UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE APRENDIZAGEM COOPERATIVA NO ENSINO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS EM TURMAS DO 1º ANO DE UMA ESCOLA DE ENSINO PROFISSIONAL DO MUNICÍPIO DE TAUÁ-CE.

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

de Lima, D.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA) ; Alves, J.D.S. (UECE) ; Franca, M.G.A. (UFC) ; de Paiva, C.F. (UFC) ; Ferreira, A.S. (UECE) ; de Oliveira, M.V. (UFC) ; Moura, L.F.W.G. (UFC) ; Andrade, A.L. (UFC) ; Sousa Neto, V.O. (UECE) ; da Silva, J.E. (UECE) ; Santiago, L.F. (UECE)

Resumo

O ensino de Química na educação básica enfrenta muitos desafios, necessitando de abordagens pedagógicas que estimulem a participação ativa do discente. Neste contexto, a aprendizagem cooperativa surge como uma metodologia de ensino que propõe o trabalho em cooperação e participação ativa dos alunos, facilitando o processo de ensino-aprendizagem. O presente trabalho teve como objetivo, utilizar o método de aprendizagem cooperativa no ensino do conteúdo métodos de separação de misturas, em turmas do 1º ano do ensino médio, proporcionando ao educando a construção de saberes.

Palavras chaves

Química; Misturas; Aprendizagem

Introdução

O ensino das ciências da natureza é comumente considerado como maçante e tradicional, por exigir conhecimento matemático, e uma intensa memorização de fórmulas e símbolos (FERREIR; HARTWIG e OLIVIERA, 2010). O ensino de química tem assumido o desafio de encontrar abordagens pedagógicas que estimulem a participação ativa do discente, torna-se necessário buscar caminhos que proporcionem ao educando a construção de conceitos químicos, sem esquecer a formação do cidadão crítico e participativo no exercício da sua cidadania (SOUSA, 2015). A aprendizagem Cooperativa organiza o processo de aprendizagem de maneira a possibilitar a troca de informações entre os estudantes em atividades grupais estruturadas nas quais estes se corresponsabilizam por sua aprendizagem, além de contribuírem com a dos outros em um processo interdependente, caracterizado pela parceria e ajuda mútua, objetivando a aquisição de conhecimentos acerca de um determinado tema (MARQUES, 2013). Os métodos de aprendizagem cooperativa são importantes não só na facilitação do processo ensino-aprendizagem, mas também na formação profissional, preparando cidadãos mais aptos para os trabalhos em equipe e mais comprometidos com os valores sociais e os princípios da solidariedade (BARBOSA e JÓFILI, 2004). Diante do exposto o presente trabalho teve como objetivo, utilizar o método de aprendizagem cooperativa no ensino do conteúdo métodos de separação de misturas, em turmas do 1º ano do ensino médio, promovendo assim uma maior interação entre os alunos participantes desta atividade de modo que estes sejam capazes de expor suas opiniões.

Material e métodos

Na realização deste trabalho foram utilizados diversos livros de química, do 1º ano do ensino médio, além de revistas e apostilas disponíveis na biblioteca da escola, que continham os conteúdos referentes aos métodos de separação de misturas. Para que a aprendizagem cooperativa se desse de forma efetiva, seguiram-se alguns passos, para uma turma de 42 alunos: inicialmente distribuiu-se de forma aleatória códigos aos alunos, estes eram compostos por um número variando de 1- 7 e uma letra variando de A-E. Como exemplo pode seguir da seguinte forma: 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A, 1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, como mostra figura 1 Quando todos os discentes dispunham de um código, foi solicitado que aqueles que que possuíam a mesma letra se reunissem em equipe, foi designado então uma técnica de separação de mistura para cada equipe e deu-se cerca de 15 minutos para que a equipe estudasse, entendesse e se preparasse para repassar para os demais grupos o que aprendeu. Passado esse tempo redirecionou-se os grupos, agora pelos números, nesse momento foi cronometrado cerca de 3 minutos para que cada aluno passasse o que aprendeu para sua equipe.

Resultado e discussão

Foi observado que no momento em que a equipe está dividida e todos os educandos estudam o mesmo conteúdo e se prepararam para explicar o mesmo na equipe seguinte, os mesmos se mostram preocupados em aprender, mesmo os mais tímidos se motivam, pois se sentem confiantes com a ajuda dos demais colegas que estão do lado, nesse momento o professor só media a situação, tirando possíveis dúvidas da equipe, como mostra figura 2. Posteriormente, novas equipes foram construídas e estas repassam seus entendimentos referentes ao tipo de técnica estudada. A maioria dos alunos se mostraram interessados em aprender o que o outro está explicando, sugere- se que o professor peça um resumo individual, para que todos fiquem mais atentos.

Figura 1

Diagrama

figura 2

Aulas com a aplicação de Aprendizagem Cooperativa

Conclusões

O resultado que se obtém após uma atividade como essa, é um melhor entendimento das técnicas de separações de misturas estudadas, além de promover uma maior interação entre os alunos da sala, uma vez que todos os discentes se aliam em prol do conhecimento que está sendo gerado. Para o professor, torna-se mais conveniente avaliar individualmente como os estudantes estão compreendendo o conteúdo estudado, bem como identificar as principais dúvidas dos mesmos. Para que a atividade seja finalizada, pode-se elaborar um exercício sobre o que foi estudado, para que seja resolvido em equipe.

Agradecimentos

A todos que fazem a Escola de Educação Profissional Monsenhor Odorico de Andrade. A Universidade Estadual do Ceará-UECE e ABQ por promover este evento.

Referências

BARBOSA, R. M. N.; JÓFILI, Z. M. S.; Aprendizagem Cooperativa e Ensino de Química – Parceria que dá Certo. Ciência & Educação, 10(1): 55-61, 2004.
FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R.; OLIVIERA, R.C.; Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola, 32(2): 101- 106, 2010.
MARQUES, S. P. D.; Aprendizagem cooperativa como possibilidade de superação das dificuldades no aprendizado da química: o olhar dos educandos no ensino médio. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. p. 142, 2013.
SOUSA, M. M.; Dialogicidade, experimentação e aprendizagem cooperativa aplicadas ao ensino de ligações químicas e interações intermoleculares. Dissertação (Mestrado Profissional) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. p. 97, 2015.

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