APLICAÇÃO DO PSEUDOCAULE DE BANANEIRA QUIMICAMENTE MODIFICADA PARA ADSORÇÃO DE CORANTES EM MEIO AQUOSO.

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Química Inorgânica

Autores

Azevedo, N. (IFMA) ; Amorim, S. (IFMA) ; Oliveira, R. (IFMA) ; Junior, J. (IFMA) ; Junior, J. (IFMA) ; Camelo, G. (IFMA) ; Silva, D. (IFMA) ; Silva, E. (IFMA) ; Ramalho, S. (IFMA) ; Ribeiro, D. (IFMA)

Resumo

Neste trabalho investigou-se a eficiência do pseudocaule de bananeira quimicamente modificado com hidróxido de amônio na remoção do corante têxtil Amarelo Ouro Remazol R em solução aquosa,O pseudocaule da bananeira utilizado na adsorção foi triturado, lavado e peneirado até obtenção de uma faixa granulométrica entre 0,088 a 0,177 mm O adsorvente assim preparado reagirá com quantidade estequiométrica do hidróxido de amônio, 3g do adsorvente para 300 ml da solução de hidróxido de amônio , sobre agitação constante por 1h a 30ºC. Após agitação foi lavado com água destilada e filtrado, em seguida ficou em descanso por 24h a 60ºC O pHzpc do adsorvente modificado com hidróxido de amônio foi esimado em 5,9.

Palavras chaves

Pseudocaule da bananeira; Adsorção; corantes Têxteis

Introdução

Os resíduos de indústrias têxteis possuem como característica uma intensa coloração a qual, em ambientes aquáticos, pode causar uma interferência nos processos de fotossíntese. Estudos indicam que a poluição colorida de cursos d'água começa a ser observável a concentrações acima de 1 mg L-1. Além disso, resíduos da indústria têxtil podem conter metais pesados em níveis acima dos permitidos pelas leis ambientais. ( MALPASS, R.J.P; et al.,2006). O pseudocaule de bananeira quimicamente modificado foi escolhido para o presente estudo por constituir um grande agente ambiental. Assim, com o objetivo de contribuir para o aproveitamento desse material e, ao mesmo tempo, torná-lo útil para a remoção de poluentes em ambientes aquáticos, neste trabalho investiga-se a eficiência do Pseudocaule de bananeira quimicamente modificado na remoção do corante têxtil Amarelo Ouro Remazol R em solução aquosa (HOLANDA, C. A.A,2010). bananeira é uma planta generosa, dela tudo pode ser aproveitado: raiz, pseudocaule, folhas, frutos. ( NOMURA, E. S.; FUZITANI, E. J.; GARCIA, V. A.; JUNIOR, E. R. D.; MARIOTTO, G. A.2011). Uma solução viável ao problema ambiental gerado pelos resíduos agrícolas da bananicultura consiste na aplicação deste resíduo em processos de adsorção de corantes têxteis em águas contaminadas. Desta forma, será abordada neste trabalho a viabilidade do pseudocaule de bananeira quimicamente modificado com hidróxido de amônio para a remoção dos corantes têxteis Amarelo Ouro de soluções aquosas.Os materiais lignocelulósicos têm a sua superfície modificada, para introdução ou liberação de sítios ativos capazes de melhorar a sua eficiência, ou ainda, aumentar sua capacidade de adsorção. ( DEKKER, M; 2002).

Material e métodos

O material (pseudocaule de Bananeira) foi triturado em moinho de bolas, e em seguida passado em peneiras para obtenção da granulometria de 0,088 < x < 0,177 mm. Após lavagem com água deionizada repetidas vezes até condutividade constante, será seco em estufa a 50 °C por 5 horas,visando encontrar o pH mais adequado para remoção do corante Amarelo foi investigada a eficiência na adsorção variando o pH da solução entre 1 e 8, mediante ajustes com soluções tampão. Para este estudo, 100,0 mg do adsorvente foram pesados e colocados em suspensão por 24h em 25,0 mL de uma solução de 100,0 mg/L. A quantidade adsorvida em função do tempo de contato assim como a da concentração de equilíbrio do corante foram obtidos em experimentos realizados em batelada. Foram colocados 100 mg do adsorvente em contato com 25 mL de solução de corante em pH previamente estabelecido, por um certo tempo de contato (5, 10, 20, 30, 50, 60, 75, 90, 120, 150, 180 e 240 minutos) e logo após, essa mistura foi filtrada e feita a determinação de concentração de corante, por meio de espectrofotometriana região do visível.

