PRÁTICA DOCENTE (QUÍMICA) NAS TURMAS DE PROEJA NO IFMA - CAMPUS CODÓ

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

Santos, O.F. (IFMA CAMPUS CODÓ) ; Lima, D.C.S. (IFMA CAMPUS CODÓ) ; Sousa, F.S. (IFMA CAMPUS CODÓ) ; Lima, A.M.C. (IFMA CAMPUS CODÓ)

Resumo

Este documento tem como objetivo identificar a prática docente de Química do PROEJA no IFMA – Campus Codó apresentando a atuação, a formação, os conhecimentos e os desafios vivenciados por esses profissionais nesta modalidade de ensino. Relatar que as práticas educativas aplicadas necessitam de uma formulação adequada, devido às especificidades dos alunos que são pessoas que não puderam por diversos motivos continuarem os estudos. Sendo fomentado que estes profissionais, questionam uma formação continuada na modalidade para que dessa forma possam atender as necessidades deste público sendo que esta somente foi oferecida nos primeiros anos de implantação e não se deu continuidade.

Palavras chaves

Prática Docente; Proeja; Professor de Química

Introdução

No ano de 2005, foi criado o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) originado do Decreto nº. 5.478, de 24/06/2005, e denominado inicialmente, como Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos. Com o intuito governamental de atender à demanda de jovens e adultos “pela oferta de educação profissional técnica de nível médio, da qual, em geral, são excluídos, bem como, em muitas situações, do próprio ensino médio” (BRASIL, 2007, p.12). Sendo um meio de grande valia para inclusão desses alunos, onde se proporciona o desenvolvimento dos próprios por meio da pratica docente, que proporciona em consequência o desenvolvimento da sociedade como um todo e sem exclusão. Segundo Filho (2010, p. 114), em especial a formação de professores especialistas para atuar nos cursos. Segundo as diretrizes do programa “é fundamental que preceda à implantação dessa política uma sólida formação continuada dos docentes, por serem estes também sujeitos da educação de jovens e adultos, em processo de aprender por toda a vida”. (BRASIL, 2007, p. 37). Em 2007 foi ofertado o primeiro curso na modalidade na antiga Escola Agrotécnica Federal de Codó que após a criação da Lei Nº 11.892, de 29 de Dezembro de 2008 passou a ser o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Codó. O curso ofertado na época foi o Técnico em Agroindústria, tendo em vista que este curso atendia a alguns pré-requisitos do setor industrial da cidade, que precisava de pessoas capacitadas para trabalhar. A presente pesquisa visa identificar a prática docente de Química no PROEJA no IFMA – Campus Codó, por meio de aplicação de questionário.

Material e métodos

Para formulação do objetivo traçado utilizou-se um questionário para coleta de dados, que continham questões objetivas e subjetivas. Considerando algumas reflexões, apresentaram-se algumas questões norteadoras com relação aos docentes que atuam no PROEJA: Formação? Tempo de atuação no câmpus Codó na EJA? Métodos didáticos alternativos utilizados na sala? Como é a apresentação da disciplina de Química no primeiro contato com a turma? Como se dá a ministração das aulas práticas? Faz-se uso do laboratório para aulas práticas? Expresse brevemente sua opinião relatando sua visão em relação a EJA do IFMA Câmpus Codó. Tendo como público alvo os professores na área de química da modalidade PROEJA do instituto em estudo. A análise dos dados foi realizada com a docente responsável pela disciplina de Química no Ensino Médio no IFMA-Campus Codó, com o propósito de conhecer melhor o método profissional desse educador, assim como as dificuldades encontradas pelo mesmo no que diz respeito a dinâmica de trabalho com um público com características específicas.

Resultado e discussão

Durante o período de pesquisa, foi encontrada somente uma professora responsável por ministrar a disciplina de química na modalidade PROEJA que trabalha por dois semestres nessa instituição. Analisando o nível de escolaridade da docente entrevistada, observou-se que a mesma possui apenas graduação na área, ou seja, não possui pós-graduação. Isto coloca em evidência a discussão da política educacional vigente em relação a qualidade deste profissional, pois a qualidade do mesmo é fator decisivo no desempenho acadêmico dos estudantes (Rivkin, Hanushek e Kain, 2005 apud LOUZANO et al. 2010). A apresentação à turma da disciplina realizada pela docente no seu primeiro contato com a turma faz uso de “Conceitos simples e questionamentos… indagações que possam levá-los a identificar a química no seu cotidiano”. Na fala de Gil apud Bergamo (1994) “convém também que o professor demonstre o quanto a matéria pode ser importante para o aluno.” Quanto aos métodos alternativos utilizados em sala de aula, ela realiza “Projetos e pesquisa envolvendo a comunidade”. Sendo de suma contribuição para o desenvolvimento dos alunos e solução do desafio de romper com o muro da escola em fornecer educação e informação no tempo real e na comunidade no qual estão inseridos (ATIÉ, 1999 apud BEZERRA et al.). Em relação às dificuldades de repassar para os discentes os conteúdos nas aulas, ela respondeu que o maior empecilho encontrado foi: “pude identificar que a pouca frequência dos alunos na aula de química apresenta-se como um relevante empecilho no processo ensino aprendizagem.” Referente ao uso do laboratório nas aulas práticas, a entrevistada afirma que utiliza quando possível roteiro previamente apresentado. Fator que motiva os alunos, pois desperta a curiosidade científica.

Conclusões

Conclui-se que a entrevistada ao trabalhar com o público da Eja deparou-se com diversos desafios, principalmente em relação à baixa frequência dos alunos, que pode ser característica dos desafios também enfrentados pelos alunos, pois muitos são pessoas que trabalham, possuem muitas responsabilidades familiares dentre vários fatores. Para facilitar a compreensão dos alunos, procura expor os conteúdos de forma contextualizada. A química é uma disciplina vista como menos atrativa no ensino médio, então se torna realmente necessária pensar em formas adequadas de alinhamento dos conteúdos.

Agradecimentos

Referências

BERGAMO, Mayza. O Uso de Metodologias Diferenciadas em Sala de Aula: Uma Experiência no Ensino Superior. Revista Eletrônica Interdisciplinar, 2009. Disponível em: http://univar.edu.br/revista/downloads/metodologiasdiferenciadas.pdf. Acesso em: 16/08/2016.

BEZERRA, Zedeki Fiel et al. Comunidade e escolar: relexões sobre uma integração necessária. Educar, Curitiba, n. 37, p. 279-291, maio/ago. 2010. Editora UFPR. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n37/a16n37.pdf. Acesso em: 16/08/2016.

BRASIL. Decreto nº. 5.478, de 24/06/2005 disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Decreto/D5478.htm acesso em 30 de junho de 2016.

_______. Ministério de Educação. Documento Base PROEJA. Brasília, 2007.

FILHO. D. L. L. O PROEJA em Construção: enfrentando desafios políticos e pedagógicos. Educação e Realidade, 35(1):109-127, jan/abr 2010.

LOUZANO, Paula et al. Quem quer ser professor? Atratividade, seleção e formação docente no Brasil. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 21, n. 47, p. 543-568, set. /dez. 2010. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1608/1608.pdf. Acesso: 16/08/16.

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