utilizando balança analítica de precisão 0,01 g e os resultados expressos em (g). O rendimento de exocarpo (%) foi calculado usando a equação matemática (peso do exocarpo x 100/peso total dos frutos). O rendimento de polpa (%) foi usado a mesma equação (peso da polpa x 100/peso total dos frutos). Para o rendimento de endocarpo (%) foi usado a equação (peso do endocarpo x 100/peso total dos frutos). Os frutos também foram medidos com auxílio de paquímetro digital de precisão 0,01 mm, as medidas consistiam em diâmetro longitudinal e transversal. Os índices de formato dos mesmos foram calculados seguindo metodologia descrita por Farias et al. (2011) que consiste na relação dos valores de diâmetro longitudinal e diâmetro transversal (DL/DT).
Resultado e discussão
De acordo com os dados expressos na tabela (1), percebe – se que as características físicas peso total dos frutos e peso dos endocarpos foram corroborantes com Vieira et al. (2003) os quais estudaram frutos variando de 1,57 a 31,77g e peso das sementes variando de 1,48 a 7,55g. Esses autores também encontraram valores de 32,59mm; 26,32mm e 3,34g para o comprimento, diâmetro e peso da polpa dos frutos, respectivamente, sendo esses superiores aos valores da tabela (1). Quantos aos índices de formato dos frutos (1,13), caracterizou os mesmos em formatos oblongos, pois de acordo com Lopes (1982) índice de formato (entre 1,1 e 1,7) são caracterizados nesse formato. Em estudos semelhantes Miranda; Saraiva e Pereira (2014) também observaram que os frutos de pitomba possuem formatos oblongos. Os valores de 2,44 g; 39,14%; 21,42%; e 39,44% relacionados ao peso do exocarpo, rendimentos de exocarpo, endocarpo e polpa, descritos na tabela (1), não foram encontrados dados para comparações na literatura científica pesquisada. O rendimento percentual de polpa (39,44%), classificou os frutos de pitomba na categoria de rendimento baixo, devido apresentar valores entre 21 e 40% (CARVALHO E MÜLLER, 2005). Dessa forma, de acordo com Silva et al. (2010) o rendimento é um fator bastante variável, isto é, depende de técnicas culturais adequadas, irrigação bem conduzida, condições climáticas e nutrição mineral, entre outros, para um bom rendimento dos frutos. E que as características das frutas de uma determinada espécie pode variar conforme o fator genético, a localidade, a época de colheita, o estádio de maturação e tratos culturais (SACRAMENTO e SOUZA, 2009).
Características físicas e rendimento de polpa dos frutos de pitomba oriundos do município de Redenção – Pará.
Conclusões
Conclui – se, que os frutos de pitomba apresentaram uma relação direta de proporcionalidade entre os pesos do exocarpo e polpa. Portanto, os frutos estudados apresentaram formatos oblongos e rendimentos baixo de polpa.
Agradecimentos
À UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)
Referências
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VIEIRA, F.A.; GUSMÃO, E. Uso de giberelinas na emergência de plântulas de Talisia esculenta (A. St. - Hil.) Radlk. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, ano IV, n. 08, 2006.
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