Avaliação da eficiência energética de condicionadores de ar do Instituto Federal de Alagoas - IFAL/Maceió

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Iniciação Científica

Autores

da Silva Alves, I.M. (INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS) ; Tenório Silva, V.N. (INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS)

Resumo

O presente artigo objetiva demonstrar como a falta de manutenção periódica afetou a potência de trabalho de dois condicionadores de ar, chamados de C1 e C2, em um laboratório do Curso de Mecânica do Instituto Federal de alagoas-IFAL/Maceió, através de valores obtidos de um termo-higrômetro e um anemômetro, e aplicados posteriormente na Carta Psicrométrica. Foram levantadas propriedades do ar insuflado no ambiente, como velocidade do ar (V), umidade relativa (UR), temperatura de bulbo seco (TBS) e entalpia (ΔH), que foram essenciais para encontrar a potência real dos dois aparelhos. O estudo mostrou que os dois aparelhos apresentaram perda na eficiência, mas o C2 perdeu mais de 26% de sua potência, o que pode levar à rápida depreciação do aparelho e alto consumo de energia elétrica.

Palavras chaves

Eficiência energética; Condicionador de ar; Carta psicrométrica

Introdução

A eficiência energética é definida pela relação entre a energia consumida e a energia disponibilizada para uso, provenientes de um aparelho ou sistema energético. A preocupação com a eficiência energética surgiu com os choques do petróleo na década de 1970 que trouxeram a percepção de escassez deste recurso, o que fez com os países começassem uma corrida para encontrar formas de reduzir o consumo de energia sem prejudicar o desempenho em seu uso. O Brasil possui alguns programas de eficiência energética, como o PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica e o PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem, este último regulamentado pelo INMETRO. Devido à implantação destes programas e à conscientização da população, um dos principais critérios para compra de aparelhos elétricos, no Brasil, é a posse da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), presente em todos os aparelhos fiscalizados e aprovados pelo PBE, o que faz com que os consumidores se sintam mais seguros, utilizem mais aparelhos econômicos e paguem menos pela energia elétrica que consomem. Agora, fica evidente a importância de se conhecer e controlar o consumo de energia de condicionadores de ar, considerados grandes vilões por necessitarem de mais energia elétrica, já que o uso desses equipamentos no instituto é constante, por isso deve ser analisado periodicamente para poder funcionar de forma adequada sem trazer custos elevados e desnecessários ao IFAL/Maceió.

Material e métodos

Para obter as informações necessárias para a determinação da eficiência dos condicionadores de ar, foram usados um termo-higrômetro e um anemômetro, e os dados retirados desses dispositivos foram aplicados na carta psicrométrica, e nela foi possível encontrar a variação de entalpia de cada condicionador de ar. Utilizando a fórmula qTotal= 1,2 x Qinsuflamento x Δh (Créder, 2004), pôde-se encontrar a capacidade de refrigeração real de C1 e C2 medidos em BTU/h. Temperatura de bulbo seco e umidade relativa foram as duas variáveis usadas para encontrar a entalpia, de insuflamento e de retorno, na carta psicrométrica.

Resultado e discussão

Os resultados da avaliação demonstram que os dois condicionadores de ar perderam potência de refrigeração, mas que o condicionador C2 apresentou uma perda maior (Figura1), além de insuflar o ar para o ambiente com quase a metade da velocidade de C1 e temperatura quase duas vezes maior que a de C1, fatores estes que influenciaram em sua potência reduzida.

Figura1

Dados do desempenho real dos dois condicionadores analisados.

Conclusões

De acordo com os resultados, as perdas na eficiência dos dois condicionadores de ar se deram pela falta da manutenção periódica e pelo não seguimento de normas de instalação desses equipamentos, o que influi drasticamente na qualidade do ar e no consumo de energia elétrica, já que os condicionadores trabalharão de forma forçada e precisarão de mais energia elétrica para funcionar, o que faz com que o Instituto Federal de Alagoas – IFAL/Maceió gere um alto custo em energia elétrica desnecessariamente.

Agradecimentos

Ao IFAL pelo espaço cedido para realização do trabalho e aos orientadores pelo incentivo e apoio.

Referências

CREDER, H. Instalações de Ar condicionado. 6. Ed. 2004. 121-123 p.
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA. Eficiência Energética – Condicionadores de Ar – Critérios 2015. 2016. Disponível em:
<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/condicionadores_ar_janela_indice-novo.pdf> Acesso em: 15/05/2016
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Plano Nacional de Eficiência Energética. 2011. Disponível em: <http://www.orcamentofederal.gov.br/projeto-esplanada-sustentavel/pastaparaarquivardadosdopes/Plano_Nacional_de_Eficiencia_Energetica.pdf> Acesso em: 21/05/2016

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