Resultado e discussão

Dependendo do pH do meio poderá haver liberação de extrativo da superfície do adsorvente para a solução durante o processo de adsorção. Analisando a Figura 3 percebemos que há um forte desvio das bandas de adsorção indicando a liberação de extrativo em pH’s básicos.Outros estudos também indicaram o pH ácido como o mais favorável à adsorção de corantes . O pH da solução afeta tanto a superfície do adsorvente quanto a química da solução. Em condições ácidas a superfície do adsorvente adquire carga positiva. Assim existe uma atração eletrostática significante entre a superfície positiva do adsorvente e os corantes com carga negativa. Se o pH aumenta, o adsorvente tende a adquirir carga negativa, causando repulsão eletrostática e desfavorecendo a adsorção.O estado estacionário é atingido no tempo de 150 min. A rapidez da adsorção nos estágios iniciais do processo se deve a uma maior disponibilidade de sítios ativos e, com decorrer do tempo há diminuição dos sítios ativos com o recobrimento da superfície do adsorvente pelas moléculas do corante, assim diminui o processo de remoção. O tempo de equilíbrio para a concentração de 500 mg.L-1 é, respectivamente, 150 minutos. O modelo cinético de Elovich obteve o melhor ajuste para a concentração de 500 mg.L-1




Conclusões

Os resultados obtidos nos experimentos de sorção destes corantes em relação à npseudocaule de bananeira nos permitem concluir que,nos pH’s básicos mais precisamente 11 e 12 a uma grande liberação de extrativos um decréscimo no pH da solução afeta fortemente o processo de adsorção alcançando um valor máximo em pHs ácidos,isto é justificado pelo valor do pHzpc do sólido, que foi 5,9, indicando que a adsorção deve envolver preferencialmente a interação entre os sítios protonáveis do sólido e os grupos sulfônicos do corante.

Agradecimentos

Referências

ANBIA, M.; SALEHI, S. Removal of acid dyes from aqueous media by adsorption onto amino-functionalized nanoporous silica SBA-3. Dyes and Pigments,2012.
DEKKER, M; Inc. Chemical modification of lignocellulosic materials - Clemson University.
GUARANTINI, C.C.I.; ZANONI, M.V.B. Corantes Têxteis. Química Nova,1999.
HOLANDA, C. A. Aguapé (Eichhornia crassipes) como bioadsorvente do corante turquesa remazol. 2010. Dissertação (Mestrado em Química Analítica)-Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2010.
MALPASS, R.J.P; MOTHEO, A.J; CATANHO, M. Avaliação dos tratamentos eletroquímico e foto eletroquímico na degradação de corantes têxteis Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo,2006
NOMURA, E. S.; FUZITANI, E. J.; GARCIA, V. A.; JUNIOR, E. R. D.; MARIOTTO, G. A. Aclimatização de mudas de bananeira em substratos contendo resíduo de mineração de areia. Revista Ceres, Viçosa,2011.
SANTOS, D.O.; SANTANA, S.A.A.; BEZERRA, C.W.B.; OLIVEIRA FILHO, J.R.; SILVA, H.A.S.; MOUCHREK FILHO. Remoção de corantes têxteis por mesocarpo de coco verde. Mens Agitat,2008.

Patrocinadores

CAPES CNPQ FAPESPA

Apoio

IF PARÁ UFPA UEPA CRQ 6ª Região INSTITUTO EVANDRO CHAGAS SEBRAE PARÁ MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI

Realização

ABQ ABQ Pará