ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Nepomuceno dos Santos, P. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Gomide Sales Rosa, F. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Carvalho da Silva Lima, D. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Nepomuceno dos Santos, V. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Magalhães da Silva, M.J. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Silva, A.R. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; de Jesus Lima Sousa Rodrigues, R. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Costa de Oliveira, M.B. (IFMA-CAMPUS CODÓ)
Resumo
Hoje, o ensino química sem uma didática criativa pode tornar as aulas práticas de química exaustivas e desinteressantes para o alunado, levando em conta símbolos e formulas que os mesmos vêm rotineiramente, tudo torna se em um verdadeiro embaralhado onde o modo mais prático é a famosa decoreba. Por causa de tais motivos os alunos não possuem uma visão científica de como acontece às reações químicas e o quanto as mesmas são fundamentais para eles, sendo em geral a terra um organismo vivo no qual todos estamos inseridos. Devido à ausência desse modo de visão eles deixam de relacionar os conteúdos passados em sala de aula com seu cotidiano, o que torna um fator extremamente negativo.
Palavras chaves
Aulas Práticas; Ensino de Química; O olhar do aluno
Introdução
Segundo Masetto (1997), o fato de ensinar é o ato de instruir, fazer saber, comunicar conhecimentos, mostrar, guiar, orientar, dirigir e desenvolver habilidades. Contudo o professor é fundamental na busca de recursos para facilitar a aprendizagem do alunado e tornar as aulas práticas de química mais agradáveis e dinâmicas para os mesmos. No ensino de química as aulas práticas são fundamentais, pois permitem um conhecimento construtivista onde o indivíduo interage com outro, assim passando a participar ativamente do seu próprio aprendizado, mediante as experiências vivenciadas no ambiente escolar. Como por exemplo: uma aula pratica na qual os alunos pesquisariam as espécies das plantas do jardim da escola. Isso possibilita conhecimentos bem diferentes e ao mesmo tempo estimula a dúvida, fazendo com que o discente construa seus conceitos a partir dos seus conhecimentos prévios. Na percepção de Paulo Freire (1987), se professores e alunos exercessem o poder de produzir novos conhecimentos a partir dos conteúdos impostos pelos currículos escolares, estariam de fato, consolidando seu poder de contribuir para a transformação da sociedade. O professor é uma pessoa importantíssima, em contribuir para que tal benefício aconteça de maneira agradável e dinâmica. Dessa maneira, o professor passa ser uma ponte que direciona os alunos a encontrar o modo, mas fácil para melhor compreensão dos conteúdos repassados por ele, assim auxilia o alunado para uma aprendizagem significativa onde o ensino não se limita apenas no livro, mas sim na busca de um universo rico de inúmeras descobertas.
Material e métodos
O objetivo desse estudo foi uma pesquisa de caráter quantitativa , realizada no município de Codó/MA, ao longo do primeiro semestre de 2016 por graduandas do curso de Licenciatura Plena em Química, do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão – IFMA/Campus Codó, teve como campo de pesquisa o próprio Instituto, com alunos dos 1° ano (turmas 11, 12, 13,14A e 14B) do ensino médio - técnico em horário integral. Foram coletados dados a partir de questionários fechados . De acordo com Thomas (2002), “questionário fechado consiste em um meio de levantamento de dados por escrito, onde os sujeitos pesquisados fornecem informações através de respostas para questões preestabelecidas e inflexíveis”. Os dados apresentados referem-se às opiniões de 54 alunos (correspondendo a 30% do total de 180 alunos do 1° ano do ensino médio) questionário que consiste na importância de aulas práticas segundo o olhar dos alunos do 1º ano do ensino médio para aprendizagem no ensino de química.
Resultado e discussão
Foram questionados 54 alunos sendo que 56% declaram se do sexo feminino e 44% do sexo masculino (Gráfico 1). Com faixa etária entre menores 15 anos que representam 37% dos entrevistados, 54 % com 16 anos de idade e 9% possuem idade maior que 16 anos.
Iniciamos a análise a partir da 4° questão com a seguinte pergunta: Você gosta de química? Porém, ao serem questionados sobre a dificuldade em aprender química, obtivemos os seguintes resultados.
A apreciação da disciplina teve um respaldo bom, considerando que os alunos não costumam ver as disciplinas de exatas com bons olhos. “Para todas as finalidades práticas, a aquisição de conhecimento na matéria de ensino depende da aprendizagem verbal e de outras formas de aprendizagem simbólica”. (AUSUBEL, 1968, p. 79).
Notamos que 59% afirmaram possuírem dificuldades em aprender a disciplina de química e 41% disseram não apresentar dificuldades na disciplina.Entretanto, é importante a atuação do professor, então surgiu à necessidade de questionar o alunado, sobre o papel do professor em facilitar a aceitação e compreensão da disciplina de química.
No item 7 foi questionado como o aluno avalia a metodologia utilizada nas aulas práticas pelo professor.87% dos resultados obtidos, foi notório que as aulas praticas são apreciadas pelos entrevistados. As aulas práticas propostas nas escolas têm como objetivo complementar as aulas teóricas.
No item 8, questionou-se que fatores são desfavoráveis para uma aula prática.Os resultados obtidos foram; 48% dos alunos afirmam que a falta de aulas práticas fora do espaço da sala de aula é um fator desfavorável e 45% dos entrevistados apontaram que a falta de criatividade do professor em fazer uma aula pratica diferente também é um fator negativo.
Segundo Vygotsky (1989), “as aulas práticas estimulam a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança; aprimoram o desenvolvimento de habilidades linguísticas, mentais e de concentração; e exercitam interações sociais e trabalho em equipe”.
Conclusões
Diante dos resultados obtidos houve um bom respaldo, pois os alunos apontaram uma boa aceitação pela disciplina de química.De acordo com o olhar dos alunos, foi visível que a maioria deles avaliaram que uma boa aula pratica deve possibilitar a expansão do aprendizado. Concluímos que as deficiências encontradas está diretamente ligada ao professor com a sua didática tradicionalista, contudo o mesmo deve se apropriar de novos métodos de aprendizagem com intuito de mudar tal realidade, fazendo uma boa relação aluno e professor num ensino construtivista onde todos são beneficiados.
Agradecimentos
Agradeço aos colaboradores desta pesquisa.
Referências
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