II expoquímica: atuando de forma inclusiva no ensino-aprendizagem de química na escola Jarbas Passarinho (Souza)/Belém-Pa.

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

Melo, C.C. (IFPA) ; Costa, D.F. (IFPA) ; Lopes, A.J. (IFPA) ; Alves, S.S. (IFPA)

Resumo

Este trabalho faz parte do subprojeto desenvolvido pelo PIBID, teve como objetivo principal desenvolver experimentações e trabalhos expositivos na II expoquímica, sendo utilizada a pratica inclusiva na Escola da Rede Pública de Belém-PA com alunos oriundos do 1°, 2° e 3°ano do ensino médio. O método proposto neste trabalho contou com a aplicação de um questionário de sondagem no término das atividades para avaliar o processo de ensino-aprendizagem, no final percebeu-se que através dessa atividade, os objetivos foram alcançados com êxito, pelos resultados expressivos apresentados ao longo do trabalho.

Palavras chaves

Ensino de química; II expoquímica; inclusão

Introdução

De acordo com Silva et al. (2011) as atividades experimentais buscam a solução de uma questão que será respondida pela realização de uma ou mais experiências. As atividades experimentais para o ensino de surdos devem basear-se na prática visual, em um ambiente de aprendizagem intermediado pela visão, tato e olfato. Onde segundo LORENZZETTI (2003, p.521) “Sabemos que não basta somente que o aluno surdo freqüente uma sala de aula, mas que seja atendido nas suas necessidades”. Porém, vale ressaltar que para valida essa inclusão não é nada fácil, encontrando dificuldades de professores desqualificados, escolas inadequadas para os recebimentos dos alunos com deficiência, falta de recursos pedagógicos são inúmeras as desvantagens que desapropria a inclusão. Sendo assim, o objetivo da expoquímica é estimular o senso critico do aluno e fazer a inclusão, onde os mesmos possam desenvolver seus trabalhos da melhor forma possível.

Material e métodos

A realização da II expoquímica esteve dividida em duas etapas, devido o período avaliativo. O primeiro passo foi apresentar temas que seria abordados na feira, e logo, os dias de aulas serviriam para o plantão de dúvidas, sendo os trabalhos com fins avaliativos para a 3º avaliação do ano letivo de 2015. Foram destinados para as três turmas propostas de temas a serem trabalhados na feira de acordo com os conteúdos ministrados em sala, tendo os temas abordados no 3º ano: química e as drogas, química dos cosméticos, aplicações dos álcoois, derivados do petróleo e tatuagens. Para a turma do 2º ano: lixo no meio ambiente, camada de ozônio, fenômenos radioativos e poluentes atmosféricos. Para o 1º ano principais alcoóis e bases, química e o meio ambiente (efeito estufa). Alunos com surdez apresentaram seus trabalhos em libras com o auxilio didático de slides, maquetes e vídeos elaborado pela equipe, com auxilio do tradutor interprete que facilitou ainda mais a compreensão dos demais e no final das apresentações foram distribuídos questionários de sondagens.

Resultado e discussão

A II exposição de química (expoquímica) aconteceu em dois dias, o primeiro dia contou com as exposições dos seminários das turmas do 1° e 2° anos e no segundo dia com a turma do 3° ano, contendo exposições de trabalhos com temas voltados para assuntos já estudado em sala, experimentos elaborados pelos bolsistas e mostra de atividades lúdicas desenvolvida em sala. abrangendo 90 alunos, obtivemos nossos resultados através das observações e do questionário de sondagem feita como: como estudante da Escola Jarbas Passarinho, você acha que a expoquímica atua de forma inovadora pra facilitar o ensino aprendizagem?, você concorda que a expoquímica atua de forma inclusiva?, você acha relevante a exposição de trabalho como seminário na feira de ciências? Todos responderam que sim em ambas as perguntas. Onde pode-se concluir que, despertar o interesse e motivar os estudantes para a atividade avaliativa e diagnosticar as dificuldades é intervir positivamente. Mais do que utilizar os seminários como proposta de avaliação, é necessário dar significação a mesma, possibilitando aos estudantes perceber seu próprio desenvolvimento através da proposta e vislumbrar que a mesma não é somente uma “avaliação a mais”. E sim visando aumentar o interesse dos alunos pela disciplina, favorecendo uma considerável melhoria no processo de ensino e aprendizagem.

Figura 01

Apresentações dos trabalhos dos alunos.

Figura 02

Explicação da experimentação em LiBras.

Conclusões

A prática da II Expoquímica como estratégia de ensino e inclusão de alunos com surdez na disciplina de química, foi de extrema importância para os organizadores, escola e alunos que contribuíram de forma significativa para que a exposição fosse um sucesso, haja vista que foi realizada de forma única e inovadora. Salientando-se que os alunos surdos necessitam estarem numa educação inclusiva no ensino regular para exercerem seus direitos e cidadania que se pode desempenhar.

Agradecimentos

A Escola Jarbas Passarinho (Souza), aos alunos surdos da escola que são os nossos estímulos para continuar lutando pela inclusão, PIBID e ao IFPA/Campus-Belém.

Referências

LORENZZETTI, M. L. A inclusão do aluno surdo no ensino regular: a Voz dos professores. Contrapontos. vol.3 – n.3.Itajaí, 2003.
SILVA, R. R., MACHADO, P. F. L. e TUNES, E. Experimentar sem medo de errar in SANTOS, W. L. P. e MALDANER, O. A. (Orgs.), Ensino de Química em Foco, UNIJUÍ, Ijuí, 2010. p. 231-261.


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